“Esses 4 milhões de pessoas na Bolsa vieram para ficar”, diz Gustavo Cerbasi
Com 16 livros publicados e 1,5 milhão de seguidores no Instagram, o ex-professor universitário encara com cautela a fama, e rejeita alguns rótulos
Pioneiro na educação financeira, Gustavo Cerbasi trocou uma confortável vida de professor universitário para se dedicar, nos últimos vinte anos, a ensinar os brasileiros a investir melhor. Com uma sólida formação acadêmica, Cerbasi assistiu com preocupação, nos últimos anos, à explosão de influenciadores digitais que tratam de finanças pessoais e investimentos.
Agora, é com alívio que vê essa moda passar e, com ela, muita gente despreparada para lidar com esses assuntos.
“Muita informação ruim foi confundida com educação financeira”, afirmou a Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus Research, na edição desta semana do podcast RadioCash. “Tudo o que vira moda traz um monte de porcaria junto”, dispara, sem meias palavras.
Não se trata, nem de longe, de ressentimento mal disfarçado em crítica. Cerbasi também é popular nas redes sociais. Com 16 livros publicados e 1,5 milhão de seguidores no Instagram, o ex-professor universitário encara com cautela a fama, e rejeita alguns rótulos, como o de guru.
“Nunca gostei dessa palavra, porque dá a sensação de que eu sou um cara que sabe tudo”, explica, “e eu, até hoje, estudo duas ou três horas por dia. Eu me sinto um eterno aprendiz.”
A humildade de reconhecer que não tem todas as respostas e que, mesmo que tivesse, cenários e produtos financeiros mudam e desafiam as velhas certezas é outra diferença marcante entre Cerbasi e os influenciadores que se preocupam mais com a forma e a fama, que com o conteúdo.
Leia Também
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Ouça o episódio no Spotfy:
O erro mais comum dos iniciantes
Para o especialista, essa transparência é essencial na relação com seu público, porque impede que os investidores cometam um erro básico para ele: o do excesso de confiança. “Um erro típico dos investidores iniciantes é confiar demais na opinião de um único educador ou influenciador”, observa.
Sem experiência e ávido por obter lucros rapidamente, o investidor neófito corre o risco de “se identificar com um perfil de influenciador mais imaturo, que presta mais atenção na embalagem do que no conteúdo”.
Nessa situação, a pessoa acabará seguindo todas as orientações do “guru” sem o necessário senso crítico. “Por excesso de confiança ou de empatia com o influenciador, a pessoa tende a cometer erros”, alerta.
Cerbasi reconhece que, apesar de tudo, houve uma evolução no nível de educação financeira dos brasileiros. Cada vez mais, dúvidas básicas, como a diferença entre renda fixa e renda variável, são substituídas por perguntas mais complexas sobre estratégias de investimento.
Esse maior esclarecimento geral leva o educador financeiro a ser otimista com o 1,5 milhão de pessoas que começaram a investir na Bolsa em meio à pandemia e à queda dos juros necessária para estimular a economia abalroada pelo lockdown.
Veio para ficar
“Essas 4 milhões de pessoas hoje na Bolsa vieram para ficar. Não vêm focados apenas em ações”, diz, referindo-se à maior diversificação de interesses, que, agora, abrangem fundos imobiliários, BDRs e ETFs, entre outros produtos. “Várias tribos estão coexistindo, o que traz uma consistência para o mercado”, aponta.
Tudo isso leva Cerbasi a acreditar que os brasileiros estão prontos para o próximo passo. Conhecer o mercado financeiro e seus produtos é fundamental, mas não basta.
É preciso, também, compreender qual é o seu perfil de investidor – e isso vai muito além dos já manjados rótulos de “conservador” e “arrojado”. “O grande desafio do novo investidor é o autoconhecimento”, diz.
A pergunta básica é: para que, afinal de contas, você quer investir? Qual é o projeto para o qual aquela renda é necessária? O educador financeiro explica que, em seus cursos, destaca a importância de se ter projetos como método de investimentos.
“O aluno sonha em juntar R$ 10 milhões para viver com R$ 10 mil por mês. Tenho certeza de que não vai conseguir, porque não sabe realizar projetos”, alerta.
Para Cerbasi, tornar-se um bom investidor requer a mesma disciplina de quem treina para ser um bom atleta. É preciso começar com pequenos projetos, como trocar o carro ou viajar nas férias.
A partir daí, a pessoa deve avaliar sua situação atual e o caminho para reunir os recursos necessários para concretizá-los, o que passa por seu orçamento doméstico e os melhores investimentos para o caso.
“Quando eu ensino essa pessoa a ter projetos, ela se tornará quase uma atleta que desenvolve disciplina, avaliação, correção de erros”, compara. “Não é apenas ensinar a investir bem, é ensinar que os investimentos são um grande trilho que vai levá-la à conquista de seus sonhos.”
Ouça o episódio no Spotfy:
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial