🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Os tombos do ano

Títulos públicos longos e Ibovespa têm perdas de dois dígitos e são os piores investimentos de 2021; confira a lista completa dos lanterninhas

Alta dos juros prejudicou boa parte dos títulos públicos, ações e fundos imobiliários, que tiveram retornos negativos no ano

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
30 de dezembro de 2021
17:01 - atualizado às 18:58
queda da bolsa, tudo em vermelho
Mesmo com a recuperação de dezembro, ações e fundos imobiliários ainda terminaram 2021 no vermelho. Imagem: Shutterstock

O ibope dos ativos brasileiros esteve em baixa em 2021. Quase tudo que cheirava a “aposte no Brasil” desabou neste ano. Só se deu bem quem se abraçou à taxa de juros crescente, navegou a alta da inflação ou dolarizou seu patrimônio. Na média, é claro. E considerando apenas as principais classes de ativos.

Entre os investimentos que costumamos acompanhar aqui no Seu Dinheiro, os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação que ainda podem ser negociados no Tesouro Direto ficaram todos entre os piores investimentos do ano, isto é, tiveram retorno negativo.

Isso, é claro, quando consideramos a variação dos preços, não as remunerações na forma de juros (vou falar mais disso adiante). Pela marcação a mercado, esses papéis se desvalorizaram com a alta dos juros futuros vista ao longo do ano, consequência direta da escalada da inflação - que exigiu um aumento da Selic - e da elevação do risco fiscal do país.

Os piores desempenhos ficaram com os papéis mais longos, que também são mais voláteis e sofrem mais com a deterioração do risco-país.

As duas primeiras posições do ranking dos piores investimentos do ano, inclusive, ficaram com representantes desse grupo: o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045, que se desvalorizou 25,47%, e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais com vencimento em 2031, que teve queda de 13,15%.

Em seguida, em terceiro lugar, veio ela, a bolsa brasileira, que não só teve dificuldade de surfar a reabertura da economia, como apanhou com a inflação, os sinais de desaceleração econômica vindos da China, as perspectivas de aperto monetário nos Estados Unidos, a ameaça persistente do coronavírus e, é claro, a alta da taxa básica de juros.

Leia Também

O Ibovespa, principal índice do nosso mercado de ações, terminou o ano em queda de 11,93%, pior resultado desde 2015, aos 104.822 pontos.

A seguir, você confere a lista completa dos piores investimentos de 2021, isto é, aqueles que tiveram retorno negativo no acumulado do ano. Todos os investimentos da tabela têm fechamento em 30 de dezembro de 2021.

Os piores investimentos de 2021

InvestimentosRentabilidade em 2021
Tesouro IPCA+ 2045-25,47%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031-13,15%
Ibovespa-11,93%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-11,54%
Tesouro IPCA+ 2035-10,63%
Tesouro Prefixado 2026-9,83%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-6,89%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2030-2,80%
IFIX-2,29%
Tesouro IPCA+ 2026-0,39%
Fontes: B3/Broadcast e Tesouro Direto

Uma retrospectiva do ano

O ano começou com a perspectiva de reabertura e reaquecimento da atividade econômica com o avanço da vacinação contra a covid-19, elevação temporária da inflação (tanto aqui como nos Estados Unidos) e alguma alta nos juros (mas nada cavalar).

Basta olhar para as perspectivas do mercado para os principais indicadores econômicos no início do ano para ver que era para 2021 ter sido um ano bom, inclusive para os investimentos.

Segundo o último relatório Focus de 2020, publicado no dia 31 de dezembro, o mercado esperava que 2021 terminasse com avanço de 3,40% no Produto Interno Bruto (PIB); inflação de 3,32%, abaixo do centro da meta para este ano, que é de 3,75%; dólar a R$ 5; e Selic em 3,00%. Risos.

Em vez disso, a reabertura aconteceu, mas não foi a boia de salvação que se esperava. Muito embora a estimativa para o crescimento econômico brasileiro tenha subido bastante, com o PIB surpreendendo para cima, a recuperação e os bons resultados das empresas não bastaram para vermos uma redução brusca no desemprego, um aumento na renda da população ou uma disparada nos preços das ações.

Agora, o mercado espera um crescimento de 4,51% para o PIB em 2021. Mas, segundo o IBGE, o desemprego caiu de 14,2% para 12,1% apenas - o país ainda tem quase 13 milhões de desempregados -, e o rendimento médio despencou de R$ 2.686 para R$ 2.449.

Além disso, vimos a inflação surpreender para cima, e agora o IPCA deve terminar o ano na casa dos 10%, corroendo o poder de compra da população em um cenário de desemprego ainda alto e renda nominal mais baixa.

Inflação e alta do dólar

A pressão inflacionária vem de várias frentes e foi tudo menos temporária, tanto no Brasil quanto no exterior, e acabou motivando um movimento global de alta nos juros que só favoreceu os investimentos conservadores, em detrimento dos ativos de risco.

De saída, vimos uma continuidade da inflação de oferta que começou a se desenhar durante a pandemia em 2020, com a desorganização das cadeias produtivas em razão de lockdowns e fechamentos de fronteiras - que, por sinal, continuaram ocorrendo pontualmente ao longo de 2021. Em paralelo, tivemos uma recuperação econômica global, com aumento da demanda.

Também houve a questão da alta liquidez global - dinheiro abundante e barato. A grande quantidade de estímulos monetários por parte dos bancos centrais para combater as consequências econômicas e sanitárias da pandemia começou a cobrar o seu preço na forma de inflação (sem trocadilho).

Com a disparada dos preços nos Estados Unidos, o banco central americano foi obrigado a admitir o caráter mais permanente da inflação e a iniciar o processo de retirada dos estímulos monetários.

Inicialmente, com a redução das compras de ativos; em seguida, com a projeção de altas para os juros, para enxugar ao menos um pouco toda essa liquidez. A previsão é de três aumentos em 2022.

O aperto monetário nos EUA, que tende a ser seguido por outros países ricos, provoca um movimento conhecido como “voo para a qualidade”, ou “fly to quality”, em inglês.

Os recursos financeiros globais começam a migrar dos ativos mais arriscados - moedas e ações de países emergentes, ações de empresas pequenas (small caps) e de empresas de tecnologia que ainda estão em estágios iniciais do seu ciclo de vida - para ativos mais “premium” - moedas e títulos de dívida de países desenvolvidos (notadamente o dólar e os títulos do Tesouro americano), além de ações e títulos de dívida de empresas mais estabelecidas.

Assim, vimos dólar se valorizando e real se depreciando, o que pesou sobre os preços dos produtos e matérias-primas que o Brasil importa. Esse movimento do câmbio também serviu de incentivo às exportações, contribuindo para a escassez - e a consequente alta de preços no mercado interno - dos produtos que costumam ser exportados.

Também pudemos ver as consequências do “voo para a qualidade” nos mercados de ações. Enquanto as ações brasileiras sofreram, os índices das bolsas americanas bateram recordes. No acumulado do ano, o Dow Jones avançou 20%, o S&P 500 teve alta de quase 30% e o Nasdaq teve ganho de 23%.

Inflação e alta dos juros

Mas nós também tivemos problemas internos que contribuíram para a inflação e a desvalorização da moeda, além da consequente alta dos juros que “ressuscitou” a renda fixa, mas prejudicou os investimentos que constam no ranking dos piores do ano.

Por aqui, o Banco Central também deu estímulos monetários para segurar a onda durante os piores momentos da pandemia, na forma de um corte agressivo de juros até a outrora inimaginável casa dos 2%.

Diante do repique inflacionário, porém, a autoridade monetária precisou dar um cavalo de pau nos juros, elevando-os rapidamente ao atual patamar de 9,25% ao ano, muito acima do esperado inicialmente.

Em paralelo, a preocupação com o lado fiscal se traduziu no temor de rompimento do teto de gastos pelo governo, o que eventualmente acabou se concretizando, de certa forma.

Em meio a ruídos políticos e discussões em torno de orçamento, programa de transferência de renda e aumento de salários de servidores, as reformas e privatizações - vistas como tão necessárias pelo mercado - pouco andaram.

No fim das contas, o governo acabou conseguindo driblar o teto de gastos a fim de acomodar o Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família, num valor mais elevado do que sua própria equipe econômica considerava razoável.

Apesar de as contas públicas terem chegado no fim do ano melhores que o esperado, houve uma piora geral na percepção do risco fiscal do país por parte do mercado, com essa sensação de falta de previsibilidade quando se fala em acomodar aumentos de gastos, ainda mais quando parecem ter cunho eleitoral e caráter permanente (ou quase).

E, por falar em cunho eleitoral, também contribuiu para a piora do ambiente macroeconômico a antecipação da corrida eleitoral de 2022, com a volta do ex-presidente Lula ao jogo.

Eleições presidenciais no Brasil sempre foram fator de tensão para os mercados, dada a grande incerteza que geram - e os mercados odeiam incertezas. Começar essa discussão mais cedo em nada ajudou os investimentos.

Por fim, não podemos esquecer que a crise hídrica encareceu o preço da energia elétrica, o que também contribuiu para pressionar a inflação.

Dias difíceis para a renda variável

Os ruídos políticos, as preocupações em torno do teto de gastos, a quase paralisação das reformas e privatizações e a “antecipação” da campanha eleitoral foram alguns dos fatores internos que pesaram negativamente sobre a bolsa brasileira em 2021.

Do exterior, além do aperto monetário nos Estados Unidos, a China também andou assustando, com a divulgação de indicadores econômicos já não tão robustos, que sugerem uma certa desaceleração, o que pesou sobre os preços de algumas commodities, principais produtos de exportação brasileiros.

Mas foi a alta dos juros que pegou de jeito os ativos que constam na lista dos piores do ano. A alta repentina e surpreendente da inflação e o aumento da percepção de risco fiscal provocaram uma disparada nos juros futuros - tanto os de curto como os de longo prazo.

Isso prejudicou muito os investimentos que tipicamente se desvalorizam em cenários de alta de juros. É o caso dos títulos do Tesouro prefixados e atrelados à inflação, que se valorizam quando a perspectiva é de queda nos juros, mas também das ações - notadamente aquelas mais sensíveis aos movimentos das taxas, como as de varejo, tecnologia e construção civil - e dos fundos imobiliários.

Vale, no entanto, uma observação: quando os preços desses ativos caem, seus retornos esperados (juros, no caso dos títulos públicos, e dividendos, no caso das ações e dos FII) sobem.

Os títulos prefixados voltaram a oferecer retornos de dois dígitos, e os indexados à inflação voltaram a pagar mais de 5% acima do IPCA, rentabilidades que justamente atraíram os investidores pessoas físicas nos momentos de preços mais baixos desses ativos neste ano.

Isso porque, se levados até o vencimento, esses títulos invariavelmente têm retorno positivo, não importando todo o sobe e desce do meio do caminho, pois pagam exatamente a remuneração acordada na hora da compra.

Já no caso dos FII, o retorno com dividendos, isentos de IR para a pessoa física, já chegam a patamares superiores aos 7% ao ano, também com proteção contra a inflação.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TREINO ATIVO

Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas

30 de abril de 2025 - 11:08

Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio

Mundo FIIs

Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento

30 de abril de 2025 - 11:06

Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

RAIO-X DO INVESTIDOR

Quase metade dos apostadores de bets também são investidores — eles querem fazer dinheiro rápido ou levar uma bolada de uma vez

29 de abril de 2025 - 14:30

8ª edição do Raio-X do Investidor, da Anbima, mostra que investidores que diversificam suas aplicações também gostam de apostar em bets

RAIO-X DO INVESTIDOR

14% de juros é pouco: brasileiro considera retorno com investimentos baixo; a ironia é que a poupança segue como preferência 

29 de abril de 2025 - 14:05

8ª edição do Raio-X do Investidor da Anbima mostra que brasileiros investem por segurança financeira, mas mesmo aqueles que diversificam suas aplicações veem o retorno como insatisfatório

EM ALTA

Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa

29 de abril de 2025 - 12:02

Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho

29 de abril de 2025 - 8:30

Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

SD Select

Mesmo investimentos isentos de Imposto de Renda não escapam da Receita: veja por que eles precisam estar na sua declaração

29 de abril de 2025 - 8:00

Mesmo isentos de imposto, aplicações como poupança, LCI e dividendos precisam ser informadas à Receita; veja como declarar corretamente e evite cair na malha fina com a ajuda de um guia prático

VOO BAIXO

Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)

28 de abril de 2025 - 14:43

O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária

conteúdo EQI

Quanto e onde investir para receber uma renda extra de R$ 2.500 por mês? Veja simulação

28 de abril de 2025 - 10:00

Simulador gratuito disponibilizado pela EQI calcula o valor necessário para investir e sugere a alocação ideal para o seu perfil investidor; veja como usar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

IR 2025

Tem offshore? Veja como declarar recursos e investimentos no exterior como pessoa jurídica no IR 2025

28 de abril de 2025 - 7:40

Regras de tributação de empresas constituídas para investir no exterior mudaram no fim de 2023 e novidades entram totalmente em vigor no IR 2025

ABRINDO OS TRABALHOS

Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos

28 de abril de 2025 - 6:05

Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central 

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar