CVM propõe fim da exclusividade entre agente autônomo e corretora; entenda as mudanças
Atualmente, os assessores de investimento só podem oferecer valores mobiliários como ações e debêntures por uma única corretora
Uma resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode pôr fim a um antigo desejo de grande parte dos agentes autônomos de investimentos, profissionais responsáveis por oferecer produtos financeiros aos clientes das corretoras.
A principal mudança proposta pela autarquia em audiência pública aberta nesta quinta-feira (12) é o fim da exclusividade entre os agentes autônomos e as corretoras.
Atualmente, os assessores de investimento só podem oferecer valores mobiliários como ações e debêntures por uma única corretora, que se responsabiliza perante a CVM por eventuais problemas.
Com o fim desse vínculo proposto agora, os assessores poderão trabalhar com a corretora que oferecer os produtos que ofereçam as melhores condições em cada modalidade.
Nas duas minutas divulgadas ao público, a CVM também propõe mudanças de tipos societários admitidos nos escritórios e na transparência sobre práticas de remuneração. Esta última visa reduzir as acusações de conflitos de interesse na relação entre os agentes — também conhecidos pela sigla AAI — e os investidores.
"Essa audiência pública resulta de um diálogo extenso com participantes do mercado. Todo esse trabalho permitiu chegarmos a ela com reforçada confiança nas mudanças propostas”, afirma, em nota, Marcelo Barbosa, presidente do órgão.
Leia Também
As discussões sobre o tema começaram em 2019 e, para o presidente da Associação Brasileira dos Agentes Autônomos de Investimentos (ABAAI), Diego Ramiro, geraram um fruto positivo.
“Isso consolida o trabalho de mais de dois anos da associação para mostrar ao regulador como se modernizou a profissão do agente autônomo. Nos três pontos tratados no texto vimos grande inovação e impacto positivo no setor”, afirma.
Entenda as mudanças
A primeira minuta elimina a obrigatoriedade de que os AAIs atuem em regime de exclusividade com intermediários e de adoção de formas de sociedades simples. Atualmente, podem participar ou assumir os escritórios apenas aqueles que possuam a certificação da categoria.
Com o crescimento do mercado de investimentos fora dos grandes bancos nos últimos anos, vários agentes autônomos passaram a ser responsáveis por bilhões em recursos de clientes. Esse crescimento levou os escritórios a serem alvo de disputa entre bancos e corretoras como XP a BTG Pactual.
A regra atual, contudo, não permite que os AAIs tenham sócios como fundos que compram participações em empresas (private equity), o que limita a capacidade de investimento. A solução adotada por alguns escritórios para receber dinheiro de investidores foi dar entrada no pedido como corretora no Banco Central.
Apesar de celebrar a alteração no modelo societário, o presidente da ABAAI destaca que ainda há pontos passíveis de esclarecimento. A autarquia estabelece que os novos sócios não devem ser consultores, atuantes na área de carteira administrada ou de outros segmentos conflitantes.
“Nós gostaríamos de saber quais são esses setores não conflitantes para que fique bem claro quem pode ou não ser sócio dos escritórios”, explica Ramiro.
Segundo a CVM, as mudanças estão “alinhadas ao porte que muitos agentes autônomos de investimento atingiram ou desejam atingir” e, entre seus benefícios, cita:
- O alcance a um número maior de clientes;
- A oferta mais ampla de produtos
- Facilitação da contratação de profissionais e da captação de recursos financeiros.
Já a segunda minuta trata da divulgação de informações sobre remuneração e conflitos de interesse na intermediação de operações realizadas com valores mobiliários. De acordo com a regulamentação, os investidores terão acesso a:
- Informações qualitativas sobre remuneração e conflitos de interesse dos agentes envolvidos na intermediação de operações;
- Extratos periódicos com informações quantitativas sobre remuneração arcada pelo investidor nessas operações.
Para Ramiro, é importante destacar que a transparência valerá não só para a remuneração dos profissionais da categoria, mas de todos os intermediários na cadeia de investimentos, um ponto defendido pela ABAAI.
As sugestões e comentários sobre o tema podem ser encaminhados para o e-mail audpublicaSDM0521@cvm.gov.br até o dia 17 de setembro.
Veja neste vídeo exclusivo 5 ações DESCONTADAS na Bolsa que podem turbinar a sua carteira de investimentos e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no Youtube para mais conteúdos sobre investimentos:
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
