🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Estadão Conteúdo
PARADA OBRIGATÓRIA

BNDES vira ‘sócio’ da Mesbla e de outras empresas que não existem mais

O BNDES ressaltou que as ações de firmas “em processos de recuperação ou falência ou outras situações inoperantes” foram “incorporadas” ao balanço da BNDESPar, a empresa de participações do banco, “sem nenhum custo para sua aquisição”

novembro de 2018: Edifício sede do BNDES, no Rio de Janeiro (RJ). - Imagem: Shutterstock

A estratégia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de vender ações de grandes companhias que detinha em sua carteira é um mantra da atual gestão, iniciada em julho de 2019. Desde então, foram vendidos cerca de R$ 70 bilhões, com destaque para operações bilionárias envolvendo papéis da Petrobras e da Vale. Em 2020, porém, o banco também se tornou acionista de empresas inoperantes, em recuperação judicial ou falidas, como Mesbla, Motoradio e Pirâmides Brasília.

A Mesbla era uma marca forte do varejo até os anos 1990, quando foi à falência. A Motoradio foi uma tradicional fabricante de equipamentos de som para automóveis nos anos 1970 e 1980. Já a Pirâmides Brasília, fabricante de espuma para colchões (com a marca Pira Spuma), era atuante até a década de 1970. Mesmo inoperante, uma empresa pode seguir existindo formalmente, por exemplo, como massa falida - e, portanto, ter ações.

A entrada dessas firmas no capital do banco vai na contramão da estratégia vendedora, mas o BNDES foi obrigado a fazer isso por causa da extinção do antigo Fundo PIS/Pasep, cujos recursos foram transferidos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em meio às medidas do governo federal para mitigar a crise econômica causada pela covid-19.

O BNDES ressaltou que as ações de firmas "em processos de recuperação ou falência ou outras situações inoperantes" foram "incorporadas" ao balanço da BNDESPar, a empresa de participações do banco, "sem nenhum custo para sua aquisição".

Com exceção da compra de uma fatia de 8% do capital da VLI, operadora ferroviária controlada pela Vale, as aquisições de ações de 2020 vieram do Fundo de Participação Social (FPS), uma "subconta" do Fundo PIS/Pasep.

Extinto com a transferência para o FGTS, o PIS/Pasep foi criado em 1975, não recebia novos recursos desde 1988 e era administrado pelo BNDES. Para executar a transferência de R$ 20,7 bilhões do PIS/Pasep sob sua administração, o BNDES foi obrigado a adquirir os ativos do FPS, porque os recursos transferidos tinham de ser "líquidos", ou seja, facilmente sacados pelos trabalhadores, explicou o banco.

Com a aquisição dos ativos do FPS, o BNDES se tornou acionista de empresas como a Mesbla, Motoradio, Pirâmides Brasília e outras como Paranapanema, Vulcabras, além de ter recebido mais ações da Petrobrás.

O último relatório de gestão do Fundo PIS/Pasep, de 2020, classifica como "com evidência qualitativa de perdas" as ações de Lorenz, Mesbla, Motoradio, Nova América, Pirâmides Brasília, Transparan, Usina Santa Olímpia, Brasperola, SAM, Chapecó, Kosmos e Madef.

Por todo o bolo do FPS, o BNDES pagou R$ 226,3 milhões, segundo o relatório de gestão do PIS/Pasep. O valor é pequeno perto do total da carteira de participações societárias do BNDES, avaliada em cerca de R$ 70 bilhões no fechamento do segundo trimestre. Mesmo após vender R$ 22 bilhões em ações da Petrobras numa megaoferta em fevereiro de 2020, a participação na petroleira segue sendo a maior na carteira do BNDES: 8,1% do capital da estatal, avaliados em R$ 30,9 bilhões.

Questionado sobre a estratégia para lidar com os ativos, o BNDES informou que "eventuais oportunidades de desinvestimento serão analisadas em conjunto com os demais ativos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar