Evergrande traz alívio ao mercado e Vale e siderúrgicas disparam na bolsa; Ibovespa sobe 1,4% e dólar recua, a R$ 5,40
A percepção de que a incorporadora chinesa não deve trazer dados tão grandes para a economia global impulsionam os investidores às compras no Ibovespa

O varejo mais fraco do que o esperado e o balanço ruim da Via (VIIA3) pressionam um dos setores mais importantes do Ibovespa, mas os investidores olham para o outro lado nesta quinta-feira (11).
Na China, a Evergrande parece ter honrado o pagamento a três credores, o que alivia o cenário incerto que paira sobre o mercado financeiro global e uma possível falência da incorporadora chinesa.
O minério de ferro, que não tem vivido dias fáceis, voltou a se recuperar e subir mais de 4%, o que impulsiona o setor de materiais básicos na bolsa - a Vale, empresa de maior peso no índice, avança mais de 5%.
Com isso, os temores com inflação e varejo ficam em segundo plano. Por volta das 17h20, o Ibovespa operava em alta de 1,44%, aos 107.492 pontos. O setor de bancos também ajuda positivamente o desempenho do índice, estendendo os ganhos da véspera.
O dólar à vista recua 1,74%, a R$ 5,404, acompanhando o movimento visto no exterior e ainda refletindo parte da previsibilidade fiscal que o mercado espera ter com a aprovação da PEC dos precatórios. O texto ainda precisa passar pelo Senado, mas após os embates recentes, os investidores começam a ficar mais confiantes com a aprovação do tema.
Leia Também
Embora a inflação de outubro divulgada ontem tenha aumentado as estimativas do mercado para a decisão do Copom do próximo mês, o mercado de juros leva em consideração a queda de 1,3% nas vendas do varejo em setembro, o que desinclina a curva. Confira as taxas do dia:
- Janeiro de 2022: de 8,48% para 8,48%
- Janeiro de 2023: de 12,20% para 11,94%
- Janeiro de 2025: de 11,83% para 11,62%
- Janeiro de 2027: de 11,67% para 11,50%
Sobe e desce do Ibovespa
O principal destaque corporativo do dia aparece na parte de baixo do Ibovespa nesta quarta-feira. Além da receita, Ebitda e lucro terem ficado abaixo das projeções dos analistas, o salto nas provisões relacionadas a processos trabalhistas assustou o mercado e fez com que as ações da Via recuassem quase 20% logo na abertura do pregão.
Confira as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
VIIA3 | Via ON | R$ 6,09 | -13,62% |
TAEE11 | Taesa units | R$ 37,05 | -1,36% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 20,81 | -0,90% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 23,02 | -0,43% |
BBAS3 | Banco do Brasil ON | R$ 30,78 | -0,03% |
Entre as maiores altas, os balanços também se destacam. A ponta fica com a Azul. Nesta manhã, a empresa reportou que voltou aos níveis de atividade pré-pandemia, o que agrada os investidores.
Com Via despencando, os investidores que abandonaram o barco apostam no Magazine Luiza (MGLU3), que sobe forte mesmo com os indicadores de queda das vendas no varejo.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AZUL4 | Azul PN | R$ 29,13 | 10,17% |
BIDI11 | Banco Inter unit | R$ 47,74 | 9,00% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 14,12 | 8,45% |
BIDI4 | Banco Inter PN | R$ 16,10 | 8,42% |
SOMA3 | Grupo Soma | R$ 16,00 | 8,04% |
É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
BDR ou compra direta de ações no exterior: qual a melhor forma de investir em empresas listadas em bolsas gringas?
Recibos de ações estrangeiras facilitam o acesso da pessoa física a esses ativos, mas podem não ser o melhor caminho a seguir, no fim das contas; entenda por quê
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Ibovespa melhor do que o S&P 500? Por que os gestores agora estão vendidos em bolsa americana, segundo pesquisa da Empiricus
O levantamento mostrou que bolsa americana entrou no campo vendido pela primeira vez desde o fim de 2023; descubra as razões
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Serena (SRNA3) de saída da B3: Actis e GIC anunciam oferta para fechar o capital da empresa de energia renovável; ações sobem forte
A oferta pública de aquisição vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, que atingiu um pico na alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25
O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo