Na bolsa, não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe
Se o desempenho ruim da Bolsa em 2021 não nos ajudou a ficar mais ricos, nos ensinou sobre a extrapolação das condições atuais para o futuro
Assim como o mar calmo nunca fez bom marinheiro, bolsa em alta nunca ajudou a separar as empresas que vivem de promessas das que realmente entregam resultados.
Aliás, existe até uma frase no mundo financeiro que diz que quando o macro está favorável, o mercado entra em modo QMS – Qualquer Merda Sobe.
Na verdade, o otimismo às vezes se torna tão grande que mesmo companhias sem nenhum histórico ou com grandes dificuldades de gerar resultados são justamente aquelas que mais se valorizam.
Migrar para essa classe de ativos nos momentos de euforia pode até te ajudar a conseguir algumas boas multiplicações de capital.
Mas é preciso entender que quando o mercado muda de humor e sai do tal "modo QMS", o desempenho também é muito pior nessa categoria.
Lição de 2021 na bolsa
Neste ano, vimos várias desvalorizações que superaram a casa dos 50%. Aliás, menção honrosa (ou, melhor, horrorosa) para os IPOs de 2021.
Leia Também
Das quarenta companhias que emplacaram suas ofertas no ano, cerca de trinta apresentaram desempenho negativo e mais de dez se desvalorizaram mais do que 50%.

Fonte: Bloomberg
Mas dizem que as grandes lições aprendemos justamente nos momentos difíceis.
E, se o desempenho ruim da Bolsa em 2021 não nos ajudou a ficar mais ricos, pelo menos deveria nos ensinar algumas lições para encarar os outros anos que virão pela frente.
Para mim, uma das grandes lições de 2021 é sobre a extrapolação das condições atuais para o futuro.
Eu gosto de usar os IPOs como exemplo por causa da quantidade limitada de informações sobre as companhias neste processo.
Sem muitos números de balanço e de resultados para analisar, os investidores são, na maioria das vezes, levados a acreditar em projeções e promessas que quase sempre se baseiam nas condições macroeconômicas correntes.
Se as condições daquele momento são boas e os juros são baixos, os investidores estimam que as condições favoráveis e o crescimento vão durar para todo o sempre e chegam a projeções que se tornam impossíveis de serem alcançadas nos primeiros sinais de dificuldades.
É para evitar esse tipo de erro que Howard Marks insiste tanto na ideia de que a economia e os mercados são regidos por ciclos.
Reprodução: Dominando os Ciclos de Mercado
O que está muito bom hoje (PIB, juros, crédito, etc) provavelmente deixará de ser tão bom em breve e, em algum momento, dará lugar a uma situação desfavorável para os investimentos.
As condições muito favoráveis do início do ano certamente pioraram no fim de 2021.
Mas esses ciclos sempre aconteceram e sempre vão acontecer. O importante é aprendermos a lição de 2021 para no próximo momento de euforia não sairmos por aí acreditando em qualquer extrapolação otimista daquele momento para o futuro — evitar comprar ativos com múltiplos esticados demais e ser um pouco cético com relação às promessas mirabolantes nos IPOs já é um ótimo começo.
Extrapolação traz oportunidades também
Mas o que estamos vendo agora no fim do ano é justamente o oposto do que observamos no início de 2021.
Naquele momento, o mercado extrapolava o otimismo para muitos anos no futuro e aceitava pagar múltiplos exorbitantes mesmo em companhias que não tinham qualquer histórico de execução.
Agora, os investidores estão extrapolando o pessimismo atual (juros elevados, inflação em alta, queda da atividade econômica, etc) para todo o sempre e não aceitam comprar companhias de qualidade, com capacidade comprovada de entrega de resultados nem por múltiplos que se mostram baixos mesmo quando comparados a crises até piores no passado.
Eu sei que a situação ainda é difícil, que vamos ter eleições no ano que vem e que a taxa de juros deve continuar a subir mais um pouco, atrapalhando a atratividade da renda variável.
Mas é justamente nesses momentos que o mercado extrapola o pessimismo para o futuro, joga boas ações para escanteio e nos dá a oportunidade de comprar ótimas companhias por ótimos preços.
Não à toa, o Felipe Miranda, estrategista chefe da Empiricus, acredita que este é um dos melhores momentos dos últimos 15 anos para se comprar ações no Brasil.
Pensando nisso, ele separou uma lista com mais de vinte ações que estão em ótimos pontos de compra neste exato momento.
Uma delas é a Cosan (CSAN3), sobre a qual eu falo tanto por aqui, e que mesmo diante da piora macro, está se valorizando em 2021.
Caso queira conferir as outras ótimas oportunidades para 2022, deixo aqui o convite.
Um Feliz 2022 para todos nós e até a semana que vem!
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem