Aperte os cintos, o PIB caiu: é hora de dar tchau à bolsa?
Diante de queda do Produto Interno Bruto e bolsa derretendo com uma série de notícias ruins, confira uma análise sobre o que fazer com seus investimentos

O mercado financeiro adora mudar de humor de uma hora para outra, não é? Em um mês, tudo parece perfeito: o PIB está crescendo, as pessoas estão consumindo e a bolsa brasileira está bombando.
No mês seguinte, o cenário muda completamente: a economia já não avançam, os consumidores já não gastam tanto e o mercado acionário parece um mar de sangue com tantos vermelhinhos piscando ao longo dia.
Nesta semana, depois de recebermos a notícia de um PIB ridículo, o Ibovespa voltou para o campo negativo e muitos bancos de investimentos já começaram a revisar para baixo as expectativas de crescimento futuro do país.
O medo é de que o PIBinho do segundo trimestre seja apenas um aperitivo para o que veremos em 2022, com impactos negativos da inflação elevada, da alta da taxa Selic e um possível racionamento de energia.
Mas, e aí: será que chegou a hora de vender suas ações e colocar todo o dinheiro debaixo do colchão?
Leia Também
Não mesmo
Antes que você comece a pensar em retirar toda a sua grana da bolsa, já adianto que raramente será uma boa ideia vender todas as suas ações.
Mesmo quando as perspectivas são ruins para a economia, o grande privilégio que o mercado de capitais nos proporciona é o de poder investir nas mais bem preparadas companhias do país — que, por terem acesso facilitado ao capital, possuírem marcas fortes e contarem com os melhores profissionais que o dinheiro pode pagar, conseguem históricos positivos mesmo as coisas não vão tão bem.
No Brasil, a década passada foi marcada por um PIB estagnado, desemprego em níveis recordes e fuga de investidores.
Mesmo assim, tivemos a oportunidade de ver companhias batendo recordes atrás de recordes. O resultado do Itaú Unibanco (ITUB4) e da Lojas Renner (LREN3), mostrados abaixo, são apenas dois de vários outros exemplos:
Repare que não estamos falando de ações super arriscadas, ou que estavam totalmente fora do radar. Eram ações de companhias conhecidas, acompanhadas por praticamente todos os investidores, com histórico comprovado e que continuaram a crescer, independente dos momento ruim para a economia.
Daqui tiramos uma lição importante: em momentos de estresse, quando o otimismo começa a dar lugar para o ceticismo, os investidores costumam procurar por ações de companhias com perfil mais defensivo, com receitas resilientes, forte geração de caixa, histórico de grande distribuição de dividendos e múltiplos camaradas.
Antes de continuar, um convite: acesse o bate papo do nosso repórter Victor Aguiar com Guilherme Loureiro, da Trafalgar Investimentos, sobre como ficam os investimentos com a queda do PIB (aproveite para se inscrever no nosso canal):
Voltando: elas podem não ser aquelas ações explosivas, que costumam dobrar em um curto espaço de tempo quando as coisas estão bem, mas também não vão derreter e proporcionar uma grande perda de capital se o pessimismo se confirmar.
Isso porque, mesmo que a economia volte a patinar, elas ainda terão receitas resilientes e continuarão pagando bons dividendos para segurar o preço das ações em níveis interessantes.
Portanto, se você está preocupado com os rumos da economia mas quer manter seus investimentos em ações, a minha dica neste momento é ter mais ações com múltiplos baixos, que atuam em setores resilientes e que também distribuam bons dividendos. A Hypera (HYPE3) é um ótimo exemplo e é uma das estrelas da série Double Income.
Marolinha na bolsa?
Se o PIB brasileiro apresentado nesta semana mostra que a pandemia segue impactando a nossa economia, nos Estados Unidos o crescimento segue a todo vapor.
E a perspectiva é que isso se mantenha, já que a vacinação somada à reabertura de setores que ainda não estavam funcionando normalmente e à manutenção dos juros em patamares baixíssimos acabam formando um cenário muito propício para o crescimento e também para o investimento em ações.
Não à toa, bem diferente do que está acontecendo com o Ibovespa, o S&P 500 segue em alta e tem renovado suas máximas históricas praticamente todas as semanas.
Se você ainda não entendeu a dica, sim, a minha sugestão é que você invista pelo menos uma parte do seu portfólio em ações americanas (como na Amazon) para aproveitar essa pujança do mercado norte-americano.
A série As Melhores Ações do Mundo traz para você justamente as melhores ações de companhias negociadas nos Estados Unidos – e nem precisa ter conta lá fora, já que é possível investir nelas através de BDRs negociados na B3.
Para falar a verdade, essas ações já deveriam ocupar uma parte da sua carteira, independente do nosso PIB.
Mas como agora a diferença entre as condições internas e externas parece estar aumentando, as ações globais acabam tendo um papel ainda mais crucial no portfólio de qualquer investidor brasileiro.
Se quiser conferir a lista, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a próxima!
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje