O passarinho verde trouxe a boa-nova
O Verde rende 18.703% desde sua criação, em janeiro de 1997, e em 24 anos de existência só́ teve um ano no negativo
O mês de fevereiro começa com uma excelente notícia para os investidores. Como você já deve ter ouvido, o fundo Verde, de Luis Stuhlberger, fará uma abertura-relâmpago nos próximos dias. Esse é o tipo de recomendação das mais óbvias para nós da série Os Melhores Fundos de Investimento. Mas aproveitaremos este espaço para mostrar um pouco como é nosso processo de avaliação de um fundo...
Stuhlberger é um gênio, trabalha com uma equipe qualificada e sabe ganhar dinheiro como ninguém. É um gestor que não só tem um histórico comprovado de geração de alfa em diferentes mercados, mas, além disso, entrega consistência, o que mostra que ele e sua equipe dominam com maestria a arte de se expor ao risco e de duvidar sempre de si.
O Verde rende 18.703% desde sua criação, em janeiro de 1997 – época em que o fundo ainda pertencia à Hedging-Griffo, gestora de recursos posteriormente comprada pelo banco Credit Suisse. E, nesses 24 anos de existência, só teve um ano no negativo, 2008, auge da crise financeira global iniciada nos Estados Unidos.
Dá uma olhada no gráfico abaixo:

Você pode estar pensando que não é justo compararmos um fundo multimercado com índices de Bolsa, como o Ibovespa ou o mais amplo IBX, pois um multimercado costuma ser, na média, três vezes menos arriscado.
Mas repare como, neste caso, a diferença é grande demais para ser ignorada: o retorno do Verde foi 8,4 vezes maior do que o CDI, 6 vezes maior do que o IBX e 11,9 vezes maior que o Ibovespa.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Nos últimos dez anos, período nem um pouco fácil para o mercado local, com aquela pitada de crise fiscal, eleições polarizadas, vazamento de delações e greve dos caminhoneiros, o resultado do Verde (244%) também bateu com folga o CDI (139%) e os índices de Bolsa (67% do Ibovespa e 121% do IBX).
Falando de estratégias, logo no início da pandemia, no ano passado, o fundo Verde destoou dos demais multimercados brasileiros ao assumir a dianteira e ir às compras na Bolsa tão logo os preços despencaram, no fim de fevereiro. Já no mês seguinte, o gestor foi a público admitir que subestimou a escalada do coronavírus no Ocidente e que errou ao comprar ativos cedo demais.
Citamos esse episódio para dar um exemplo da postura de Stuhlberger, que só reforça nossa admiração. Gestores são humanos, eles vão errar, isso é esperado. Os melhores são justamente aqueles que têm a humildade de assumir que erraram e, assim, promoverem mudanças para proteger o patrimônio dos cotistas.
Outra mudança importante na estratégia foi no fim de 2020, quando o Verde zerou uma posição antiga no mercado de juros, comprada em títulos de longo prazo atrelados à inflação (NTN-Bs). O principal motivo foi a deterioração do quadro fiscal. A leitura da casa é que as ações seriam apostas mais seguras do que os juros longos.
O gestor inicia 2021 otimista com o mundo e com o Brasil, sobretudo no que diz respeito à Bolsa. Para ele, mesmo combalida pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus, a economia global deve se recuperar bem, amparada pelos estímulos sem precedentes nos Estados Unidos, Europa e China. Isso sem falar nos esforços fiscais e no juro baixo. Diante desse panorama, Stuhlberger disse recentemente em um evento do Credit Suisse uma frase rara de se ouvir: “Estou bem otimista”.
A gestora, que historicamente mantém pelo menos um terço de sua carteira em ações, tem, inclusive, preferido se expor ao mercado acionário doméstico. Segundo Stuhlberger, hoje a carteira tem 20% em ações no Brasil e 15% no mercado acionário internacional, principalmente nos EUA. Mas confessou que tem cogitado vender um pouco de S&P 500 e comprar mais Bolsa Brasil...
Mas, é claro, o caminho nunca será fácil. Em sua visão, o grande desafio do mercado hoje é calibrar o quanto dessa perspectiva de recuperação global já está embutida nos preços das ações. Também mantém no radar a situação fiscal brasileira e monitora com atenção os dados de inflação.
Não poderíamos encerrar essa avaliação sem mencionar o respeito que Stuhlberger tem entre seus pares. No evento do Credit Suisse, o painel foi dividido com o gestor Rogério Xavier, da SPX, que classifica seu colega como “o grande percussor da indústria de gestão no Brasil”. Xavier costuma dizer que, pela competência e generosidade com que divide suas posições, Stuhlberger merecia como homenagem uma estátua na Faria Lima.
Quer investir no Verde?
Se você tem interesse em investir no fundo Verde, de Stuhlberger, seguindo nossa recomendação, será preciso agir rápido! Dada a grande demanda e o capacity limitadíssimo, é bem provável que as plataformas de investimento devam começar já nesta semana o período de reserva para a alocação (que deve ocorrer de fato na última semana de fevereiro). A última janela de abertura do fundo, em 2018, durou apenas dois dias — e, em alguns lugares, poucas horas. O investimento mínimo é de R$ 50 mil.
De nossa parte, estamos acompanhando de perto o cronograma nas plataformas em que o Verde está disponível. Nossos assinantes da série Os Melhores Fundos de Investimento são prontamente atualizados por meio do nosso canal do Telegram, fique de olho!
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional