O apressado fica no preju
Neste dia de feriado, queria aproveitar para propor uma reflexão sobre expectativas, paciência e os nossos investimentos

Neste dia de feriado, em que as bolsas pelo mundo estão fechadas por conta da Sexta-Feira Santa, queria aproveitar essa pausa para propor uma reflexão a você sobre expectativas, paciência e os nossos investimentos.
Com a chegada de um número cada vez maior de pessoas à bolsa, vemos uma profusão de serviços financeiros, de plataformas, analistas e até gurus, todos falando a mesma coisa: vem aqui, compre o meu produto, minha ideia, e eu vou te fazer rico.
Todos eles apelam para um lado muito humano em todos nós. Estamos programados biologicamente para sempre buscar o melhor em termos de conforto e segurança. Nisso, o mercado financeiro pode servir de grande ajuda, ao permitir que o dinheiro que conquistamos a duras penas trabalhe para nós e nos traga rendimentos, garantindo sossego ou a possibilidade de fazer uma aquisição que sempre sonhamos.
Aqui entra a questão da expectativa. Como e quando você quer ganhar dinheiro? Também é humano tentar maximizar os ganhos no mais curto espaço de tempo. Só que esse sentimento pode nos levar a tomar decisões ruins, resultando em grandes prejuízos.
Não são apenas os novatos que caem nessa, muita gente supostamente gabaritada acaba levado pela expectativa de enriquecer rapidamente. Vimos isso nesta semana com o caso Archegos, um family office (empresa de gestão de fortunas) que sofreu prejuízos bilionários por adotar estratégias altamente arriscadas para acelerar seus ganhos. A impaciência do fundo prejudicou duramente o patrimônio dos seus cotistas.
Não tem jeito, a paciência é a melhor aliada para quem deseja ficar rico com investimentos. Como mostra o Ruy Hungria na coluna desta sexta-feira, as fortunas em bolsa não são construídas em um ritmo acelerado e com ganhos absurdos em pouco tempo, e sim com calma e dedicação.
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Vale a pena ler o que ele tem a dizer sobre o que podemos aprender do caso Archegos.
Mercados
• O Ibovespa fechou ontem em queda de 1,18%, aos 115.253 pontos, se descolando do otimismo que tomou conta das outras praças, repercutindo o fraco desempenho da indústria em fevereiro e a cautela em torno do Orçamento de 2021. O dólar subiu 1,54%, para R$ 5,71. As principais bolsas globais não operam hoje por conta da celebração da Sexta-feira Santa.
Empresas
• O ex-presidente do conselho de administração do Banco do Brasil deixou o cargo fazendo duras críticas a Jair Bolsonaro, por conta da forma como foi promovida a troca do comando da instituição. Ele acusou o presidente de descaso com o banco e outras estatais.
• A Vale anunciou ontem um programa de recompra de até 5,3% de ações em circulação da empresa, mas disse que a medida não impacta a distribuição de dividendos. Os papéis da mineradora já subiram 142% nos últimos 12 meses.
• O programa de desinvestimento da Petrobras pode sofrer um duro golpe. O TCU avalia se suspende ou não a privatização da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, após receio de que ela tenha sido vendida por um preço inferior ao seu valor de mercado.
Economia
• O Brasil registrou 3,7 mil mortes por covid-19 em 24 horas, segundo o boletim do Ministério da Saúde. O total de óbitos pela doença é de 325,2 mil.
Um abraço, boa Sexta-feira Santa para você e sua família e um ótimo final de semana!
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