Mais fácil falar que fazer
Hoje foi um daqueles dias em que as falas dos detentores do poder no cenário doméstico até repercutiram no mercado, mas foram sobrepostas pelos fatos e pelo que aconteceu no exterior.
O mercado local começou o dia animado com as apresentações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, no badalado evento anual do Credit Suisse para o mercado financeiro, acompanhado de perto por toda a imprensa especializada.
Enquanto Bolsonaro falou em acelerar concessões e privatizações, Guedes sinalizou que as reformas devem andar, passadas as eleições para a presidência da Câmara e do Senado no início de fevereiro.
Mas o efeito positivo na bolsa não durou por muito tempo. Os investidores sabem que são só palavras e não estão mais tão otimistas quanto ao andamento das reformas e privatizações no primeiro semestre. Principalmente após a saída de Wilson Ferreira Jr. da presidência da Eletrobras.
Este sim, por sinal, foi um fato que “fez preço” hoje. As ações da estatal desabaram, enquanto os papéis da BR Distribuidora, nova casa do executivo, fecharam com a maior alta do Ibovespa no dia.
O índice terminou o pregão em baixa, influenciado também pelo avanço da pandemia no mundo e novos atritos entre EUA e China, desta vez relacionados à tecnologia 5G. Quem teve um dia de alívio forte, porém, foi o dólar, agora que a ata da última reunião do Copom sugeriu uma alta de juros antes do esperado.
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MERCADOS
• As ações da HBR Realty, empresa de desenvolvimento e administração de imóveis, estrearam em alta na B3 nesta terça-feira, após a empresa ter captado quase R$ 730 milhões no seu IPO.
EMPRESAS
• A XP Inc. encerrou 2020 com R$ 660 bilhões em ativos sob custódia, um aumento de 61% em relação a 2019. O número de clientes ativos subiu 63% na mesma base de comparação, para quase 2,8 milhões. Veja as prévias operacionais e as expectativas da companhia.
• A escolha do substituto de Wilson Ferreira Júnior na Eletrobras será definitiva para o futuro do projeto de privatização da companhia. Enquanto a área econômica do governo quer encontrar um executivo à altura, Brasília já aposta em um nome, como mostra esta matéria.
• Mas a tristeza de uns é a alegria de outros. O agora ex-CEO da Eletrobras vai passar a comandar a BR Distribuidora, o que anima investidores e analistas pela possibilidade de saída definitiva da Petrobras do seu capital social e a inauguração de uma nova era de crescimento.
• A Caixa Econômica Federal pretende retomar os planos de levar para a bolsa cinco de suas subsidiárias via IPO. A abertura de capital das unidades na B3 é o “foco total” na instituição, disse Pedro Guimarães, presidente do banco.
• A Enjoei planeja ampliar acordos com grandes marcas, segundo o CEO da empresa, Tiê Lima. O movimento deve ajudar o brechó digital a atingir a meta de ter uma a cada duas peças vendidas online com passagem pela sua plataforma.
• Mesmo com o fim do auxílio emergencial e as incertezas quanto à evolução da pandemia, os CEOs da BRF, da JBS e do Burger King estão otimistas em relação aos setores ligados à alimentação em 2021 e no longo prazo.
ECONOMIA
• Considerado uma prévia da inflação oficial, o IPCA-15 registrou alta de 0,78% em janeiro de 2021, segundo o IBGE. Foi a maior alta para o mês desde 2016, quando o índice avançou 0,92%. Veja o que mais pesou no índice.
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