🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Como fica a pauta ESG em meio à necessidade de energia barata e acessível? Veja análise

De um lado, a agenda de descarbonização e energia limpa do ESG. Do outro, a necessidade de energia barata e acessível

8 de setembro de 2021
10:58 - atualizado às 18:36
Em 2018, 83% da energia elétrica gerada era proveniente de fontes renováveis, enquanto estas representam apenas 25% da matriz elétrica mundial / Imagem: Shutterstock

Se você está buscando uma carreira dinâmica, a atividade de analista pode ser um prato cheio. Aqui flutuamos do microeconômico para o macroeconômico, do Brasil para os EUA e entre classes de ativos em uma frequência ímpar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com todos esses insights colhidos, forma-se uma linha de pensamento e uma estratégia de alocação que são frequentemente revisitadas, ou seja, o exercício de “quebrar a cabeça” é constante. 

Em nossas andanças modernas — que estão sendo realizadas online — faz parte do dia a dia conversar com os stakeholders de um determinado ativo analisado.

Gestores, fornecedores, clientes, administradores, concorrentes e especialistas de setores são alguns dos executivos que nos nutrem de informação e subsidiam nosso cérebro para a tomada de decisão.

Na última semana, conversamos com um grande especialista do setor de energia do país. Mais do que nos informar sobre o que de fato está acontecendo e as proporções que a crise hídrica pode tomar, pensamos prospectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como evitar que o fantasma do apagão de 2001 apareça novamente? Dada a relevância do tema, decidi compartilhar alguns insights neste Day One.

Leia Também

Energia elétrica no Brasil

Como já é sabido, a matriz elétrica do Brasil é composta predominantemente por fontes renováveis, em especial a hídrica. Para efeito de comparação, em 2018, 83% da energia elétrica gerada era proveniente de fontes renováveis, enquanto estas representam apenas 25% da matriz elétrica mundial. 

Com dimensões continentais, diversos biomas, características climáticas diferentes e uma matriz predominantemente composta por usinas hidrelétricas, foi identificada a necessidade da criação de um sistema de produção e transmissão de energia elétrica que fosse interligado, garantindo a transferência de energia entre as regiões e permitindo o atendimento de grande parte do mercado consumidor nacional.

Grosso modo, se uma determinada região encontra-se com reservatórios abaixo de níveis aceitáveis, a energia poderá ser suprida por outra região onde a incidência de chuva está abundante e cujos reservatórios estão mais cheios. Essa é base do Sistema Interligado Nacional (SIN), que foi criado no final do século passado e representou um importante avanço no setor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa evolução, essencial para aumentar a confiabilidade do sistema, não foi suficiente para nos salvar do apagão de 2001, em virtude da falta de investimentos nos mais diversos subsegmentos do setor elétrico e da escassez de chuva no período.

Baixo investimento

Vários anos depois, o problema de baixo investimento no setor foi mantido. Para piorar, em 2012, fomos acometidos pela medida provisória 579, que, entre várias aberrações, empurrou a tarifa de energia para baixo em prol da tentativa de conter a inflação.

Para tentar suportar a redução de tarifa, os reservatórios das hidrelétricas foram abertos, promovendo um desbalanceamento de nossa matriz elétrica (privilegiando a geração hidrelétrica em relação às demais fontes de energia) e uma queda importante dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que ainda respondem por 70% do total de energia gerada atualmente.

Além do erro estratégico em si, o Brasil vive o seu período seco com menos chuvas desde 1930. O resumo da ópera é que a combinação desses dois fatores não permitiu a recomposição dos reservatórios das hidrelétricas a níveis “saudáveis”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sorte (ou azar?), o país vive uma crise em que a falta de crescimento (e a baixa demanda incremental por energia) jogou o problema debaixo do tapete. Afinal, sem crescimento não há aumento substancial de demanda por energia.

A história começou a ganhar contornos mais dramáticos a partir do ano passado, quando a fase mais crítica da pandemia passou e ficou evidente que o país apresentaria crescimento robusto neste ano e, portanto, aumento importante no consumo de energia.

As projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já sinalizam que os reservatórios alcançarão em torno de 10% do volume máximo ao final de novembro, 5,5 pontos percentuais abaixo do cenário de racionamento do início do século.

Mesmo após anúncios dos reajustes tarifários, os riscos de blecautes (e, eventualmente, de apagão) estão em jogo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Temos algumas cartas na mesa e, ao que parece, apenas um Royal Flush (junção de todos os fatores abaixo) seria possível para evitarmos o pior: 

  1. Manutenção das usinas térmicas 100% operacionais até pelo menos o final do ano que vem;
  2. Importação de energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, que foi autorizada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), criado pelo Ministério de Minas e Energia para buscar soluções para o enfrentamento da crise hídrica;
  3. Importação de gás da Bolívia;
  4. Redução de demanda através do mercado livre;
  5. Redução voluntária no mercado cativo;
  6. Ocorrência de chuvas com maior intensidade que o previsto.

Conviveremos, portanto, com a escolha de Sofia. De um lado, a agenda de descarbonização e energia limpa. Do outro, a necessidade de energia barata e acessível para sustentar o crescimento e condições sanitárias adequadas, que passará pela redução da dependência hidrológica em nossa matriz elétrica.

É fato que a aplicação de práticas ESG como uma agenda de negócios será benéfica para os países e empresas que a empregarem. Seja pelo menor custo de dívida, maior acesso a capital, maior aceitação dos seus produtos ou inúmeros outros benefícios. Essa é uma agenda que não terá volta. Por outro lado, temos um risco iminente que precisa ser mitigado.

Na minha opinião, já passou da hora de investirmos em infraestrutura e melhor distribuirmos nossa matriz elétrica, com a maior participação de fontes térmicas, nuclear e outras que não são intermitentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os leilões de capacidade em dezembro e as térmicas a serem construídas como contrapartida da privatização da Eletrobras são um bom caminho. Aliás, esse será um gatilho importante para a Eneva (ENEV3).

O verdadeiro ESG é muito mais que uma preocupação ambiental quanto à matriz utilizada, seja ela solar, eólica ou térmica. Abrange também fatores sociais e de governança, beneficiando todos os stakeholders. Afinal, não existe energia ruim. Ruim é não ter energia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar