Bolsa hoje: o gira-gira do Planalto Central, auxílio-desemprego nos EUA e mais dados da inflação
CPI da Pandemia, precatórios, novo Bolsa Família e Reforma do Imposto de Renda continuam no radar do investidor
Bom dia, pessoal!
Ontem (11), tivemos o 46.º fechamento do S&P 500 em recorde histórico apenas neste ano – isso mesmo, o índice já fechou na máxima histórica 46 vezes em 2021. Os mercados internacionais acompanham a temporada de resultados, os dados de inflação e a perspectiva de um estímulo fiscal adicional de US$ 3,5 trilhões nos EUA.
O Brasil, por sua vez, que terá a esmagadora maioria dos resultados corporativos apresentados até 13 de agosto (esta sexta-feira), acaba se descolando da realidade otimista estrangeira devido ao vaivém de Brasília, especificamente associado à reforma tributária (trecho sobre Imposto de Renda). Muitas vezes parece que estamos girando sem sair do lugar.
Os mercados europeus abriram bem nesta manhã (12), apesar do dia ruim na Ásia. Os futuros americanos flertam com a estabilidade, com uma alta um pouco mais destacada para os futuros do Dow Jones.
A ver...
Provavelmente, vem aí novo texto
O projeto que trata do Imposto de Renda acabou não sendo votado na noite de ontem, uma vez que o texto segue sem consenso. O mercado continua precificando esse movimento, enquanto também se preocupa com a questão dos precatórios e do novo Bolsa Família (Auxílio Brasil). A tentativa será de passar o parecer revisado hoje, depois da provável publicação de um novo texto pelo relator da proposta, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA); contudo, vale ressaltar, não há data cravada para que a votação ocorra – mesmo que o projeto seja votado hoje, os destaques do texto ficariam para a semana que vem.
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Na última tentativa, o relator havia sido cobrado por aumento da carga tributária sobre as empresas (setor produtivo) ao atender as demandas dos Estados e municípios com corte menor do IRPJ, compensado pela redução da CSLL. No final do dia, ao tentar agradar todo mundo, o relatório virou uma espécie de Frankenstein ou colcha de retalhos. Sem progresso nessa frente, Arthur Lira colocou para votar uma reforma eleitoral, que ressuscitou as coligações (o “distritão” acabou não passando).
A incerteza e a falta de previsibilidade em uma questão tão importante como esta deixam o mercado apreensivo, uma vez que não sabe sequer como tratará os tributos para fazer conta sobre os ativos (uma mudança relevante de alíquota muda o jogo para muitos produtos financeiros). O sentimento de aversão ao risco é verificado na volatilidade dos últimos dias e deverá perseverar.
Agora chegou a vez de o produtor conhecer sua inflação
Os dados de preços ao consumidor nos EUA, apresentados ontem, confirmaram a noção de transitoriedade da inflação. No acumulado do ano, a mediana da inflação passou de 2,1% para 2,3%, o que descarta o risco de superaquecimento iminente. Contudo, há algumas linhas com grandes aumentos de preços, o que puxou a inflação para 5,4% de alta na comparação anual (a mais alta em 13 anos). O Federal Reserve (Fed) provavelmente manterá sua posição atual até antes da sua próxima reunião de política monetária nos dias 21 e 22 de setembro – depois disso, a próxima reunião do Fed será de 2 a 3 de novembro.
Mas se você acha que acabou, está muito enganado. Para hoje (12), contamos com os dados de preços ao produtor americano, os quais devem seguir o padrão de preços ao consumidor à medida que alguns efeitos de base desaparecem – os números devem sugerir que algumas áreas sujeitas às restrições de fornecimento estão se normalizando. A estimativa do consenso é de um aumento de 0,4% mês a mês para o dado base, enquanto o núcleo, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, deve aumentar 0,5% (o indicador saltou 1% em junho).
Fish and chips
Depois de muito esforço, a economia do Reino Unido finalmente recuperou seu nível pré-pandemia em termos de PIB nominal. O consumidor liderou o crescimento do segundo trimestre, diante do ainda notável atraso nos investimentos.
60% da população está totalmente vacinada no Reino Unido, sendo que a contagem semanal de novos casos está em vias de diminuir mais uma vez. A sinalização é positiva e demonstra o que deve acontecer com os países já vacinados em termos de recuperação econômica, ao longo do segundo semestre, fato que dá suporte para os ativos de risco – fundamento econômico que não se descarta.
Na contramão desse movimento, porém, os investidores estarão ligados na produção industrial da zona do euro para junho, que atingiu seu nível pré-pandêmico no primeiro trimestre e tem perdido um pouco da força que demonstrou subsequentemente – dados desta manhã mostraram uma alta de 9,7% na comparação anual (carregamento estatístico), mas uma desaceleração de 0,3% na comparação com o mês anterior.
Anote aí!
Nos EUA, teremos os tradicionais pedidos de auxílio-desemprego para a semana encerrada em 7 de agosto. Em julho, os pedidos de indenização foram em média 392 mil por semana, um pouco inferiores aos dados de junho. Apesar do gradual aprimoramento, os pedidos de auxílio-desemprego permanecem elevados em comparação com os níveis pré-pandemia. Ainda lá fora, dois fatores relacionados com o mercado de energia (petróleo) são relevantes: tanto a Opep como a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgam relatório mensal sobre o mercado de petróleo.
Aqui no Brasil, a CPI da Pandemia do Senado ouve o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), mas com pouco efeito sobre os preços. Na agenda de dados, destaque para a pesquisa mensal de serviços para junho, com expectativa de alta de 0,4% – depois da frustração de ontem com os dados de serviços, estes números de hoje ganham relevância adicional.
Muda o que na minha vida?
Ontem, o petróleo bruto subiu de volta para cima da marca de US$ 70/barril. Isso aconteceu depois que a Casa Branca apelou aos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) para aumentar a produção de petróleo, argumentando que os custos mais elevados da gasolina, se não forem controlados, podem prejudicar a recuperação global em curso.
A Opep+ até poderia aumentar sua oferta, mas é importante notar que os EUA são atualmente um exportador líquido de petróleo e combustível – uma expansão da oferta afetaria o preço e, consequentemente, as exportações americanas. A alta da quarta-feira decorrente da notícia, por sua vez, se justifica por conta de uma nova precificação do mercado sobre o tema, depois de penalizar bastante a commodity em meio a temores de que a disseminação da variante delta pudesse reduzir consideravelmente a demanda por combustíveis para transporte.
Em outras palavras, é possível que o mercado tenha lido da seguinte maneira: se já era difícil aumentar a produção antes, só entre eles, imagine agora com o pedido dos EUA – as chances ficam ainda menores, o que joga o preço para cima.
Apesar dos contratempos, o mercado parece acreditar predominantemente que o retorno à normalização econômica continuará dando suporte aos preços do petróleo. Atualmente, o apetite político por novas quarentenas mais amplas é limitado, enquanto mais países e empresas estão pressionando os cidadãos para que sejam vacinados, fato que abre espaço para o aumento da demanda de petróleo e, consequentemente, de seus preços.
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