Esperada para acontecer nesta semana, a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) que definiria o futuro da produção da commodity ainda não chegou ao fim e agora está sem data para ser realizada. O motivo para o adiamento é um impasse sobre o aumento da produção de petróleo por parte do cartel.
Na segunda-feira (05), o evento foi cancelado pelo terceiro dia consecutivo, após os Emirados Árabes Unidos não concordarem com as propostas feitas para a elevação de produção - um aumento de 400 mil barris por dia entre agosto e setembro, feito pela Arábia Saudita.
No auge da crise do coronavírus e diante da queda da demanda, a Opep+ reduziu a sua produção em cerca de 9,7 milhões de barris por dia em 2020 e, com a melhora do cenário, vem lentamente buscando a normalização da oferta.
A situação tem tido um impacto nos preços da commodity, que também observa de perto o potencial da variante delta voltar a limitar a demanda. Nesta terça-feira (06), o barril do petróleo Brent fechou em queda de 3,41%, a US$ 74,73. Já o barril WTI, caiu 2,38%, a US$ 73,37.
Em um dia em que poucas ações sobem, as petroleiras lideram as quedas. Por volta das 16h, a PetroRio recuava 5,91%, a R$ 20,22. No caso da Petrobras, as ações preferenciais (PETR4) caem 3,95%, a R$ 27,71. Enquanto isso, os papéis ordinários têm queda de 3,29%, a R$ 28,66. Acompanhe nossa cobertura completa dos mercados.
Segundo a Casa Branca, o governo americano monitora as negociações e autoridades americanas entraram em contato com os dois países envolvidos para entender o impasse. O presidente Joe Biden, no entanto, não deve se envolver por enquanto. O presidente ruso, Vladimir Putin também afirmou que não pretende se reunir com a cúpula.