Assim como uma boa segunda-feira (05), o mercado brasilerio deve amanhecer com uma ressaca das bravas. Não porque o fim de semana foi agitado, mas uma forte indigestão causada pela reforma tributária pegou os investidores no pé contrário e pressionou o índice brasileiro durante longos cinco dias.
A taxação de lucros e dividendos na nova proposta de reforma desagradou os investidores e colocou pressão em cima dos papéis de empresas conhecidas como “boas pagadoras” de dividendos. Principalmente os bancos pesaram e fizeram o índice brasileiro, mas o Ibovespa se agarrou em NY e conseguiu fechar a semana no azul, com leve alta de 0,29%.
Mas nesta segunda, sem os mercados norte-americanos para dar sustentação em virtude do feriado do Dia da Independência, a bolsa brasileira deve operar com liquidez reduzida, assim como os demais índices mundiais.
A semana na bolsa
Os indicadores mais pesados da semana começam a ser divulgados a partir de quarta-feira (07). No exterior, teremos o relatório de emprego jolts dos Estados Unidos, um dos principais indicadores de trabalho junto com o payroll.
Para compor o panorama exterior, ainda deve ser divulgada no mesmo dia a ata da última reunião do Federal Reserve. Assim como acontece com o BC brasileiro, o Fed deve divulgar suas perspectivas para a economia geral dos EUA e indicar quais serão os próximos passos da instituição.
Os investidores devem seguir de olho principalmente na taxa de juros e política de compra de ativos e estímulos monetários.
Voltando para terras brasileiras, o grande dado nacional deve ficar para o IBGE, que divulga na quinta-feira (08) o IPCA referente ao mês de junho. A inflação em alta segue pressionando as decisões do BC brasileiro de aumentar a taxa de juros e interfere diretamente no dia a dia de toda a população.
Com as perspectivas de aumento na conta de luz, o índice geral de preços deve aumentar ainda mais nos próximos meses, mesmo que a Selic continue sua trajetória de alta.
E a sexta-feira (09) deve ser marcada pelo feriado aqui no Brasil, portanto, a bolsa brasileira estará fechada nesse dia, o que deve reduzir a liquidez durante toda a semana.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam o dia majoritariamente em alta após a divulgação do PMI chinês. O indicador mede a atividade econômica dos países e, mesmo com a queda na passagem de maio para junho, elevou o apetite de risco dos investidores.
A liquidez dos mercados segue baixa em virtude do feriado nos Estados Unidos, que mantém as bolsas fechadas. Isso está afetando os índices europeus, que oscilam sem direção definida nesta manhã. Os PMIs regionais de países da Zona do Euro animam os negócios, mas a cautela permanece antes da volta dos mercados norte-americanos na terça-feira (06).
Agenda semanal
Segunda-feira (05)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
- Brasil: PMI de serviços e composto de junho (10h)
- Economia: Balança comercial semanal (15h)
- Feriado do dia da independência dos EUA (mercados fechados)
Terça-feira (06)
- Estados Unidos: PMI composto (final) e de serviços de junho (10h45)
- França: OCDE divulga relatório sobre perspectivas econômicas globais (11h)
Quarta-feira (07)
- IBGE: Pesquisa mensal de comércio de maio (9h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de emprego de maio (11h)
- Banco Central: Fluxo de commodities Brasil (IC-Br) de junho e fluxo cambial semanal (14h30)
- Estados Unidos: /federal Reserve publica ata da reunião de política monetária mais recente (15h)
Quinta-feira (08)
- IBGE: Divulgação do IPCA de junho e Pesquisa Industrial Mensal Regional de maio (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio desemprego (9h30)
- China: CPI e PPI, indicadores de inflação, de junho (22h30)
Sexta-feira (09)
- G20 realiza reunião de ministros de finanças e presidentes dos BCs
- FGV: IPC-S Capitais semanal (8h)
- Estados Unidos: Estoques no atacado de maio (11h)
- Feriado de 9 de julho mantém a bolsa brasileira fechada