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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: decisão sobre juros e votação dos precatórios devem aumentar a cautela da bolsa hoje, sem o exterior para sustentar

A temporada de balanços aqui e no exterior também deve movimentar os negócios, com uma agenda cheia pela frente

Renan Sousa
Renan Sousa
27 de outubro de 2021
7:52 - atualizado às 8:08
Homem puxa juros para cima | Movimento afeta a bolsa
Imagem: Shutterstock

O dia deve ser de muita cautela na bolsa brasileira antes do anúncio da decisão de política monetária do Copom e a volta da PEC dos precatórios ao plenário da Câmara. No pregão de ontem (27), o Ibovespa recuou mais 2,11%, aos 106.420 pontos. O dólar à vista fechou longe das máximas, mas ainda em alta de 0,37%, a R$ 5,5734.

As expectativas estão com o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que não deve seguir o plano de voo do Banco Central e subir mais intensamente nesta reunião. Somado a isso, o exterior opera majoritariamente em baixa, de olho nos balanços do exterior. 

Saiba o que movimenta a bolsa hoje (quarta-feira, 27):

Dia de Copom

Hoje é dia de decisão de política monetária no Brasil e as perspectivas não são das melhores. O Banco Central tem um “plano de voo” de aumentar a taxa básica de juros em 1,0%, mas analistas do mercado acreditam que esse avanço deva ser mais intenso. 

“O IPCA-15 que veio em 1,20% é mais um termômetro que o BC deve trabalhar com uma taxa de juros acima do 1 ponto percentual. Não vai ser surpresa nenhuma se o aumento for na casa de 1,5 ponto e não me surpreende se quiserem demonstrar pulso firme e o aumento vier na casa de 1,75”, comenta Beto Assad, analista de ações e consultor financeiro do Kinvo.

A alta no preço dos combustíveis, na energia elétrica e alta do dólar têm pressionado a inflação no Brasil e o novo aumento divulgado pela Petrobras nos últimos dias deve pesar ainda mais. A migração dos investidores para ativos de menor risco, como a moeda norte-americana, é uma opção de proteção da carteira nesse cenário, mas influencia na alta do dólar, o que alimenta o ciclo. 

O mercado espera que o aumento da Selic, atualmente em 6,25% ao ano, venha entre 1,25 e 1,50 pontos-base, atingindo os 7,50% até 7,75% ao ano e as projeções já veem a taxa básica de juros de volta aos dois dígitos até o final de 2021.

Mais cautela no radar

A Câmara deve votar em plenário a PEC dos precatórios ainda hoje. Além da expectativa com a Selic, que já costuma injetar certa aversão ao risco nos mercados, a proposta mexe diretamente com a meta fiscal e o teto de gastos. 

Além disso, a temporada de balanços começa a ganhar tração no Brasil, com os resultados de Gerdau, Weg e Santander Brasil antes da abertura e Telefônica, Getnet, Metalúrgica Gerdau e Multiplan após o fechamento. 

No radar, fica a taxa de desemprego, medida pela Pnad Contínua, que deve permanecer em 13,5% de acordo com a mediana das projeções do Broadcast.

Exterior a toda velocidade

A temporada de balanços nos Estados Unidos está mantendo as bolsas empolgadas nesta semana. De acordo com levantamento feito pelo Yahoo Finance, cerca de 82% das empresas do S&P 500 reportaram lucros acima do esperado pelo mercado, o que é mais do que a média histórica de 66%. 

Pensando no setor de tecnologia, após o balanço da Alphabet (Google), Facebook, Twitter e Microsoft, o investidor pode ficar ainda mais feliz: os resultados vieram ainda mais acima do esperado.

Então, por que a cautela?

Os Estados Unidos ainda vivem um momento delicado na cadeia de suprimentos devido a pandemia de covid-19. Os analistas afirmam que problemas estruturais de distribuição de produtos ficaram ainda mais claros e pesam na retomada econômica.

Além disso, o momento de alta da inflação nos Estados Unidos também limita a retomada das atividades. Os debates envolvendo o Banco Central americano, o Federal Reserve, e a retirada de estímulos da economia, também mantém os investidores cautelosos, apesar dos bons resultados das empresas animarem por um tempo. 

Fique atento hoje

Os resultados do terceiro trimestre de Boeing, Coca-Cola e General Motors saem antes da abertura do mercado, enquanto a Ford divulga o balanço após o fechamento. Sem maiores indicadores pela frente, os investidores devem olhar os números de encomendas de bens duráveis em setembro. 

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira majoritariamente em queda, puxados pelas ações dos setores de carvão e tecnologia. A região sofre com temores de que Pequim tome medidas para estabilizar o preço do carvão, o que ofuscou a alta dos lucros do setor industrial chinês, dado divulgado na noite de ontem. 

No velho continente, as principais bolsas amanheceram com cautela nas alturas, de olho nos balanços corporativos de hoje e nos debates envolvendo o Orçamento do Reino Unido, que trará projeções para a economia da ilha. 

Por fim, 

Agenda do dia

  • FGV: Confiança na indústria (8h)
  • IBGE: Pnad Contínua (desemprego) do trimestre até agosto (9h)
  • Estados Unidos: Encomendas de bens duráveis em setembro (9h30)
  • Congresso Nacional: Início da sessão da Câmara na qual deve ser votada a PEC dos Precatórios (14h)
  • Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
  • Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida em setembro (14h30)
  • Copom: Comitê divulga decisão sobre a Selic (18h30)

Balanços

  • Brasil: Gerdau (antes da abertura)
  • Brasil: Weg (antes da abertura)
  • Brasil: Santander Brasil (antes da abertura)
  • Espanha: Santander (antes da abertura)
  • Holanda: Stellantis (antes da abertura)
  • Estados Unidos: Boeing (antes da abertura)
  • Estados Unidos: Coca-Cola (antes da abertura)
  • Estados Unidos: General Motors (antes da abertura)
  • Brasil: Dexco (após o fechamento)
  • Brasil: Telefônica Brasil (após o fechamento)
  • Estados Unidos: Ford (após o fechamento)
  • Brasil: Getnet (sem horário)
  • Brasil: Metalúrgica Gerdau (sem horário)
  • Brasil: Multiplan (sem horário)

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