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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
MERCADOS HOJE

Ibovespa volta a cair mais de 2% na véspera da decisão do Copom; inflação salgada e fiscal deteriorado comandaram o dia

O mercado financeiro aguarda ansioso pelas palavras do BC, que devem pesar a recente deterioração do cenário fiscal e a elevação dos preços. O Ibovespa teve novo dia de perdas

Jasmine Olga
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26 de outubro de 2021
19:03 - atualizado às 19:45
Taxa de Juros Claquete v2
Imagem: Andrei Morais

As projeções de bancos e economistas para a alta da Selic não param de subir. É possível ver essa tendência semanalmente no boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, em relatórios de diversas casas de análise e na curva dos juros futuros — que não param de ser revisados para patamares cada vez mais elevados.

Na semana passada, a confirmação de que o teto de gastos pode se tornar meramente decorativo para encaixar novos gastos do governo aumentou a percepção do risco fiscal do país. Esse obstáculo está longe de ser superado pelo mercado e deve ser a maior pedra no sapato do Banco Central brasileiro na próxima decisão de juros.

Se antes o mercado confiava que os indicadores e acontecimentos de curto prazo não mudariam a “trajetória de voo” do BC, agora a história é outra. As mudanças no teto de gastos e as pautas travadas no Congresso — como a PEC dos precatórios, a reforma do IR e a inclusão da renda básica na Constituição — se mostram riscos muito mais duradouros e intensificam as apostas na aceleração da Selic até a casa dos dois dígitos.

Os riscos fiscais não são os únicos nessa equação. A inflação também não dá trégua. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) divulgado nesta manhã mostrou que os preços seguem em ritmo acelerado.

O índice apresentou a maior alta para o mês de outubro em 26 anos ao avançar 1,20%, acima da mediana das projeções, que era de 1%. No ano, o acumulado é de 8,30% e, em 12 meses, a alta é de 10,34%, também acima das expectativas.

Logo após a divulgação do número, alguns contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) chegaram a entrar em leilão após atingirem a oscilação máxima do dia, repetindo um movimento já visto na semana passada, no auge da crise no ministério da Economia.

A curva de juros continuou se inclinando durante a tarde, indicando uma provável alta de, no mínimo, 1,25 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Copom, e não mais apenas 1 ponto, como era esperado anteriormente.

No fim da tarde, os principais contratos de DI também repercutiram a decisão de adiar para amanhã a votação da PEC dos precatórios, texto essencial para abrir o espaço desejado pelo governo no Orçamento. Confira o fechamento dos principais vencimentos:

  • Janeiro de 2022: de 8,5% para 8,74%
  • Janeiro de 2023: de 11,17% para 11,59%
  • Janeiro de 2025: de 11,67% para 11,92%
  • Janeiro de 2027: de 11,88% para 11,90%

O mau humor do mercado de juros se refletiu também na bolsa, que ignorou os novos recordes em Wall Street. O Ibovespa recuou mais 2,11%, aos 106.420 pontos. O dólar à vista fechou longe das máximas, mas ainda em alta de 0,37%, a R$ 5,5734.

Não teve nem como buscar algum conforto nos dados do mercado de trabalho. Logo cedo, o Caged mostrou a criação de 312 mil postos, um pouco abaixo da expectativa do mercado, que era de 367 mil. Os sussurros de uma possível privatização da Petrobras, que se espalharam ontem e ajudaram a bolsa, também não foram encarados como uma promessa crível pelos investidores.

Um fator que pode ajudar algumas empresas a escaparem do clima pesado da bolsa brasileira são os balanços do terceiro trimestre. A EDP (ENBR3) liderou as altas do Ibovespa hoje e avançou quase 3% depois da divulgação dos seus números. Mas, no geral, o dia foi de queda firme para quase todos os papéis. 

Ares melhores

Enquanto no Brasil os ativos domésticos mais uma vez patinavam, os Estados Unidos e a Europa tiveram um dia mais agradável. 

A temporada de balanços segue entregando bons resultados e animando os investidores, mas não foi só isso. Pela manhã, dados da confiança do consumidor da venda de casas novas superaram as expectativas do mercado, indicando mais otimismo com a recuperação econômica. Logo na abertura, o Dow Jones e o S&P 500 voltaram a renovar suas máximas e assim seguiram até o fim do dia. 

  • Nasdaq: 0,06% - 15.235 pontos
  • S&P 500: 0,18% - 4.574 pontos
  • Dow Jones: 0,04% - 35.756 pontos

Sobe e desce do Ibovespa

Algumas empresas também conseguiram se beneficiar dos seus números do terceiro trimestre por aqui. Embora a temporada de balanços ainda esteja só começando em solo nacional, a EDP ficou com o melhor desempenho do dia após a divulgação dos seus resultados. Confira as maiores altas do dia:

TICKERNOMEVALORVARIAÇÃO
ENBR3EDP EnergiasR$ 19,672,23%
BRKM5BraskemR$ 57,031,78%
GOAU4Gol PNR$ 13,041,09%
CPFE3CPFL EnergiaR$ 25,800,78%
GGBR4Gerdau PNR$ 28,050,32%

Confira também as maiores quedas:

TICKERNOMEVALORVARIAÇÃO
AZUL4Azul PNR$ 26,90-8,38%
GETT11Getnet UnitsR$ 5,21-7,79%
EZTC3Eztec ONR$ 18,63-7,64%
COGN3Cogna ONR$ 2,51-7,04%
CIEL3Cielo ONR$ 2,30-6,88%

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