Brasília deve pesar na bolsa brasileira, enquanto NY se ajusta na volta do feriado, à espera do PMI dos EUA
O dia deve ser mais esvaziado, sem maiores indicadores pela frente. Mesmo assim, cautela deve prevalecer e pressionar os índices
Para um pintor, um quadro em branco é uma janela aberta de possibilidades. O que pode sair impresso naquele tecido? Uma paisagem? Uma pessoa? Tudo pode acontecer.
Já no mundo dos investimentos, nenhuma notícia não é sinônimo de boas notícias. Depois da divulgação do índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, as bolsas internacionais devem seguir à deriva, apegando-se a dados locais para passar o dia.
E se depender do Brasil, a pintura deve sair com as tintas mais fortes possíveis. A pressão em cima do governo federal com os novos escândalos envolvendo um possível caso de corrupção de “rachadinhas” com funcionários e superfaturamento na compra de vacinas pioraram ainda mais a situação do Palácio do Planalto.
O avanço da CPI da Covid também acelera o processo de degradação do governo. A Comissão deve ouvir hoje Regina Célia, servidora do Ministério da Saúde responsável por autorizar o contrato da Covaxin.
Mesmo com o anúncio de prorrogação do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro segue com a popularidade em baixa. O avizinhamento das crises hídrica e energética também deve colocar o Palácio do Planalto em maus lençóis.
A pintura de Brasília se destacou no panorama internacional ontem e fez o Ibovespa recuar, sem Nova York para dar a direção dos negócios.
Exterior
De volta do feriado, os índices de Wall Street devem se ajustar ao cenário local, com o avanço dos temores envolvendo a variante delta do coronavírus no radar. O viés de baixa deve somar com o aumento da cautela antes da ata da última reunião do Federal Reserve.
Esse documento deve trazer novas perspectivas do BC americano para a economia dos EUA. Os dados de emprego e inflação que foram divulgados nos últimos dias deram um duplo sinal para os investidores.
Os dados inflacionários seguem pressionando os dirigentes do Fed por um aumento da taxa de juros e retirada de estímulos antes de 2023, de acordo com o plano da instituição. Entretanto, com a taxa de desemprego ainda alta, o BC americano deve manter os incentivos monetários até uma normalização do emprego.
Commodities
É o fim do “superciclo” das commodities? O mundo segue para um momento de retomada econômica, e a demanda por petróleo, minério de ferro e outros deve subir nos próximos meses.
A Opep+ abandonou maiores debates sobre o aumento da produção nesse momento, o que ligou um sinal vermelho para o mundo de que o petróleo pode subir ainda mais. Além disso, a China segue ameaçando controlar os preços do cobre e do minério de ferro, negociados nas bolsas do Gigante Asiático.
Apesar da notícia ter saído na noite de ontem (05), a Petrobras deve ficar no radar por outros motivos. A estatal brasileira elevou o preço do diesel e da gasolina mais uma vez, sob a gestão do general Joaquim Silva e Luna.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam o pregão desta terça-feira (06) majoritariamente em baixa. A Opep+ acabou desanimando os investidores depois que o grupo deixou de lado negociações sobre a oferta futura de petróleo. É esperado que, durante a retomada econômica, a demanda pela commodity deva subir e que a produção acompanhe a necessidade dos países.
Já as bolsas europeias seguem em baixa, após dados locais desanimarem os investidores. Por fim, os futuros de Nova York operam com viés de baixa, próximos à estabilidade, à espera do índice do gerente de compras (PMI, em inglês) do país.
Agenda do dia
- CNI: Indicadores industriais (10h)
- Estados Unidos: PMI composto e de serviços de junho (10h45)
- França: OCDE divulga relatório sobre perspectivas de desenvolvimento global (11h)
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