Esquenta dos mercados: Bolsas operam com cautela no último pregão da semana; Ibovespa permanece atento às falas de Guedes e risco fiscal
Sem maiores indicadores pela frente, os investidores devem digerir o tom mais duro dos Bancos Centrais contra a inflação
A semana dos Bancos Centrais chegou ao fim e os investidores devem ajustar suas carteiras e expectativas para o ano que vem. A torneira dos estímulos à economia está se fechando e os juros já começam a acelerar para conter a inflação crescente no mundo.
Em outras palavras, o fim desse dinheiro em circulação deve afetar majoritariamente os ativos de risco, como ações e criptomoedas. Além disso, a elevação dos juros deve fazer os investidores migrarem para ativos mais seguros, como, por exemplo, os títulos do Tesouro americano, os Treasuries.
No cenário doméstico, a corrida eleitoral já se faz presente. A última pesquisa eleitoral já reflete nas decisões para o Orçamento do ano que vem, e a notícia para as contas públicas não é das melhores: o espaço aberto pela PEC dos precatórios pode não ser suficiente para o chamado “pacote de benesses” do governo.
O Ibovespa conseguiu fechar em alta de 0,83%, aos 108.326 pontos no pregão da última quinta-feira (16). O dólar à vista, por sua vez, encerrou o dia em queda de 0,50%, a R$ 5,6792.
Confira o que deve movimentar a bolsa hoje:
Depois dos precatórios…
A PEC dos precatórios foi aprovada esta semana na Câmara dos Deputados e abriu o tão desejado espaço para o programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. O texto foi fatiado na Casa e, no total, deve disponibilizar cerca de R$ 106 bilhões no Orçamento de 2022.
Leia Também
Entretanto, cálculos de congressistas da oposição afirmam que R$ 62,2 bilhões são suficientes para manutenção do programa social e o restante seria usado para inflar as chamadas emendas do relator (ou RP9), mecanismo essencial para o orçamento secreto.
… A bonança
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal O Estado de São Paulo, o governo pretende conceder um pacote de benesses até o final do ano, que inclui reajuste aos policiais federais, novas despesas com renúncias tributárias, vale-gás e correção da tabela do imposto de renda.
O governo enfrenta uma crise de popularidade, com a corrida eleitoral de 2022 já tomando conta do noticiário local. De acordo com as últimas pesquisas, a rejeição ao presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou a 53% do eleitorado.
Pesquisa Datafolha
Segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 48% das intenções de voto e, dentro da margem de erro, levaria a disputa no primeiro turno.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) soma 22% das intenções de voto para sua reeleição.O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) aparece com 9%, enquanto Ciro Gomes (PDT) tem 7% e o governador de São Paulo João Doria (PSDB) conta com 4%.
Reação dos Bancos Centrais
Os últimos dois dias foram marcados pela postura mais agressiva (hawkish, no jargão do mercado) dos Bancos Centrais pelo mundo contra a inflação.
É verdade que cada país terá um caso específico. Os emergentes, por exemplo, iniciaram o ciclo de alta nos juros antes dos países mais desenvolvidos.
Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, lidera uma ofensiva de retirada de estímulos monetários acelerado e já avisou que, caso a estratégia não funcione, a elevação da taxa de juros é o próximo passo.
Já o Banco Central Europeu (BCE) diz não ver espaço para uma alta de juros no próximo ano e o Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) foi para o tudo ou nada e elevou a taxa básica de 0,1% para 0,25%.
Quem fechou a fila de posicionamento dos BCs pelo mundo foi o Banco Central do Japão (BoJ, me inglês), que anunciou a retirada de estímulos da economia e manteve a taxa de juros.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam majoritariamente em queda na manhã desta sexta-feira, puxados principalmente pelas ações de tecnologia após o tom mais duro dos BCs contra a inflação.
Na Europa, as bolsas recuam pela manhã após dados locais.
Sem maiores indicadores para o dia, os futuros de Nova York operam sem direção definida pela manhã.
Agenda do dia
- Zona do Euro: CPI de novembro (7h)
- FGV: 2ª prévia do IGP-M de dezembro (8h)
- ANP: Leilão dos campos do pré-sal de Atapu e Sépia (10h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, preside Comitê de Estabilidade Financeira (13h)
- Ministério da Economia: Ministro Paulo guedes concede coletiva de balanço do ano à imprensa em Brasília (14h30)
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
