Esquenta dos mercados: ata do Fed, balanços e inflação nos EUA devem movimentar o dia enquanto bolsas buscam recuperação hoje
A recuperação econômica, o medo da alta nos preços e a capacidade de produção de energia limitada nesse cenário seguem como plano de fundo
Os feriados nos Estados Unidos e no Brasil limitaram o volume de negócios nos últimos dias, mas as bolsas voltam a todo vapor nesta quarta-feira (13). Durante a pausa nacional, as bolsas de Nova York registraram perdas mas devem buscar uma recuperação no pregão de hoje. Já o Ibovespa deve tentar acompanhar os índices internacionais, sem maiores indicadores para o dia.
O destaque do dia vai para a inflação dos Estados Unidos, medido pelo CPI, que deve avançar 0,3% em setembro ante agosto. Na comparação anual, a mediana da inflação dos últimos 12 meses deve ser de 5,3%, de acordo com projeções do Broadcast.
Somado a esse dado, a ata da última reunião do Federal Reserve deve movimentar os mercados hoje. A expectativa é por uma confirmação do plano de tapering, a retirada dos estímulos da economia, com os investidores de olho na intensidade desse processo de retirada ainda em novembro.
Para fechar o panorama internacional, BlackRock e JP Morgan iniciam a temporada de balanços do terceiro trimestre no exterior.
Na volta do feriado
A bolsa brasileira permaneceu fechada durante a terça-feira (12) em virtude do feriado local. Com isso, o EWZ, principal fundo negociado em Nova York que investe em ações brasileiras, chegou a subir durante o dia, mas acompanhou o mercado internacional e fechou em queda de 0,25%. Vale lembrar que, no pregão de segunda-feira (11), o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,58%, a 112.180 pontos.
A semana mais curta não deixa ser pesada para a bolsa brasileira. Durante o feriado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a expectativa de crescimento do Brasil de 5,3% para 5,2%.
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Enquanto isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional do FMI. Entre outros aspectos, Guedes deve ressaltar que a inflação brasileira é passageira, reforçar o compromisso do país com a meta fiscal, mas colocar “panos quentes” na crise política.
Os últimos números do IPCA apontam para uma inflação acima do teto da meta do Banco Central este ano, puxada especialmente pela alta nos combustíveis e aumento da energia elétrica.
Problemas globais
A retomada da economia após a pior fase da pandemia de covid-19 trouxe dois principais problemas para o mundo, entre eles a inflação e a demanda por energia. Matheus Spiess, economista e editor da Empiricus e colunista do Seu Dinheiro, escreveu sobre o momento da retomada e porque a energia tem sido um ponto chave para este momento.
A China, por exemplo, já convive com apagões em algumas regiões, enquanto no Brasil, a crise hídrica preconiza o mesmo. Na busca por fontes renováveis e em linha com práticas ESG (sigla em inglês para boas práticas ecológicas, sociais e de governança), as fontes tradicionais de energia seguem em alta.
O petróleo do tipo Brent, por exemplo, atingiu a marca de US$ 84 por barril na última segunda-feira (11) e oscila acima dos US$ 80. Apesar de beneficiar empresas do setor, países como o Brasil, onde a alta dos combustíveis estressa ainda mais a inflação, limita a retomada das atividades.
Inflação
O dragão não assombra apenas as terras brasileiras e o aumento de preços global é motivo de preocupação dos investidores. A retomada da economia trouxe uma elevação maior da inflação nos últimos meses acima do esperado, o que coloca os Bancos Centrais no centro do debate.
Com a volta das atividades, os pacotes de estímulos passaram a pressionar a curva de juros e forçar a alta nos preços, e o debate envolvendo a retirada desse dinheiro da economia deve ganhar novos capítulos. O Banco Central americano divulga hoje a ata da última reunião e deve iniciar o tapering ainda em novembro deste ano.
Os últimos números do payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos que o Federal Reserve usa para decidir a política de estímulos, veio muito abaixo do esperado. Ainda hoje devem ser divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI, em inglês).
O BC americano prefere utilizar o PCE para balizar sua política monetária, entretanto os números da inflação do CPI devem movimentar os mercados hoje.
Além disso, a temporada de balanços nos Estados Unidos deve refletir por aqui, com os resultados de BlackRock e JP Morgan antes da abertura dos mercados.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira sem direção única, após dados de exportação da China virem acima do esperado em setembro.
De maneira semelhante, as bolsas da Europa também operam mistas, de olho na recuperação chinesa e dados de inflação dos Estados Unidos.
Por fim, os futuros de Nova York operam próximos da estabilidade, à espera da divulgação do CPI e da temporada de balanços dos Estados Unidos.
Agenda do dia
- FGV: IPC-S Capitais de outubro (8h)
- Estados Unidos: FMI divulga monitor fiscal (8h)
- Estados Unidos: Inflação ao consumidor (CPI, em inglês) e Núcleo do CPI (9h30)
- Banco Central: Fabio Kanczuk, diretor de política Econômica do Banco Central, participa do evento do HSBC Global Emerging Markets Forum (9h)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, participa de painel sobre o COP 26 (14h)
- Estados Unidos: Federal Reserve divulga a ata da última reunião de política monetária (15h)
- China: CPI e PPI em setembro (22h30)
- Opep: Divulgação do relatório mensal do mercado de petróleo (sem horário)
Balanços
- Estados Unidos: BlackRock (antes da abertura)
- Estados Unidos: JP Morgan (antes da abertura)
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