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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO

Bolsa avança 6% no semestre, mas focos de incêndio se espalham por Brasília e prometem tensão; dólar avança a R$ 4,97

Com a atenção voltada para Brasília, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,41%. Já o dólar à vista fechou longe das maximas, mas ainda assim avançou a R$ 4,97

Jasmine Olga
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30 de junho de 2021
18:32 - atualizado às 21:52
Congresso Ibovespa
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O capítulo de despedida do mês, trimestre e semestre foi digno de uma season finale, reservando muitos incêndios para serem apagados no semestre que se inicia amanhã. 

Além dos riscos apresentados nos últimos capítulos - crise hídrica, avanço da variante delta e reforma tributária indigesta -, a crise política em Brasília saiu de coadjuvante para assumir um papel de protagonismo no mercado brasileiro, que andava desencanado das tensões na capital federal desde que o Orçamento de 2021 foi aprovado. 

As denúncias de corrupção envolvendo membros importantes do governo federal trazem incertezas, se somando ao já difícil cenário de recuperação econômica. Sem um exterior forte e com o setor bancário ainda repercutindo de forma negativa a proposta de reforma tributária, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,41%, aos 126.891 pontos.

Em um mês marcado pela superação do patamar dos 130 mil pontos, o principal índice da bolsa brasileira acumulou uma alta de 0,46%. No ano, o avanço é de 6,54%, com um otimismo renovado com a reabertura econômica e o avanço da vacinação no país.

Na parte da manhã, a estrela foi o dólar à vista. Pressionado pela disputa em torno da última taxa Ptax do mês, a moeda americana voltou a superar a casa dos R$ 5, mas se acomodou ao longo da tarde e fechou o dia com uma alta de 0,63%, aos R$ 4,9732. No mês, a queda foi de 4,82%, pouco abaixo do recuo de 4,15% acumulado no ano. 

O risco embutido no dólar também deu as caras no mercado de juros, que operou em alta ao longo de todo o dia. Confira:

  • Janeiro/22: de 5,60% para 5,69%
  • Janeiro/23: de 6,96% para 7,07%
  • Janeiro/25: de 7,95% para 8,06%
  • Janeiro/27: de 8,40% para 8,49%

Pano de fundo incerto

A variante delta, cepa mais letal e transmissível do coronavírus, gera dor de cabeça nos agentes financeiros globais. Em um momento em que a maior parte dos países volta a abrir suas fronteiras, o aumento no número de casos coloca as medidas atuais de segurança em xeque. 

Na Europa, os mercados fecharam no vermelho, cautelosos sobre o futuro da retomada econômica e com o fôlego limitado pelas expectativas em torno da divulgação dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos na próxima sexta-feira (30). 

Em Wall Street, as bolsas ficaram mistas, com os investidores repercutindo uma espécie de “prévia” dos números.  

Os dados da geração de empregos privados (ADP, em inglês) vieram acima do esperado. Em junho, foram criados 692 mil postos de trabalho, acima da expectativa de 550 mil. Contudo, o Departamento de Trabalho dos EUA revisou a geração de empregos em maio, de 978 mil para 886 mil. 

O Nasdaq recuou 0,17%, o S&P 500 renovou mais uma vez o seu topo histórico ao encerrar o dia com uma alta de 0,21% e o Dow Jones avançou 0,61%. 

Focos de incêndio

A cautela externa já seria suficiente para segurar os negócios, mas Brasília não tem ajudado. Primeiro, o texto da reforma tributária, apresentado na última sexta-feira, segue “entalado” na garganta dos investidores e dos agentes financeiros. 

O setor financeiro é um dos que mais tem repercutido a proposta de forma negativa, pressionando para baixo o desempenho do Ibovespa. O que mais incomoda os investidores é a proposta de tributar dividendos em até 20% e a extinção de distribuição de juros sobre capital próprio (JCP). 

No Congresso, a CPI da covid-19 ganha novos contornos, preocupando o governo e o mercado, que teme pelo fim antecipado da agenda reformista com a desestabilização do Executivo. Ontem, uma denúncia feita pelo jornal Folha de S. Paulo ampliou o clima de tensão.

Pela manhã, o IBGE divulgou a PNAD Contínua, que mostrou uma taxa de desemprego em linha com o esperado pelo mercado, na marca de 14,7%. O cenário interno também fica pressionado pela denúncia feita ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o veículo, o responsável pela negociação dos contratos de vacina cobrou cerca de US$ 1 por dose como propina. A CPI da Covid deve ouvir os envolvidos no caso na semana que vem.

Ainda que o governo consiga contornar o caso, a situação piora o clima no Congresso Nacional, dificultando não só o andamento de reformas como também a formação de uma base aliada forte o suficiente para levar adiante as propostas caras ao mercado.

Falta água, mas não falta crise. O setor elétrico e as projeções de inflação são pressionadas pela escassez de recursos hídricos que afeta o país. A Aneel já sinalizou um aumento de mais de 50% na tarifa da bandeira vermelha 2 e pode vir mais ajuste por aí. A medida tem um impacto direto no IPCA, índice oficial de inflação. As projeções para o índice já superam a casa dos 6% para 2021. O aumento proposto deve financiar a compra de energia de termelétricas. 

Estrela do mês

A reforma tributária promete render pano pra manga até que um acordo final seja fechado, mas esse não foi o único tema que marcou junho. A inflação global é preocupação constante na cabeça dos investidores e esse tema parece longe de ficar no passado. 

No Brasil, o Banco Central adotou uma postura mais dura na última reunião do Copom, elevando mais uma vez a taxa Selic em 0,75 ponto percentual e sinalizando o compromisso de ancorar as metas de inflação para o próximo ano. Agora resta saber o quanto a pressão de uma conta de luz mais salgada vai acabar mexendo com os planos do BC. 

No exterior, os dirigentes do Fed são acompanhados de perto. O Federal Reserve manteve a sua taxa de juros na mínima histórica, mas os temores de que os estímulos abundantes permaneçam por um longo período de tempo parecem ganhar força. O conselho da instituição está dividido. Enquanto o discurso unificado é de que a inflação é passageira, diversos membros do Fomc já defendem o início da discussão para a retirada das ferramentas utilizadas para conter a crise. 

O acordo bipartidário para o pacote de infraestrutura do governo Biden foi bem recebido nas últimas semanas, mas pode ser mais um fator de pressão sobre os preços no país. 

Sobe e desce

O Banco Inter segue colhendo os frutos da sua oferta de ações bem-sucedida e continuou na ponta do índice. Na sequência, temos as ações de PetroRio e Petrobras, que acompanharam o movimento do petróleo no mercado internacional. No caso da Embraer, a companhia repercutiu a entrega do primeiro jato em parceria com a Porsche. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 77,795,36%
PRIO3PetroRio ONR$ 19,492,69%
IGTA3Iguatemi ONR$ 40,452,66%
PETR3Petrobras ONR$ 30,292,06%
MULT3Multiplan ONR$ 23,501,86%

Na ponta contrária, as empresas do setor de e-commerce ficaram com os piores desempenhos do dia, pesando a possibilidade de agravamento da pandemia. Confira:

CÓDIGONOMEVALORVAR
BTOW3B2W ONR$ 66,26-3,80%
COGN3Cogna ONR$ 4,33-3,56%
WEGE3Weg ONR$ 33,69-2,91%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 21,58-2,88%
BBSE3BB Seguridade ONR$ 23,10-2,70%

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