Dólar recua mais de 1% e bolsa tem alta firme; decisão do Fed e balanços corporativos embalam o mercado
Enquanto o Ibovespa engata uma alta moderada, as bolsas em Nova York operam em compasso de espera pela decisão do Fed
 
					A troca de cargos de confiança no Ministério da Economia azedou os mercados ontem, mas nesta quarta-feira (28) os investidores apostam em um dia mais positivo, mesmo que a cautela predomine no exterior.
O grande evento do dia é a decisão de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central americano. Como era esperado, o Federal Reserve manteve sua taxa básica de juros na faixa entre 0% e 0,25% ao ano e voltou a reforçar um discurso que já é um "velho amigo" do mercado: a entidade está comprometida em utilizar todas as ferramentas necessárias para que a economia americana se recupere da crise da covid-19 que ainda assola o país.
Com relação à inflação, o Fed voltou a afirmar que aceitará uma elevação dos preços acima da meta "por algum tempo", já que o movimento deve ser transitório. A maior expectativa estava por conta do discurso de Jerome Powell, mas o presidente da instituição não trouxe novidades, repetindo o mesmo roteiro que vem sendo reproduzido nos últimos meses.
De olho na possibilidade de novos estímulos e uma dose extra de dólares na economia, a moeda americana apresenta um recuo expressivo nesta tarde. Por volta das 16h15, o dólar à vista recuava 1,75%, a R$ 5,3656 - mínima do dia.
Na B3, o que contribui para o clima positivo é a temporada de balanços. Empresas como Vale, Santander e Weg registraram resultados que animam o mercado e puxam o Ibovespa para cima. Além disso, o Caged mostrou uma recuperação do mercado de trabalho brasileiro acima das expectativas. Em março, o país criou 184 mil vagas formais, no terceiro mês consecutivo de alta.
Com as bolsas americanas apresentando uma leve melhora após a decisão do BC americano, o principal índice da bolsa brasileira também deu uma acelerada nos ganhos, operando em alta de 1,46%, a 121.126 pontos.
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Nesta manhã, a negociação de algumas ações ficaram paralisadas após uma falha técnica nos sistemas da B3. Entre as ações afetadas estão Movida, Marfrig, Porto Seguro, Aeris, CVC e CSN Mineração.
No mercado de juros brasileiro, as taxas curtas e longas aliviaram a alta e ficam próximos da estabilidade. Confira:
- Janeiro/2022: estável em 4,63%
- Janeiro/2023: de 6,23% para 6,21%
- Janeiro/2025: de 7,76% para 7,75%
- Janeiro/2027: de 8,39% para 8,41%
Vai mudar!
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a troca de cargos de confiança na pasta. Segundo apurado pelo Estadão/Broadcast, a saída de Waldery ocorreu depois de uma série de embates em torno da sanção do Orçamento de 2021.
O governo teve que ceder em diversos pontos para conseguir aprovar o projeto e, segundo o Estadão, Guedes foi pressionado pela ala ideológica do presidente da República, Jair Bolsonaro, para a troca dos cargos. Na leitura do mercado, o “super ministro” e sua equipe econômica saíram ainda mais enfraquecidos do episódio.
Enquanto a nuvem carregada ronda o ministério, Guedes também afirmou que "o chinês" criou a covid-19 e ainda produziu vacinas de eficácia mais baixa do que aquelas desenvolvidas por farmacêuticas dos Estados Unidos, um comentário que não pega nada bem, principalmente em um momento de dificuldade para a importação de vacinas e insumos para a produção de imunizantes por aqui.
O show de Powell
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) manteve a sua taxa básica de juros entre 0,00% e 0,25% na decisão de política monetária de hoje. Mas é na entrevista coletiva de Powell que estão todos de olho.
Com sinais de uma recuperação econômica, os investidores querem saber o que a autoridade monetária vê para o futuro da inflação. A leitura de que o cenário pode levar a uma alta dos juros antes de 2023 tem feito os títulos de 10 anos dispararem nos EUA.
De olho na decisão do Fed, os principais índices asiáticos fecharam o pregão majoritariamente em alta. Já as bolsas na Europa operam com leve alta, no embalo da temporada de balanços. Em Wall Street, as bolsas desaceleraram a queda após a divulgação da decisão.
O show de Biden
O presidente americano, Joe Biden, anunciou na manhã desta quarta-feira (28) uma proposta de ajuda para famílias no valor de US$ 1,8 trilhão. A notícia já era esperada após o governo do democrata anunciar a pretensão de aumentar a carga tributária sobre empresas e as famílias mais ricas para aumentar o nível de consumo das famílias mais carentes.
O pacote, no entanto, não deve ter vida fácil. Os dados da inflação americana, que devem ser divulgados ainda esta semana, e a decisão da política monetária podem pressionar a tramitação do projeto.
Sobe e desce
Pegando carona no bom resultado trimestral exibido pelo Santander, o setor financeiro sobe em bloco. Os bancões brasileiros devem divulgar os seus números na próxima semana. Confira as principais altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO | 
| SANB11 | Santander Brasil units | R$ 40,16 | 6,89% | 
| BBDC3 | Bradesco ON | R$ 21,32 | 4,00% | 
| CMIG4 | Cemig PN | R$ 13,83 | 3,75% | 
| BBDC4 | Bradesco PN | R$ 24,21 | 3,73% | 
| ITUB4 | Itaú Unibanco PN | R$ 27,91 | 3,21% | 
Com o recuo do dólar, as exportadoras acompanham o movimento. Confira as maiores quedas da sessão:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO | 
| JBSS3 | JBS ON | R$ 32,48 | -3,59% | 
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 19,30 | -3,45% | 
| CIEL3 | Cielo ON | R$ 3,53 | -3,29% | 
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 68,80 | -2,92% | 
| CYRE3 | Cyrela ON | R$ 23,76 | -2,38% | 
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