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Jasmine Olga
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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
MERCADOS HOJE

Ibovespa não sustenta recuperação e cede mais de 2% com o peso de NY; dólar vai a R$ 5,51

De olho em Brasília, os investidores repercutem a ampliação da agenda de privatizações e a PEC Emergencial, que parece ter empacado no Senado

Jasmine Olga
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25 de fevereiro de 2021
10:40 - atualizado às 16:54
Touro e Urso, símbolos da bolsa, brigam no mercado financeiro em queda
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa começou o dia buscando uma terceira sessão de recuperação, mas o cenário externo e as dúvidas com relação ao quadro fiscal não permitiram ao índice se sustentar muito tempo no campo positivo nesta quinta-feira (25).

Acompanhando uma piora do clima também no exterior, com dados mistos da economia americana, a queda vem se acelerando desde o começo da tarde. Por volta das 16h55, o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 2,07%, aos 113.270 pontos. 

O dólar opera em forte alta perante as moedas de países emergentes em escala global. Por aqui, pesa também a preocupação com o cenário fiscal, o que leva a divisa a avançar 1,57%, a R$ 5,5060. O Banco Central chegou a atuar no mercado futuro na parte da tarde, mas o movimento trouxe pouco alívio ao cenário. 

O mercado de juros futuros segue pressionado pela alta dos títulos de longo prazo do Tesouro americano e também por novos sinais de que a inflação brasileira segue uma trajetória de alta. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, desacelerou em fevereiro, mas ainda assim veio acima do esperado pelos analistas. O índice já acumula uma alta de 5,17% em 2021. 

Para os investidores, é cada vez mais certo que o aumento da taxa Selic, hoje em 2% ao ano, deve acontecer já na próxima reunião, em março. Confira os valores das principais taxas negociadas hoje:

  • Janeiro/2022: de 3,51% para 3,56%
  • Janeiro/2023: de 5,28% para 5,39%
  • Janeiro/2025: de 6,97% para 7,12%
  • Janeiro/2027: de 7,67% para 7,79%

Mostrando compromisso

O governo segue tentando sinalizar um comprometimento com a pauta liberal após a interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras. Depois de entregar o texto da medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras, ontem foi a vez do presidente Jair Bolsonaro entregar um projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. 

Mas essa sinalização pode não ser o suficiente diante da indefinição que pesa sobre a PEC Emergencial que, inicialmente, seria votada hoje. Durante a tarde, o que era rumor virou realidade.

Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a PEC só deve ser votada na próxima quarta-feira (3). A retirada do piso para gastos com saúde e educação tem sido motivo de embate no Senado, o que fez com que o relator do parecer, o senador Marcio Bittar, apresentasse uma nova versão, que ainda não agrada e que corre o risco de ser desidratado durante as negociações.

O texto é o caminho mais rápido para destravar as novas rodadas do auxílio emergencial e a falta de definição sobre ele e o risco de fatiamento da proposta aumenta a pressão sobre a questão fiscal brasileira. Cresce a chance de que apenas as cláusulas de calamidade, sem contrapartidas no curto prazo para financiar as medidas, sejam aprovadas.

Em entrevista coletiva nesta tarde, Pacheco confirmou que o ponto mais polêmico do texto e que deve ser rejeitado é a retirada do piso para gastos com saúde e educação, mas que existem outros aspectos remanecentes que podem ser aprovados sem polêmicas. O senador espera que a Casa aprove a pauta em dois turnos já na quarta-feira.

O peso de Wall Street 

A influência negativa do mercado internacional também limita a recuperação da bolsa brasileira. Em Nova York, os índices operam em queda, repercutindo a divulgação de dados mistos da economia americana e o recente aumento dos rendimentos dos títulos americano, o que também impulsiona o dólar por aqui. O Nasdaq é o índice americano  que apresenta o pior desempenho no momento, com recuo superior a 3%. 

O Índice de Volatilidade VIX, que normalmente mede a expectativa do mercado e é conhecido como um medidor do "medo" dos investidores dispara mais de 30%.

Embora exista um otimismo com a queda nos números de casos da covid-19 ao redor do mundo, os sinais preocupam e alimentam o medo de que os Bancos Centrais voltem a apertar as suas políticas monetárias. O tradicional número de pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram mais do que o esperado, mas o índice de preços de gastos com consumo (PCE) apresentou uma alta acima da expectativa, o que alimenta novamente a preocupação com a escalada da inflação no país com novos estímulos no horizonte. 

As bolsas asiáticas fecharam em alta durante a madrugada, ainda repercutindo o compromisso do Federal Reserve em não ter pressa de retirar os estímulos da maior economia do mundo, o que também impulsiona as bolsas europeias nesta manhã. Além disso, no Velho Continente, os investidores também repercutem uma melhora do sentimento econômico na zona do euro. 

E a Petro?

A Petrobras, que chegou a trazer certo alívio ao Ibovespa no começo da sessão, segue sendo o centro das atenções, mas agora como destaque negativo. Os investidores começaram o dia de forma bem positiva, repercutindo o balanço do quarto trimestre, após a empresa registrar um lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020. No entanto, os ruídos políticos envolvendo a estatal voltaram a pesar nos negócios. 

O presidente Jair Bolsonaro, que tem se esforçado para mostrar que não abandonou a agenda liberal, voltou a falar da estatal, cobrando previsibilidade na política de preços e defendendo o nome do indicado do governo para o comando da companhia, o general Joaquim Silva e Luna. Com isso, as ações da companhia passaram para o campo negativo e agora recuam  quase 2%

Sobe e desce

As Lojas Americanas lideram as altas do dia, após o anúncio de uma joint venture com a BR Distribuidora para lojas de conveniência, aumentando a capilaridade da companhia. 

Na sequência, temos a B2W, empresa que estuda uma fusão de negócios com as Lojas Americanas. A Eletrobras ainda colhe os frutos do encaminhamento da MP da privatização e segue entre os destaques. Confira as principais altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
LAME4Lojas Americanas PNR$ 27,433,12%
BTOW3B2W ONR$ 88,722,80%
COGN3Cogna ONR$ 4,002,56%
BRFS3BRF ONR$ 24,342,23%
ELET6Eletrobras PNBR$ 34,762,24%

Na ponta negativa da tabela, temos a Ultrapar, que divulgou os seus resultados trimestrais. Embora o lucro tenha vindo acima do esperado pelo mercado, outras linhas do balanço preocupam os analistas, como o Ebitda e o desempenho do Ipiranga. 

Segundo a analista Stefany Oliveira, da Toro Investimentos Ultrapar e Weg, carregam as maiores contribuições para a queda do índice nesta tarde, refletindo um movimento de realização de lucros pós-resultados trimestrais. Confira as principais quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
UGPA3Ultrapar ON      R$ 19,98-6,11%
WEGE3Weg ON      R$ 83,16-4,08%
PCAR3GPA ON      R$ 86,78-3,93%
SULA11SulAmérica units      R$ 35,27-2,97%
AZUL4Azul PN      R$ 43,79-2,58%

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