🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Fechamento do dia

Tensão “pré-Super Quarta” leva volatilidade ao mercado e Ibovespa fecha o dia em queda; dólar recua a R$ 5,61

Em mais um dia de pressão dos juros futuros americanos, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,72%, aos 114.018 pontos. O dólar à vista também recuou a R$ 5,61

Jasmine Olga
Jasmine Olga
16 de março de 2021
18:17 - atualizado às 19:40
Ibovespa queda bolsa fundos imobiliários
Imagem: Shutterstock

A “Super Quarta”, com as decisões de política monetária do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve, o BC americano, só acontece amanhã, mas a véspera já foi marcada pela movimentação intensa do mercado de juros - principalmente lá nos Estados Unidos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como tem sido frequente nas últimas semanas, as bolsas americanas tiveram um dia negativo, pressionadas pela alta dos retornos dos títulos públicos, principalmente os papéis com vencimentos mais longos - como o T-note de 10 anos e o T-bond de 30 anos. Essa alta é pressionada pela leitura de que o Fed deve subir a taxa básica de juros antes do esperado, ainda que a projeção para amanhã seja de manutenção do nível atual. 

Mas, ao longo do dia, o que se viu foi uma intensa volatilidade desses títulos, que passaram a maior parte da sessão oscilando próximos da estabilidade. Nem mesmo um leilão feito pelo Tesouro americano reverteu o quadro. Essa movimentação acabou refletindo no saldo final das bolsas americanas: o índice Nasdaq avançou 0,09%, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 recuaram 0,39% e 0,16%, respectivamente. 

Com Nova York no vermelho e a tradicional cautela que antecede as decisões de política monetária, a falta de novidades fez com que o Ibovespa fechasse em queda, após uma manhã bem instável nos negócios. O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão em queda de 0,72%, aos 114.018 pontos. 

No câmbio a história foi diferente. Desde o começo do dia a moeda americana operou em queda, chegando a encostar nos R$ 5,55. O dólar à vista ganhou força no fim da tarde, mas ainda assim fechou o dia com um recuo de 0,36%, a R$ 5,6191. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mercado de juros brasileiro, tivemos mais um dia de alívio, apoiado pelo câmbio e também pela movimento dos Treasuries, principalmente na ponta mais longa. Confira as taxas de fechamento de hoje: 

Leia Também

  • Janeiro/2022: de 4,29% para 4,27%
  • Janeiro/2023: de 6,04% para 6,02%
  • Janeiro/2025: de 7,40% para 7,37%
  • Janeiro/2027: de 7,94% para 7,89%

Só se pensa naquilo

A pressão inflacionária herdada dos abundantes estímulos monetários tem tirado o sono de muitos investidores nos últimos meses. 

Enquanto nos Estados Unidos o fantasma da inflação ainda aparece de forma tímida, muito mais nas projeções dos economistas do que de fato nos resultados da atividade econômica do país, no Brasil essa já é uma realidade. 

Nos últimos meses, o Banco Central já vinha sinalizando que estava atento aos efeitos da alta dos preços e agora o mercado já espera que o Copom anuncie um aumento de 50 pontos-base ou até mesmo 75 pontos-base na taxa Selic, que hoje se encontra na mínima histórica de 2% ao ano. Se confirmada, essa será a primeira vez em seis anos que o BC aumentará a taxa básica de juros. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos Estados Unidos, a expectativa do mercado está mais voltada para a coletiva que deve vir após o anúncio do Federal Reserve do que para a decisão em si. O Fed deve manter a sua política monetária inalterada, mas os investidores buscam sinais de que a instituição pode elevar a taxa de juros antes do esperado. 

Por lá, o receio é de um “superaquecimento” da economia, mas os sinais mistos emitidos pela atividade da maior economia do mundo ainda deixam o cenário nebuloso. Nas últimas semanas, diversos dirigentes do Federal Reserve, incluindo Powell, tentaram acalmar o mercado ao dizer que a inflação está sendo monitorada e que os juros devem se manter baixos por um longo tempo, até que o país atinja o pleno emprego, mas sem convencer de fato. 

O temor de uma pressão inflacionária voltou a crescer com a aprovação do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão. Com isso, os juros futuros dispararam, aumentando também o retorno dos títulos públicos dos EUA - considerados os ativos mais seguros do mundo e que acabam forçando uma migração de recursos das bolsas de valores para os Treasuries. Esse movimento prejudica principalmente investimentos mais incertos, como as empresas de tecnologia e os mercados emergentes. 

Hoje mais cedo os dados do varejo americano decepcionaram os analistas, mas o sentimento foi parcialmente compensado justamente pela perspectiva de que em breve os americanos comecem a receber os cheques de US$ 1,4 mil do pacote de socorro do governo Biden.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A produção industrial do país também decepcionou, caindo 2,2% em fevereiro ante janeiro. A previsão dos analistas era de uma leve alta de 0,3% no período. Esses números ajudam a explicar a instabilidade do mercado de juros hoje. 

Foco na vacina

Na Europa, as principais praças fecharam no azul, mas a tensão dos mercados no Velho Continente esteve ligada ao ritmo de vacinação contra o coronavírus na região. 

Após relatos de efeitos adversos, alguns países suspenderam a vacinação com o imunizante produzido pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.

Dança das cadeiras

Depois de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o ministério da Saúde terá mais uma vez um médico no comando. O general da reserva Eduardo Pazuello, que assumiu o cargo com a saída de Teich, dará lugar ao presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga. Pazuello é o décimo primeiro ministro do governo de Jair Bolsonaro a sair por pressões externas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A troca acontece no pior momento da pandemia, com diversos estados decretando medidas de lockdown e restringindo a circulação da população para tentar reverter a situação crítica na qual se encontram os hospitais por todo o país. A volta de um médico para a pasta indica uma tentativa de mudança de tom do presidente no combate ao coronavírus. 

Em seu primeiro pronunciamento, Queiroga defendeu o uso de máscaras e a importância da ciência, o que contrasta com o tom adotado pelo governo federal até o momento.

Sobe e desce

A alta do minério de ferro no mercado internacional, após alguns dias de recuo, fez com que as empresas com exposição à commodity tivessem ganhos relevantes. Ao fim do dia, as ações da Usiminas acabaram ficando com o melhor desempenho do índice. 

Destaque também para as ações da Klabin, que foi convidada para os debates em preparação à próxima Conferência Climática da Organização das Nações Unidas, a COP26, reforçando o seu compromisso com o ESG. Confira os principais desempenhos do dia:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 18,548,55%
KLBN11Klabin unitsR$ 29,594,30%
BRKM5Braskem PNAR$ 35,974,05%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 25,843,57%
SUZB3Suzano ONR$ 75,043,01%

As empresas do setor de aviação e turismo, que tiveram uma alta significativa na sessão de ontem, passaram por um movimento de realização de lucros. Além delas, o setor de construção também teve um desempenho negativo, refletindo a perspectiva de alta dos juros. Confira as maiores quedas:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
CVCB3CVC ONR$ 17,57-7,09%
GOLL4Gol PNR$ 22,57-6,23%
AZUL4Azul PNR$ 40,40-5,70%
EZTC3EZTEC ONR$ 30,32-4,92%
JHSF3JHSF ONR$ 6,70-4,83%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar