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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO

Commodities amenizam a queda da bolsa, mas exterior negativo e nova crise em Brasília falam mais alto

As commodities mais uma vez tentaram salvar a bolsa brasileira de um dia no vermelho, mas o exterior negativo e a cautela em Brasília falaram mais alto

Jasmine Olga
Jasmine Olga
10 de maio de 2021
18:47 - atualizado às 17:52
Imagem: Shutterstock

De um lado, commodities em festa. Do outro, cenário doméstico conturbado e um dia negativo no exterior. Essas foram as forças antagonistas que duelaram durante todo o dia pelo protagonismo no Ibovespa. 

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O resultado foi um dia de grande instabilidade e bem próximo do zero a zero. O saldo final foi negativo, mas poderia ter sido pior se não fosse o bom desempenho do setor bancário e das empresas de mineração e siderurgia ao longo do dia. 

A questão é que elas perderam força no decorrer da sessão e, com a agenda esvaziada, a cautela em Wall Street e Brasília pesaram. O Ibovespa fechou o dia em leve queda de 0,11%, aos 121.909 pontos. Os 122 mil pontos foram perdidos, mas a queda por aqui foi muito mais suave do que a vista em Nova York. 

O dólar à vista também passou o dia sendo puxado de um lado para o outro. Fluxo estrangeiro em direção às commodities versus nova disparada dos juros dos Treasuries foi o duelo principal do dia. No fim, a moeda americana apresentou uma alta de 0,07%, a R$ 5,2320.

Sem grandes catalisadores na agenda do dia, o mercado de juros futuros ignorou o crescimento da tensão em Brasília e acabou acompanhando a alta dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, em um movimento que se intensificou ao longo da tarde. Confira as taxas do dia:

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  • Janeiro/2022: estável em 4,84%
  • Janeiro/2023: de 6,62% para 6,65%
  • Janeiro/2025: de 8,07% para 8,16%
  • Janeiro/2027: de 8,62% para 8,69%

Time verde

Durante quase todo o dia, o que sustentou o tom mais positivo da bolsa brasileira foram as commodities - principalmente petróleo e o minério de ferro. 

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No caso do petróleo, o dia foi de instabilidade. De um lado, o progresso da pandemia na Índia segue preocupando a demanda global. Do outro, um ataque cibernético nos Estados Unidos bloqueou um duto de transporte na Costa Leste Americana.

Segundo a companhia que administra o canal, o serviço deve ser restabelecido até o fim da semana, mas o problema deve ter impacto sobre o mercado de petróleo nas próximas semanas. A Petrobras, cuja ação tem grande peso no Ibovespa, teve o que comemorar. 

Já o minério de ferro disparou. Ainda mais. Desde o ano passado, com a pandemia afetando produção e demanda, a commodity tem se valorizado e batido novas máximas. Foi o que aconteceu nesta madrugada na China. No porto de Qingdao, a commodity saltou mais de 8%, a US$ 230. Na máxima, o avanço foi de mais de 10%.

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Um conjunto de fatores beneficiam o mercado. Primeiro, a recuperação econômica nos Estados Unidos e China deve demandar uma grande quantidade de matéria-prima. Além disso, a produção dos maiores players do setor ainda não se normalizou pós-coronavírus e uma disputa política entre China e Austrália também pesa sobre os negócios. 

Siderúrgicas e a Vale foram as principais empresas beneficiadas por esse movimento, mas acabaram perdendo força ao longo do dia. A mineradora, que vem renovando seguidos topos históricos e que já vale mais de R$ 680 bilhões, acabou fechando o dia no vermelho. 

Time vermelho

Enquanto o apetite por risco foi patrocinado pelas commodities, a cautela veio com uma verdadeira união de fatores, com muito mais jogadores em campo.

Primeiro, Nova York não ajudou. Os juros dos Treasuries voltaram a disparar diante do temor de uma economia americana aquecida e uma pressão inflacionária que leve o Federal Reserve a elevar os juros antes do tempo - mesmo que o Banco Central americano venha afirmando o contrário e que o payroll, com dados do mercado de trabalho, tenha afastado o temor de superaquecimento da economia na sexta-feira.

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Como é tradicional em dias assim, o Nasdaq levou o maior tombo, recuando 2,55%. O S&P 500 caiu 1,04% e o Dow Jones fechou no vermelho por pouco, recuando 0,10%.

O cenário doméstico contribuiu com alguns jogadores extras, ainda que para Rafael Passos, da Ajax Capital, a cautela externa tenha exercido uma força muito maior no resultado final. 

A CPI da Covid, que investiga a atuação do governo federal durante a pandemia, já era uma escalação previsível. Com mais depoimentos importantes marcados para serem colhidos ao longo da semana, o mercado espera o momento em que o governo acabe sendo cercado pela situação. 

O reforço (negativo) extra também veio de Brasília e em forma de um acordo que agrava os cenários que já não costumam ser muito favoráveis - o político e o fiscal. 

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O jornal O Estado de S. Paulo divulgou documentos que mostram um “orçamento secreto” para financiar a base aliada do governo e o Centrão. Apelidos para o caso já começam a pipocar pela grande imprensa e redes sociais - “bolsolão”, "tratorão”, ou simplesmente orçamento paralelo, você pode escolher o seu. 

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) foi usada para aumentar os recursos destinados aos parlamentares, como informado pelo jornal. Boa parte do orçamento da companhia foi usada para comprar equipamentos agrícolas com preços até 259% acima da média do mercado. De acordo com o Estadão, o presidente Jair Bolsonaro fez a maior ampliação da empresa, fazendo as operações atingirem até 35% do território nacional.

Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos, também lembra que o mercado aguarda a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre como será encaminhada a reforma tributária - fatiada ou ampla, como já vinha sendo discutida -, outro fator que cria ainda mais pressão no curto prazo. 

No banco de reservas

Hoje a agenda econômica deu uma folga, mas deve pegar fogo nos próximos dias, com o principal destaque indo para a ata do Copom, que deve trazer novidades sobre a política monetária e será divulgada amanhã, e os dados do IPCA, principal índice de inflação, também marcado para a terça-feira (11). A temporada de balanços também reserva dias agitados para a bolsa no decorrer da semana. 

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Sobe e desce

As empresas ligadas às commodities metálicas puxaram o Ibovespa durante boa parte do dia, mas, no fim, os investidores decidiram embolsar os lucros recentes. Gerdau, Usiminas e Vale - para citar algumas - reverteram parte da alta. A mineradora, inclusive, passou para o negativo e fechou o dia no vermelho. 

Assim, sobrou espaço para outras empresas brilharem. A CVC liderou os ganhos após um upgrade na recomendação pelo JPMorgan. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
CVCB3CVC ONR$ 25,145,01%
MRFG3Marfrig ONR$ 20,223,48%
PCAR3GPA ONR$ 37,802,89%
COGN3Cogna ONR$ 3,962,33%
BEEF3Minerva ONR$ 10,342,38%

O petróleo teve um dia volátil. Enquanto a Petrobras fechou no azul, a PetroRio seguiu no movimento de realização visto nas últimas semanas, aparecendo entre as maiores quedas do dia. O destaque negativo ficou com o setor de varejo, principalmente os papéis ligados ao e-commerce, em um movimento de rotação de carteiras que acompanha a migração de recursos de setores mais arriscados para os Treasuries. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
LWSA3Locaweb ONR$ 23,52-5,20%
BIDI11Banco Inter unitR$ 199,30-5,09%
BTOW3B2W ONR$ 59,75-4,37%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 19,71-3,85%
PRIO3PetroRio ONR$ 18,48-3,80%

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