Inflação salgada pressiona os negócios na véspera de decisão do Copom e Ibovespa opera em queda de 2%; dólar e juros sobem
Além da inflação acima do esperado, o mercado de trabalho brasileiro mostrou uma recuperação mais lenta do que a projetada, o que também pesa sobre o Ibovespa

Na véspera da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro, os investidores locais possuem mais um dado econômico indigesto para adicionar ao balanço de riscos.
A prévia da inflação oficial divulgada nesta manhã, o IPCA-15, mostrou que os preços seguem se elevando em ritmo acelerado e o índice apresentou a maior elevação para outubro em 26 anos. O indicador avançou 1,20% em outubro, acima da mediana das projeções de alta de 1%. No ano, o acumulado é de 8,30% e, em 12 meses, a alta é de 10,34%, também acima das expectativas.
Com a saúde fiscal do país também gerando preocupações, as conversas sobre uma possível privatização da Petrobras dificilmente amenizarão o mau humor dos investidores. Isso porque boa parte do mercado acredita que a operação dificilmente caminhará com a proximidade do ano eleitoral e a fila de reformas travadas no Congresso.
Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 1,58%, aos 106.963 pontos. O dólar à vista sobe e volta a da casa dos R$ 5,6680, em alta de 0,34%. O mercado de juros futuros também é pressionado pela inflação salgada e aumentam as projeções de que o BC deve elevar a Selic em pelo menos 1,5 ponto percentual.
Não foram apenas os números do IPCA-15 que decepcionaram os investidores. Logo cedo, também foi conhecido o volume de novas vagas de trabalho. O Caged mostrou a criação de 312 mil postos, enquanto a expectativa do mercado era de 367 mil.
Logo cedo, quando os dados foram divulgados, alguns dos principais contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) chegaram a entrar em leilão após atingirem a oscilação máxima, repetindo um movimento que também foi visto na semana passada, durante o auge da crise no ministério da Economia. Confira as taxas do dia:
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- Janeiro de 2022: de 8,32% para 8,62%
- Janeiro de 2023: de 11,17% para 11,66%
- Janeiro de 2025: de 11,67% para 12%
- Janeiro de 2027: de 11,88% para 12,05%
Um fator que pode ajudar algumas empresas a escaparem do clima pesado da bolsa brasileira são os balanços do terceiro trimestre. A EDP energias lidera as altas do Ibovespa e avança quase 3% depois da divulgação dos seus números. No geral, o dia é de queda firme para quase todos os papéis.
Em Brasília, no entanto, as coisas seguem tensas, com a votação do relatório da CPI da Pandemia e a expectativa para o avanço da PEC dos precatórios.
Lá fora, os resultados também seguem no centro das atenções. Logo na abertura, o Dow Jones e o S&P 500 voltaram a renovar suas máximas.
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