União recorre a crédito externo para bancar medidas emergenciais
A União deve pedir empréstimo superior a R$ 20 bilhões (US$ 4,1 bilhões) para financiar as medidas adotadas para combater os efeitos sociais da pandemia da covid-19
O governo federal vai recorrer a organismos internacionais para bancar o pagamento de parte do auxílio emergencial e da ampliação do Bolsa Família.
A União deve pedir empréstimo superior a R$ 20 bilhões (US$ 4,1 bilhões) para financiar as medidas adotadas para combater os efeitos sociais da pandemia da covid-19, que incluem ainda parcelas do seguro-desemprego e a compensação a trabalhadores que tiveram redução de jornada e salário.
O financiamento é discutido pela equipe econômica desde abril. Em documento do Ministério da Economia obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, técnicos da pasta contrariam o discurso do presidente e reconhecem que o distanciamento social é necessário para evitar o avanço da pandemia. "O Brasil se transformou em um dos principais motivos de preocupação mundial diante da pandemia. As medidas de distanciamento e isolamento se fazem necessárias, contudo, elas trazem impactos econômicos imediatos e com consequências duradouras nos países", diz um dos pareceres técnicos.
A ideia é distribuir o recurso da seguinte forma: US$ 1,72 bilhão para pagamento da renda básica emergencial; US$ 960 milhões para absorção de novos inscritos do programa Bolsa Família; US$ 550 milhões para o programa de Manutenção do Emprego e Renda; e US$ 780 milhões ao seguro-desemprego.
As fontes do pedido de empréstimo em estudo são o Banco Interamericano de Desenvolvimento (US$ 1 bilhão); Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (US$ 1 bilhão); New Development Bank (US$ 1 bilhão); KfW Entwicklungsbank (US$ 420 milhões); Corporação Andina de Fomento (US$ 350 milhões); e a Agência Francesa de Desenvolvimento (US$ 240 milhões).
Segundo a reportagem apurou, a avaliação na equipe econômica é que o empréstimo com organismos internacionais é uma linha barata comparada a financiamento via emissão de títulos. Além disso, apesar de a dívida ser em dólar, como o valor é relativamente pequeno, não há um risco para as contas públicas mesmo se a moeda americana se valorizar muito. A estimativa é que só o auxílio emergencial pago durante três meses custará R$ 151 bilhões, segundo as últimas estimativas.
Leia Também
Estratégia
Um integrante do Ministério da Economia ressaltou que trata-se de um aumento de dívida externa muito pequeno e que a estratégia é diversificar as fontes de empréstimos, aproveitando um prazo longo e juros baixos. A aprovação do pedido de empréstimo foi discutida em reunião extraordinária, em 18 de maio, da Comissão de Financiamentos Externos. As áreas técnicas de diversos ministérios ainda estão se manifestando sobre o pleito. A equipe econômica afirmou na comissão que o recurso pode ser redirecionado para outras ações de combate à covid-19.
A taxa de câmbio a ser usada seria de R$ 5,237. As condições para pagamento variam conforme o organismo multilateral, com prazos de até 25 anos.
Nos últimos anos, os financiamentos com organismos globais vinham sendo feitos por Estados e municípios para custear investimentos, o que era uma exigência dos próprios organismos internacionais. Agora, as próprias entidades abriram linhas específicas para tratar despesas de combate à covid-19.
A proposta, no entanto, recebeu críticas de economistas. Um especialista em contas públicas, que não quis se identificar, disse que não faz sentido economicamente contrair dívida em dólar, já que, neste momento, o Tesouro tem autorização para aumentar a dívida para bancar despesas com o coronavírus. Já o economista do Ibre/FGV, Manoel Pires, disse que não há restrição para contratação de dívida com organismos internacionais para custear gastos correntes. "O endividamento para financiar essas despesas extraordinárias é inevitável. A questão é se esse é o melhor expediente. Não me parece muito problemático por enquanto, dado os valores envolvidos e a posição do câmbio hoje."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Derrota para o governo: Câmara arquiva MP 1.303 e livra investimentos de aumento de imposto de renda — bets também saem ilesas
Deputados retiraram a votação do texto da pauta e, com isso, a medida provisória perde a validade nesta quarta-feira (8)
Pesquisa Genial/Quaest mostra popularidade de Lula no maior patamar do ano após crise com EUA
Aprovação sobe a 48%, impulsionada por percepção positiva da postura do governo diante de tarifas impostas por Trump
Imposto de renda sobre CDB, Tesouro Direto, JCP e fundos ficará em 18% após avaliação por comissão do Congresso Nacional
Medida provisória 1.303/25 é aprovada por comissão mista do Congresso e agora segue para ser votada nos plenários da Câmara e do Senado
Lula e Trump finalmente se falam: troca de afagos, pedidos e a promessa de um encontro; entenda o que está em jogo
Telefonema de 30 minutos nesta segunda-feira (6) é o primeiro contato direto entre os líderes depois do tarifaço e aumenta expectativa sobre negociações
Lula e Trump: a “química excelente” que pode mudar a relação entre o Brasil e os EUA
Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec, analisa os efeitos políticos e econômicos de um possível encontro entre os dois presidentes
Com Tarcísio de Freitas cotado para a corrida presidencial, uma outra figura surge na disputa pelo governo de SP
Cenário nacional dificulta a nomeação de candidatos para as eleições de 2026, com impasse de Bolsonaro ainda no radar
Comissão do Senado se antecipa e aprova projeto de isenção de IR até R$ 5 mil; texto agora depende dos deputados
Proposta de isenção de IR aprovada não é a do governo Lula, mas também cria imposto mínimo para altas rendas, programa de renegociação de dívidas e prevê compensação a estados e municípios
Senado vota regulamentação dos novos impostos sobre consumo, IBS e CBS, nesta quarta-feira (24)
Proposta define regras para o novo comitê gestor do IBS e da CBS, tributos que vão substituir impostos atuais a partir de 2027
O que Lula vai dizer na ONU? Soberania e um recado sutil a Trump estão no radar
A expectativa é que o discurso seja calibrado para o público global, evitando foco excessivo em disputas políticas internas
Câncer de Bolsonaro: o que é o carcinoma de pele encontrado em duas lesões removidas
Ex-presidente recebeu alta após internação por queda de pressão, vômitos e tontura; quadro exige acompanhamento médico periódico
LCI e LCA correm o risco de terem rendimentos tributados, mas debêntures incentivadas sairão ilesas após negociações no Congresso
Relator da MP que muda a tributação dos investimentos diz que ainda está em fase de negociação com líderes partidários
“Careca do INSS”: quem é o empresário preso pela PF por esquema que desviou bilhões
Empresário é apontado como “epicentro” de fraudes que desviaram bilhões de aposentadorias
STF condena Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão; saiba quais opções restam ao ex-presidente
Placar final foi 4 a 1 para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado
Aprovação de Lula sobe para 33% e chega ao maior nível desde dezembro de 2024, diz Datafolha
O índice de reprovação do petista ainda é um dos maiores entre presidentes desde a redemocratização a esta altura do mandato, mas, na comparação direta, Bolsonaro sai perdendo
Debêntures incentivadas devem continuar isentas de IR, mas LCI e LCA seguem na mira da MP que muda a tributação dos investimentos, diz jornal
Texto deve manter mudanças na alíquota única de IR para ativos tributáveis e na compensação de créditos tributários, pontos que despertam preocupação no mercado
Governo Trump sobe o tom contra o Brasil, e Itamaraty condena ameaças dos EUA de usar “poder militar”
O documento do Itamaraty foi publicado após a porta-voz da Casa Branca ser questionada sobre a possibilidade de novas sanções ao Brasil por conta do julgamento de Jair Bolsonaro
Bolsonaro era líder de organização criminosa que tentou golpe de Estado, diz Moraes — Dino acompanha o relator e vota por condenação
Ministros destacaram provas de uma trama articulada desde 2021 e pediram condenação dos sete réus. Dino, entretanto, vê diferentes níveis de culpa
O julgamento de Bolsonaro e o xadrez eleitoral com Lula e Tarcísio: qual é o futuro do Brasil?
O cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, analisa o impacto da condenação de Jair Bolsonaro, a estratégia de Tarcísio de Freitas e as dificuldades de Lula em chegar com força para as eleições de 2026
Pedimos para a inteligência artificial da Meta produzir imagens de Lula, Trump, Bolsonaro, Alexandre de Moraes e outros — e o resultado vai te surpreender (ou não)
A inteligência artificial da Meta entregou resultados corretos em apenas duas das seis consultas feitas pela redação do Seu Dinheiro
STF encerra primeira semana do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados; confira os principais pontos do segundo dia
A sessão será retomada na próxima terça-feira (9), às 9 horas, com o voto do relator e ministro do STF, Alexandre de Moraes