🔴 ORIENTE MÉDIO EM ALERTA E JUROS NOS EUA: QUAIS OS IMPACTOS NA BOLSA E DÓLAR? VEJA AQUI

Estadão Conteúdo
Proposta polêmica

Congresso aprova crédito para governo pagar dívidas internacionais

O projeto recebeu aval dos deputados mais cedo e, na sequência, foi aprovado pelos senadores.

Congresso
Imagem: Shutterstock

O Congresso Nacional aprovou um projeto que impede o governo do presidente Jair Bolsonaro de passar por um vexame internacional e, ao mesmo tempo, abre caminho para a tentativa do Palácio do Planalto de influenciar na sucessão da Câmara. A proposta enfrentou polêmica e chegou a ser retirada de pauta na quarta-feira, 16, mas foi aprovada nesta quinta. O projeto recebeu aval dos deputados mais cedo e, na sequência, foi aprovado pelos senadores.

Leia também:

O projeto abre um crédito suplementar de R$ 3,303 bilhões no Orçamento, permitindo ao governo executar as ações antes de o ano acabar. Esse tipo de proposta serve para abastecer gastos que não estavam autorizados no Orçamento, mas depende da aprovação do Congresso e do corte de outras despesas na mesma proporção. Como foi alterado, o texto será submetido à sanção ou veto do presidente da República.

Inicialmente, o projeto enviado pelo governo solicitava a abertura de um crédito suplementar de R$ 48,339 milhões para reforçar ações dos ministérios da Agricultura, Turismo e Desenvolvimento e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O Ministério da Economia encaminhou no dia 14 um ofício ao Congresso pedindo alterações. A principal delas foi acrescentar um crédito de R$ 2,839 bilhões para permitir o atendimento a compromissos com organismos internacionais ainda em 2020, após o Congresso rejeitar essa liberação em outro projeto.

O relator da proposta, deputado Domingos Neto (PSD-CE), autorizou um valor menor para o governo pagar as dívidas internacionais, de R$ 1,639 bilhão. Depois, retirou mais R$ 722 milhões para abastecer recursos carimbados por parlamentares, a maior parte deles vinculados ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Domingos Neto é relator do Orçamento de 2020 e, por isso, acaba deixando a "digital" nessas despesas. Nos bastidores, o governo negocia liberar as verbas conforme a indicação de aliados para redutos eleitorais. A intenção é engrossar a candidatura de Arthur Lira à presidência da Câmara e derrotar o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O projeto era necessário para o pagamento de compromissos do Brasil com organismos multilaterais. Sem o dinheiro, o governo ficaria inadimplente e poderia perder direito de voto em diversos órgãos, incluindo a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O crédito precisa ser liberado ainda neste ano para que o Brasil consiga evitar as penalidades, que podem arranhar a imagem do País no exterior.

As mudanças do relator provocaram críticas. "Pelo que se percebe, projeto para emendas extra orçamentárias irrigarem a campanha de um dos candidatos a presidente desta Casa! Isto é um absurdo", disse o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). "Nós ficamos com aquela suspeita de ser a criação de recursos para alimentar aquela velha política do toma-lá-dá-cá", afirmou o deputado Elias Vaz (PSB-GO).

Mais cedo, durante a votação na Câmara, o relator defendeu a proposta no plenário. "É bom que os nossos pares entendam que a não votação do PLN 29 incorrerá em problemas nos organismos internacionais. Estamos quitando dívida com organismos internacionais. Será uma desmoralização do Brasil, que irá perder direito a voto na ONU", disse o relator. No mesmo parecer, o Congresso autorizou o governo a abrir crédito suplementar até 31 de dezembro - o prazo anterior era até dia 15.

Além da necessidade de dar crédito para o Brasil honrar compromissos, aliados do governo comemoraram a liberação de recursos para os ministérios. "Nós sabemos que existem muitos ministérios que estão precisando de suplementação. E este é o momento em que a Câmara deve realmente dar o exemplo de apoiar ações como esta", afirmou o deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).

Compartilhe

CETICISMO

Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra

17 de abril de 2024 - 11:38

Pelos cálculos da instituição, o País atingiria déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula

INTERNACIONAL

Haddad nos Estados Unidos: ministro da Fazenda tem agenda com FMI e instituição chefiada por brasileiro Ilan Goldfajn; veja

14 de abril de 2024 - 16:44

De segunda (15) a sexta-feira (19), o ministro participa, em Washington, da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial

NOVO CAPÍTULO

Entrou na briga: após críticas de Elon Musk a Alexandre de Moraes, governo Lula corta verba de publicidade do X, antigo Twitter

13 de abril de 2024 - 16:43

Contudo, a decisão só vale para novos contratos, porque há impedimento de suspensão com os que já estão em andamento

APÓS APAGÕES

Na velocidade da luz: Enel terá um minuto para responder os consumidores, decide Justiça de São Paulo

13 de abril de 2024 - 15:20

Desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com fortes rajadas de vento

MINISTRO E BILIONÁRIO

Em meio a embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes, representante do X (ex-Twitter) no Brasil renuncia ao cargo

13 de abril de 2024 - 12:55

Em sua conta no LinkedIn, o advogado Diego de Lima Gualda data o fim de sua atuação na empresa em abril de 2024

META FISCAL

Mal saiu, e já deve mudar: projeto da meta fiscal já tem data, mas governo lista as incertezas sobre arrecadação

13 de abril de 2024 - 11:49

A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano devido a incertezas sobre a evolução na arrecadação

ELEIÇÕES 2024

São Paulo já tem oito pré-candidatos na disputa por nove milhões de votos; conheça os nomes

7 de abril de 2024 - 15:45

Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lideram as pesquisas de intenção de votos a seis meses das eleições municipais

VEM DINHEIRO AÍ?

Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa 

4 de abril de 2024 - 8:44

A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo

Eleições municipais

Simone Tebet diz que subirá em palanque de prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quando Jair Bolsonaro não estiver

31 de março de 2024 - 11:54

Candidato a reeleição na capital paulista, Nunes é do MDB, partido da ministra do Planejamento

INÍCIO DA DITADURA

Maioria da população diz que data do golpe de 1964 deve ser desprezada, diz Datafolha; como o governo Lula lidará com a data?

30 de março de 2024 - 15:02

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o governo não realize atos em memória do golpe neste ano

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar