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EM MEIO À PANDEMIA

Bolsonaro minimiza mortes por covid e manda apoiadora que o questionou se retirar

“Mortes estão havendo no mundo todo, não é apenas a covid. Agora, querer culpar a mim… Tem muita gente morrendo de fome, depressão, suicídio, uma política feita apenas de um lado”, finalizou Bolsonaro.

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10 de junho de 2020
10:19 - atualizado às 18:35
O então presidente da República, Jair Bolsonaro - Imagem: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro ignorou a manifestação de uma apoiadora e mandou a mulher se retirar após ser questionado sobre as cerca de 38 mil mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil, na manhã desta quarta-feira, 10, no Palácio da Alvorada. "Cobre do seu governador. Sai daqui", disse Bolsonaro. O presidente voltou a minimizar a pandemia e afirmou, em outro momento, que "mortes estão havendo no mundo todo, não apenas pela covid".

"Nós temos hoje 38 mil mortos por causa do covid. E, assim, não são 38 mil estatísticas, são 38 mil famílias que estão morrendo nesse momento, que estão chorando, o senhor, como chefe da nação, eu votei no senhor, fiz campanha para o senhor, acho até que o senhor me conhece. E eu sinto que o senhor traiu a nossa população", disse a mulher.

Em seguida, a apoiadora afirmou que a população está morrendo, mas Bolsonaro silencia, se afasta e outras pessoas começam a falar com ele. Diante da insistência, o presidente diz para a mulher parar de falar ou, então, sair do local. "Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui", ordenou o presidente.

O mandatário voltou a minimizar as mortes por coronavírus ao dizer que os óbitos acontecem no mundo todo, e não apenas pela covid-19. "Aquela figura falando abobrinha ali. Vem usar uma coisa séria, as mortes, para fazer demagogia aqui, todos nós respeitamos e temos compaixão pelo pessoal que perdeu um familiar, não importa a circunstância", disse.

"Mortes estão havendo no mundo todo, não é apenas a covid. Agora, querer culpar a mim… Tem muita gente morrendo de fome, depressão, suicídio, uma política feita apenas de um lado", finalizou Bolsonaro.

Expulsa é militante do MBL

Expulsa da frente do Palácio da Alvorada após cobrar o presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes pela covid-19, Cristiane Bernart é militante do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que faz atualmente oposição ao governo. Em conversa com o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ela disse que a ação foi proposital e que estão previstas novas iniciativas como as desta quarta-feira para fazer pressão pelo impeachment de Bolsonaro. O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do movimento, confirmou tratar-se de um ato político.

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"A ideia do MBL é continuar questionando o presidente e fazer outras ações, como o panelaço que será feito hoje, às 19h", disse Bernart. "Eu quis puxar um ato para que as pessoas não tenham medo de cobrar o presidente por ser o presidente. Ele é nosso funcionário e tem obrigação de dar explicações", justificou.

Formada em Letras, Bernart trabalha como assessora do gabinete do vereador em São Paulo Fernando Holiday (Patriota), também integrante do movimento, mas disse que pediu licença não remunerada para ir até Brasília e que pagou pelos custos da viagem. Ela também diz ser atriz.

No Twitter, Cristiane compartilhou foto do documento com o pedido de desconto do pagamento referente a quarta-feira, com a justificativa de que iria se ausentar para fazer "manifestação pública de caráter político".

Segundo ela, "todo cidadão deveria ter o direito de questionar o presidente". "Até porque aquele cercadinho (do Alvorada) não é para ser só de apoiadores. Eu quero que as pessoas enxerguem em mim, na minha ação, um exemplo de coragem para também irem. Eu fui como cidadã e iria mais 500 vezes se fosse o caso", acrescentou.

Holiday

"Já faz três meses que eu presto uma assessoria para o Fernando Holiday, porque eu fiz Letras, então eu faço parte da correção dos artigos, das postagens, dou apoio para ele na questão dos textos. É isso", disse Cristiane Bernart ao Broadcast sobre o trabalho que presta ao vereador.

Segundo a assessora, no entanto, "é um trabalho completamente paralelo". "Muita gente acha que o MBL me comprou, mas se fosse para eu me vender eu teria me vendido para a ala bolsonarista que também me ofereceu cargo. Não é uma questão de vender, é uma coisa que juntou um trabalho que eu já fazia com a minha admiração pelo MBL", afirmou.

O protesto

Em frente ao Alvorada, pela manhã, Bernart disse a Bolsonaro que 38 mil famílias choram pelas mortes e que o presidente traiu a população. Apoiadores de Bolsonaro tentaram abafar a fala dela e a mandaram calar a boca.

Diante da insistência, o presidente disse para Bernart parar de falar ou, então, sair do local. "Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui."

Ao Broadcast, ela contou que foi "bastante hostilizada" pelos apoiadores do presidente e, por isso, pediu para sair antes que o presidente terminasse de falar.

Sobre a postura de Bolsonaro, Bernart afirmou que imaginou que poderia levar uma "patada" ou ser "ignorada". "Apesar disso, esperava que ele tivesse uma postura de homem e pelo menos me respondido", declarou.

Ato foi combinado com MBL

Kataguiri confirmou que a ação da integrante do MBL foi combinado previamente. "Foi um ato do MBL. A Cris Bernart faz parte do movimento. A ideia foi cobrar o presidente justamente nesse momento em que temos o ministro da Saúde ou secretário (Eduardo Pazuello), o que quer que seja, dizendo que a pandemia precisa ser controlada de uma maneira diferente no Norte e no Nordeste porque as regiões fazem parte do Hemisfério Norte e têm um inverno diferente", disse Kataguiri ao Broadcast Político.

A declaração foi dada por Pazuello em reunião ministerial na terça, 9.

O parlamentar comparou o tratamento dado por Bolsonaro à Bernart com a resposta dada pelo presidente à uma apoiadora que, na segunda-feira, 8, disse ter a cura para o coronavírus, mastigar alho cru, e pediu para ser infectada para comprovar sua ideia também na entrada do Palácio da Alvorada. "É irônico. Na segunda, ele escutou e levou a sério a moça que dizia que a grande solução do coronavírus era mastigar alho cru", disse. "O presidente disse que vai agendar uma reunião para ela no Ministério da Saúde. Espera aí, o presidente leva a sério isso e diz que vai marcar uma audiência?", questionou.

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