Vale tem produção abaixo do esperado e revisa meta por coronavírus
Produção trimestral da mineradora foi menor do que a expectativa de 63-68 Mt; companhia cita impactos relacionados à pandemia como uma das razões de rever meta

A Vale registrou produção de finos de minério de ferro de 59,6 Mt (milhões de toneladas) no 1º trimestre de 2020, abaixo do guidance de 63-68 Mt para o trimestre inicial do ano. As informações estão em relatório de produção trimestral da empresa.
As principais causas para este resultado são as perdas de 4,5 Mt no Sistema Norte e de 1,8 Mt por menores compras de terceiros, devido à menor disponibilidade causada pelas fortes chuvas no sudeste do Brasil, além de perdas de 2,1 Mt por questões operacionais no Sistema Sudeste, principalmente no Complexo de Itabira.
A Vale também revisou seu guidance de produção de minério de ferro neste ano, passando de 340-355 Mt para 310-330 Mt.
Outra projeção revisada foi a para a produção de pelotas, de 44 Mt para 35-40 Mt.
Embasaram a revisão impactos adicionais relacionados à pandemia, associados ao risco de aumento do absenteísmo em diferentes cenários de sensibilidade, a perda de produção no primeiro trimestre e atrasos na retomada de operações interrompidas, como Timbopeba.
Além disso, a mineradora mencionou atrasos também na implementação de alternativas para a disposição de rejeitos da planta de Brucutu, que não deve ser concluída até o fim do segundo trimestre, como razão para a revisão.
Leia Também
Em geral, no trimestre inicial do ano, a produção nos negócios da Vale sofreu "impacto limitado devido à pandemia do COVID-19", informou a empresa. A mineradora alertou, no entanto, que no futuro esse impacto "poderá ser mais significativo".
Por ora, os efeitos do coronavírus nos negócios da empresa ficam por conta, no que se refere ao minério de ferro, da interrupção de operações na Malásia, sem impacto na produção.
Em metais básicos, a companhia reduziu a operação de mineração em Voisey's Bay e a colocou em regime de cuidado e manutenção inicialmente por quatro semanas, posteriormente estendendo o período por até três meses adicionais. O impacto previsto é de até 6 kt de produção de concentrado de cobre na primeira metade do ano.
Para o negócio de carvão, a Vale decidiu adiar planos para a manutenção da planta de processamento de carvão em Moçambique.
No futuro, o impacto da pandemia nas operações poderá ser maior devido ao aumento potencial nos níveis de absenteísmo em seus locais de produção, "se for necessário intensificar as medidas de segurança para proteger seus empregados, caso haja uma escalada de contágio nas localidades em que opera".
Além disso, pode haver adiamento de paradas de manutenção programadas nas plantas de metais básicos por restrições de segurança e, com restrições potencialmente mais severas, o contingente mínimo de mão-de-obra pode ser afetado, diz a Vale.
Níquel, cobre e carvão
A produção de níquel acabado "foi forte para um primeiro trimestre", disse a Vale, com 53,2 kt (milhares de toneladas). Houve, entretanto, declínio de 2,9% em bases anuais, já que o primeiro trimestre de 2019 também teve desempenho sólido.
A produção de cobre acabado, por sua vez, atingiu 94,5 kt no período, ficando 4,7% e 0,7% acima do 4T19 e do 1T19, respectivamente, devido, principalmente, aos maiores volumes de Sossego após a parada de manutenção não programada no último trimestre do ano passado.
A empresa também revisou o guidance de produção de cobre e níquel, dada a ociosidade de Voisey’s Bay e os potenciais impactos dapandemia do COVID-19 na habilidade da Vale para realizar regularmente paradas de manutenção de plantas em Metais Básicos.
O guidance de produção de níquel em 2020 passou de 200-210 kt para 180-195 kt, excluindo VNC, e o de cobre passou de 400 kt para 360-380 kt.
A produção de carvão de 2,0 Mt no 1º trimestre foi 4,6% superior à do último trimestre do ano passado, "com a produção de março atingindo 918 kt (taxa anualizadade 11 Mt) devido ao melhor desempenho mina-usina, apesar dos efeitos climáticos no primeiro trimestre".
A mineradora alerta que não será possível manter o ritmo de produção em abril, já que mina e porto atingiram os limites de suas capacidades de armazenamento devido à menor demanda por carvão.
"Devido às incertezas decorrentes da pandemia do COVID-19, que incluem a já anunciada postergação da reforma da planta de processamento em Moçambique (sem nova data de início), a Vale retira seu guidance para a produção de carvão em 2020, e não pode prover novo guidance no momento", diz o relatório de produção.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Consórcio formado por grandes empresas investe R$ 55 milhões em projeto de restauração ecológica
A Biomas, empresa que tem como acionistas Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, planeja restaurar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia e gerar créditos de carbono
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados