Se não pode vencê-los, junte-se a eles! BB quer parcerias com fintechs para não morrer na praia
Ciente das limitações de um banco público e sabendo que privatização é improvável, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, defende parcerias com empresas privadas, inclusive fintechs, para banco se adaptar aos novos desafios do setor bancário
“Um banco público tem a mesma condição que um banco privado de se adaptar aos novos tempos da realidade bancária? Eu diria que não”. A avaliação pragmática é do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que falou ontem (29) a uma plateia de investidores e executivos de empresas durante evento do Credit Suisse em São Paulo.
Novaes admite que não é tão fácil para o Banco do Brasil se converter a esse novo mundo digital quanto os bancos privados, apesar de todo esforço bem-sucedido da instituição nessa direção.
Já não é novidade que o presidente do BB é favorável à privatização do banco estatal, mas ele parece conformado de que, no governo Bolsonaro, isso não vai acontecer. "Todo mundo sabe que eu e a equipe econômica somos a favor, mas a decisão é política, está acima de nós, o presidente já disse que não quer", disse durante sua apresentação no evento.
O presidente do BB inclusive lembrou que a privatização do banco dependeria apenas de uma "operação singela no mercado de capitais", já que o governo mantém o controle acionário por muito pouco. Hoje, a União detém 50,0000011% do total das ações.
Mas já que a privatização não deve mesmo acontecer no curto prazo, Novaes propõe que o BB continue fechando parcerias com instituições privadas, a exemplo da que foi fechada com o UBS na área de investment banking, e até, por que não, com fintechs.
"Nós precisamos olhar para as fintechs não como competidoras, mas sim como parceiras que conseguiriam resolver os problemas existentes na nossa estrutura", disse.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Pelo tom do presidente do BB, esse tipo de medida seria praticamente uma questão de sobrevivência para o banco, diante das rápidas transformações por que passa o setor bancário e das limitações que a estrutura de uma estatal impõem.
"Vamos contratar os serviços dessa garotada para eles eliminarem nossos gargalos operacionais. Não é só uma questão de inovação. É questão de rever e modernizar nossa estrutura, digitalizar aquele monstro pesado", propôs.
Uma possibilidade seria inclusive abrir concurso para fintechs parceiras. "Se em cinco a dez anos não houver uma transformação muito grande no banco, nós vamos sofrer muito", prevê.
Por ora, a próxima parceria em vista é para a BB DTVM, a gestora de recursos do Banco do Brasil. Segundo Novaes, já foi aberto processo competitivo para a escolha desse parceiro, que deverá ser global e ter mais de R$ 400 bilhões sob gestão. "Mas estamos em processo de discussão de valores, então não posso adiantar muito", disse.
Sem bônus, só ônus
A privatização do Banco do Brasil exigiria um movimento pequeno, mas que poderia mudar tudo para a instituição. O fato de o BB permanecer estatal tem se tornado um fardo. Por muito tempo, lembrou Novaes durante sua apresentação, ser um banco público ajudou a instituição, que se valia de vantagens como reserva de mercado em folhas de pagamento de servidores públicos e administração de depósitos judiciais.
"Isso não está mais ocorrendo", disse Novaes, "Ficamos com todos os ônus se ser uma entidade pública e perdemos os bônus". Afinal, restaram amarras como as limitações para contratação, dependência da Secretaria de Comunicação para a parte de marketing e a presença forte do Tribunal de Contas da União na tomada de decisões.
Até para disputar talentos com o restante do mercado financeiro fica difícil. A porta de entrada para o BB é por concurso de escriturário. O funcionário precisa ser treinado dentro da instituição e, após um investimento enorme do banco na sua formação, nada impede que uma instituição privada o atraia com uma oferta mais tentadora.
Isso sem falar na estrutura de agências, custo que os concorrentes digitais não têm. "Rede de distribuição está deixando de ser vantagem", disse Novaes.
Como parte de seu controle de despesas, o BB tem reclassificado e reduzido agências, além de tentar aumentar sua eficiência. A ideia é também fechar as que não são rentáveis, substituindo-as, conforme a necessidade, por postos de atendimento ou correspondentes bancários.
Planos para 2020
Novaes não minimiza as dificuldades que o setor bancário tem pela frente com o aumento da concorrência, inclusive estimulada pelo próprio Banco Central. Tanto que coloca o aumento da competição das fintechs e o impacto na geração de receitas com tarifas entre os principais desafios do setor para 2020, ao lado da queda da taxa de juros.
Apesar disso, diz não sentir pressão, por parte do governo, para baixar os spreads bancários "na marra". "O governo reconhece que o banco é uma empresa listada e que deve satisfação aos seus acionistas privados. Eu tenho mandato de maximização de valor aos acionistas", disse.
Para este ano, o banco pretende continuar se direcionando cada vez mais para o varejo e menos para o atacado (no caso de grandes empresas), além de buscar atrair clientes mais jovens.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
