Renner tem o primeiro prejuízo em 15 anos, mas analistas veem recuperação
Resultados ainda foram impactados pelas medidas de distanciamento social para combater a pandemia de covid-19, que deixaram lojas fechadas no início do trimestre

As Lojas Renner apresentaram um resultado fraco no terceiro trimestre, com o primeiro prejuízo líquido em 15 anos. A companhia registrou um resultado negativo de R$ 82,9 milhões, revertendo lucro de R$ 186,7 milhões no mesmo período do ano passado.
A última vez em que a varejista registrou prejuízo foi no terceiro trimestre de 2005. Mesmo no segundo trimestre deste ano, o de maior impacto da pandemia na economia brasileira, a Renner teve lucro de R$ 818 milhões.
O prejuízo no trimestre já era esperado pelo mercado, mas a projeção, segundo a média de analistas consultados pela Bloomberg, era de uma perda bem maior, de R$ 143 milhões.
Mesmo assim, analistas que emitiram relatórios sobre a ação nesta sexta-feira (06) consideram que o balanço da varejista apresenta sinais de recuperação.
As ações da companhia (LREN3) abriram com forte queda hoje, recuando 3,13% pouco após a abertura.
Impactos da pandemia persistiram
O resultado da Renner ainda reflete os impactos da pandemia de covid-19 sobre o comércio. O terceiro trimestre começou com 31% das lojas ainda fechadas. Até o final de agosto, 100% das unidades já estavam operando, mas ainda com restrições de quantidades de dias, horas de operação, acesso aos provadores e a manutenção das regras de distanciamento social.
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"Estas restrições, somadas ao comportamento do consumidor, ainda inseguro quanto à circulação em espaços públicos, resultou em um fluxo abaixo do normal, porém com conversão e número de peças por sacola mais elevados", diz o release de resultados divulgado ontem à noite.
Com isso, houve redução de 17,2% no conceito de Vendas Mesmas Lojas (comparação entre lojas que já estavam em funcionamento um ano atrás), mas, segundo a companhia, houve melhora relevante ao longo do trimestre e também em outubro.
A receita líquida de vendas de mercadorias no terceiro trimestre foi de R$ 1,6 bilhão, queda de 14,5% ante o mesmo período do ano passado. A margem bruta do varejo viu queda de 6,6 pontos percentuais na mesma base de comparação, caindo para 47,7%, com um nível mais alto de remarcações de preço no trimestre.
"No entanto, isso levou a uma coleção primavera-verão disponível nas lojas antes do que a concorrência no quarto trimestre, levando a empresa a ter uma performance superior ao setor em outubro. Vemos isso como uma indicação positiva para os resultados do quarto trimestre", diz a XP Investimentos, em relatório.
Com isso, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da operação de varejo das Lojas Renner ficou em R$ 12,9 milhões, queda de 94,9% ante o terceiro trimestre de 2019. A margem Ebitda do varejo foi de 0,8% no trimestre, ante uma margem de 13% no terceiro trimestre do ano passado.
O período de fechamento das lojas, com menor uso do cartão de crédito, também impactou negativamente o resultado de produtos financeiros. "Adicionalmente, os descontos concedidos nas renegociações, assim como as
isenções de juros no período de lojas fechadas e a redução nas taxas de financiamento também impactaram esse desempenho", diz o release de resultados.
Assim, o resultado de produtos financeiros foi negativo em R$ 51,2 milhões, ante um resultado positivo de R$ 103,2 milhões no terceiro trimestre de 2019.
O desempenho fraco no varejo e nos produtos financeiros resultou em um Ebitda total ajustado negativo de R$ 32,8 milhões, revertendo o Ebitda positivo de R$ 354,8 milhões no terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda ficou em negativa em 2,3%, ante uma margem positiva de 18,4% no mesmo período de 2019.
O Ebitda negativo, ao lado do crescimento das despesas com depreciações, consequência dos ativos fixos e investimentos realizados em períodos anteriores, resultaram no prejuízo visto no trimestre.
Operação digital foi destaque positivo
As vendas digitais tiveram crescimento de 200,5% trimestre, totalizando 16% das vendas totais, com destaque para a marca Camicado. "Em outubro, com a reabertura e flexibilização de funcionamento das lojas, esse desempenho continuou em três dígitos, ainda que mais equilibrado entre os canais online e offline", diz o release de resultados.
Analistas se mostram otimistas para o quarto trimestre
Apesar do resultado fraco, analistas veem recuperação e se mostram otimistas para os resultados do quarto trimestre.
A XP Investimentos diz que, apesar de o resultado ter vindo abaixo do esperado pela corretora em várias métricas, o mercado deve reagir positivamente aos números nesta sexta.
"A companhia reforçou que devemos ver um 4T20 mais normalizado, com crescimento de vendas, recomposição de margem bruta e ganho de alavancagem operacional, enquanto as iniciativas digitais / omnicanais devem continuar a ter uma contribuição importante nos resultados", diz o relatório.
A XP reiterou sua recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 50 para a ação da Renner (LREN3) para o final de 2020, um potencial de valorização de 17,50% ante o preço de fechamento de ontem.
Já o Credit Suisse avaliou que os resultados vieram em linha com as suas estimativas e também considera que a companhia vem apresentando melhora gradual. Para os analistas da instituição, a reação do mercado aos resultados hoje deve ser neutra.
O banco destacou a mensagem positiva da empresa para o quarto trimestre, com vendas e rentabilidade próximas aos níveis normais. Mas embora admitam que a Renner é uma ótima companhia e reconhecerem os esforços da companhia em acelerar as vendas on-line e estabelecer projetos estratégicos rapidamente, os analistas lembram que a companhia não está imune aos desafios impostos pela pandemia.
Assim, dizem que não estão confortáveis com as projeções para 2021 e mantêm sua recomendação neutra para as ações. "Negociando a 31,4 vezes a relação preço/lucro projetado para 2021, a ação das Lojas Renner, parece estar no seu preço justo, na nossa visão", diz o relatório do Credit.
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