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Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
o fim?

Empresa que inaugurou ‘mini-IPOs’ na bolsa, Renar Maçãs tem falência decretada

Agora chamada de Pomi Frutas, empresa abriu capital em 2005, levantando um valor baixo em relação ao costumeiro em uma abertura de capital, e estava em recuperação judicial desde 2018

Kaype Abreu
Kaype Abreu
18 de fevereiro de 2020
14:18 - atualizado às 20:59
maçãs
Imagem: Shutterstock

Mais conhecida dos investidores como Renar Maçãs, a Pomi Frutas teve falência decretada nesta segunda-feira pela Justiça de Santa Catarina. A empresa estava em recuperação judicial desde janeiro de 2018 — na época, com R$ 30 milhões em dívidas.

A Pomi Frutas levantou R$ 16 milhões ao abrir capital, em 2005. A catarinense ficou conhecida por ser a primeira empresa a aderir ao Bovespa Mais — segmento de governança corporativa criado para incentivar empresas pequenas e médias a negociarem ações na bolsa.

O projeto de "mini-IPOs" não prosperou, em parte porque o mercado de capitais brasileiro tinha alta concentração de investidores estrangeiros: para uma empresa chamar a atenção de um olhar externo, era preciso uma avaliação de mercado mais parruda. Investidores locais também não acreditaram na ideia.

Quando conversei com o gerente de Pesquisa e Conteúdo do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Luiz Martha, ele atribuiu a baixa adesão ao Bovespa Mais ao momento econômico do País. "Se você não tem estabilidade, ir para o mercado de capitais talvez não seja a melhor opção”, disse.

A recessão econômica a partir de 2015 foi uma das razões apontadas pela antiga Renar Maçãs para entrar em recuperação judicial. A empresa citou retração de demanda, queda de preços e "procura por outras frutas". Em documento de 2018, a Pomi Frutas elencou como motivos para os prejuízos financeiros:

  • A alta diferença de preços entre as variedades de maçãs;
  • O aumento do volume da safra;
  • Os altos estoques e dificuldades de escoamento;
  • A importação de maçãs de outros países;
  • O aumento dos custos de produção;
  • Condições climáticas adversas.

Fora isso, a própria companhia atribuía a responsabilidade à gestão de seus antigos acionistas, controladores e administradores.

Fundada em 1962 pelos empresários René e Arnoldo Frey, em Fraiburgo, Santa Catarina, a Renar Maçãs chegou a exportar 9 mil toneladas de maçãs em 2003 — a maior em receita do País para a atividade, segundo a própria empresa.

Em 2005, a companhia passou a negociar ações na bolsa e, quatro anos depois, fez um aumento de capital — na operação, os controladores da época, Willyfrey Participações e Willy Egon Frey, cederam à Endurance Capital Partners o direito de preferência de aquisição das novas ações.

A operação de 2009 mudou o bloco de controle da empresa. Naquele mesmo ano, a Renar Maçãs juntou operações com a Pomifrai. Levou três anos para a empresa começar a vender ativos de baixo retorno, segundo a própria companhia.

Já em 2015, a Renar Maçãs trocou de comando acionário, quando o empresário Edgar Safdie e acionistas relacionados compraram uma participação relevante na companhia. Foi quando a empresa passou a se chamar Pomi Frutas.

A falência da companhia foi decretada pela 1ª Vara Civil da Comarca de Fraiburgo, cidade catarinense que fica a 380 km da capital. Ao comunicar a decisão da Justiça, a Renar Maçãs destacou que o veredito não é definitivo e indicou que recorrerá. A defesa da Pomi Frutas foi procurada para comentar a decisão, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.

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