🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

números da gigante estatal

Petrobras tem prejuízo de R$ 2,7 bilhões no 2º trimestre, com impacto do coronavírus nas operações

Sem ajustes contábeis relacionados à perda de valor de seus ativos e se beneficiando de decisão judicial, a Petrobras moderou significativamente as perdas após prejuízo de quase R$ 50 bilhões no 1º trimestre. Ainda assim, o coronavírus pesou nas operações da empresa

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
30 de julho de 2020
20:52 - atualizado às 9:24
Plataforma P-66 da Petrobras
Plataforma P-66 da Petrobras - Imagem: André Motta de Souza / Agência Petrobras

A Petrobras diminuiu o enorme prejuízo líquido verificado no 1º trimestre do ano, de R$ 48,5 bilhões, e, no 2º trimestre, registrou perdas muito mais moderadas, no total de R$ 2,713 bilhões. Foi um prejuízo 94,4% menor que o do trimestre anterior. Na comparação anual, a estatal reverteu o lucro de R$ 18,9 bilhões, apurado no segundo trimestre de 2019, diante de impactos do coronavírus na sua operação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ausência de impairments — a desvalorização contábil dos ativos, que foi a razão dos resultados ruins no início do ano, devido à perda de valor de suas reservas de petróleo com o colapso do Brent — é a explicação principal para o melhor desempenho da empresa no período, segundo o relatório de desempenho financeiro.

A estatal também teve um ganho proveniente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins após decisão judicial favorável, com efeito de R$ 10,9 bilhões no balanço.

A empresa deixou claro que a ausência destes aspectos em seu balanço não impediriam números mais negativos devidos à pandemia do coronavírus.

"Excluindo esses fatores, o resultado teria sido pior devido aos impactos da COVID-19 em nossas operações, com reflexo nos preços, margens e volumes."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Petrobras, em mensagem aos acionistas

Diferentemente dos três primeiros meses do ano, em que as operações da Petrobras não sentiram grandes impactos da pandemia nos seus números, o 2º trimestre foi afetado pela covid-19 e pelo colapso dos preços de petróleo resultantes das negociações da OPEP+.

Leia Também

Coronavírus afeta operações

Praticamente todos os produtos foram fortemente afetados por esse cenário, disse a Petrobras, levando a uma queda de 33% na receita líquida no período, para R$ 50,9 bilhões.

No período, o petróleo Brent, em reais, caiu 29% em relação ao 1º trimestre, intensificando a tendência de queda que começou em março.

A exportação de petróleo e derivados totalizou R$ 14,9 bilhões no período, em queda de 40% na comparação trimestral. A Petrobras destacou o aumento da demanda por petróleo pela retomada das atividades na China, após o país sofrer os impactos iniciais devidos ao coronavírus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mercado doméstico, as vendas caíram 31%, para R$ 33,7 bilhões. Com a queda abrupta no preço do querosene de aviação, diesel e gasolina tiveram maior relevância, correspondentes a mais da metade dessas vendas.

Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 33% quando comparado ao 1º trimestre, chegando aos R$ 25 bilhões. O tombo do Brent, a alta volatilidade do mercado de óleo e gás e a contração da demanda global, que levou à redução nas margens de óleo e derivados, explicam esse encolhimento.

"Também contribuíram para esse resultado despesas relacionadas ao provisionamento dos planos de demissão voluntária (R$ 4,8 bilhões) e despesas com hedge (R$ 2,7 bilhões)", disse a empresa.

Endividamento e caixa

A Petrobras informou que mantém R$ 106,6 bilhões em caixa e equivalentes de caixa em meio à crise da pandemia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia captou R$ 30 bilhões no 2º trimestre para fortalecer a sua posição de liquidez, além de gerar caixa operacional de R$ 29,3 bilhões que, somados a desinvestimentos de R$ 866 milhões, serviram para pagar dívidas antecipadamente, realizar investimentos e amortizações.

A geração operacional caiu 16% no trimestre em relação ao início do ano, principalmente devido ao menor preço do Brent e a menores produção e vendas, como consequência da pandemia.

O fluxo de caixa livre da empresa caiu forte em comparação aos primeiros meses do ano: 41%, para R$ 15,775 bilhões.

O choque global forçou a empresa a interromper a desalavancagem — processo de redução da relação dívida/patrimônio. A relação dívida líquida/Ebitda, em dólar, aumentou no 2º trimestre em relação ao trimestre inicial do ano de 2,15x para 2,34x.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda assim, a dívida líquida decresceu US$ 8 bilhões no primeiro semestre do ano, evidenciando que não houve queima de caixa, e caiu 2,6% em relação ao 1º trimestre, para R$ 71,2 bilhões.

Mercado estável

A empresa afirmou que não está realizando hedge das exportações de petróleo atualmente, pois vê que o mercado se encontra mais estável.

As operações de hedge de petróleo foram essenciais para garantir margem positiva à companhia quando o mercado estava muito volátil, e a Petrobras disse que poderá retomar essa prática se julgar necessário.

Reação leve

O ADR da Petrobras, recibo de ação negociada nos Estados Unidos, tem reação leve aos resultados até o momento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O papel opera em queda de 0,44%, para US$ 9,04, na bolsa de Nova York.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar