Lava Jato 71 mira trading da Petrobras e operador financeiro ligado a Lobão
PF identificou os titulares de contas no exterior em nome de empresas offshores, por meio das quais, profissionais do mercado paralelo de câmbio realizavam transferências bancárias internacionais para a realização de ‘dólar-cabo’
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta, 18, a Operação Sem Limites II, fase 71 da Lava Jato, para apurar crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo a área de Trading da Petrobras, que cuida da compra e venda de petróleo, óleos combustíveis e derivados.
Entre os suspeitos de participação nos crimes estadão um operador financeiro ligado ao ex-senador e ex-Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o irmão dele e quatro doleiros.
Cerca de 40 policiais federais cumpriram 14 ordens judiciais no Rio de Janeiro - 12 mandados de busca e apreensão e dois ofícios para obtenção de dados telemáticos. Foram apreendidos R$ 84 mil, 11 mil dólares e 9 mil euros, em espécie, além de obras de arte, mídias, pendrives, computadores e celulares.
As ordens foram expedidas pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal em Curitiba, que determinou ainda o bloqueio de até R$ 17 milhões dos envolvidos pelo prejuízo identificado até o momento.
Segundo a PF, após análise de materiais apreendidos na 57ª Fase da Lava Jato, a 'Sem Limites' - deflagrada em dezembro de 2018 - , e do resultado de pedidos de cooperação jurídica internacional, 'foram identificados novos indivíduos que auxiliavam e integravam a organização criminosa estruturada no sentido de lesar a Petrobras, especialmente em sua área de trading, onde são realizados negócios de compra e venda de petróleo, óleos combustíveis e derivados, dentre outros, junto a empresas estrangeiras e que são destinadas às atividades comerciais da estatal'.
"As investigações puderam identificar vários doleiros que atuavam até 2018 no mercado paralelo de câmbio e auxiliavam na remessa de valores de propina que eram pagos pelos intermediários no exterior para agentes públicos corruptos no Brasil", informou a corporação.
Leia Também
A PF identificou os titulares de contas no exterior em nome de empresas offshores, por meio das quais, profissionais do mercado paralelo de câmbio realizavam transferências bancárias internacionais para a realização de 'dólar-cabo'.
"A suspeita é de que parte dos valores de propina tinham como objetivo o pagamento de intermediários políticos para a manutenção de certos empregados públicos em funções gerenciais estratégicas da Petrobrás, como a de Gerência Executiva de Marketing e Comercialização, onde se realizavam as operações de trading", informou a PF em nota.
De acordo com o Ministério Público Federal, o operador financeiro ligado a Lobão intercedia em nome dele para que funcionários apadrinhados fossem alçados e mantidos nesses cargos estratégicos para o desenvolvimento dos esquemas de corrupção e propina na área comercial da estatal, especialmente no comércio externo de asfalto e de produtos escuros (como fuel oil, bunker e determinados tipos de refinery feedstocks).
As apurações caminham para precisar o montante total de recursos ilícitos recebidos pelo operador financeiro investigado, já havendo indícios, segundo o MPF, de que as cifras alcançariam a casa dos milhões de dólares.
Além do operador financeiro ligado ao ex-ministro, também são alvos das medidas de busca e apreensão seu irmão, que o auxiliaria no recebimento das vantagens indevidas, e quatro doleiros responsáveis pela internalização de ao menos US$ 1,9 milhão em recursos ilícitos no Brasil por meio de operações financeiras ocorridas entre outubro de 2011 e agosto de 2016. Dois deles teriam sido utilizados pelo próprio operador financeiro e outros dois teriam agido para um ex-trader de produtos escuros da Petrobras à época lotado no escritório de Houston, no Texas, que hoje colabora com as investigações.
Com a palavra, Edison Lobão
Até a publicação desta matéria, a reportagem não obteve contato com a defesa do ex-ministro Edison Lobão. O espaço permanece aberto a manifestações
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor