Dólar ajuda e atrapalha Klabin no terceiro trimestre
Moeda americana eleva vendas no período, mas pesa em suas despesas financeiras e no endividamento

A Klabin (KLBN11) fechou o terceiro trimestre com crescimento de 25% da receita líquida, graças ao aumento no volume de vendas totais e a desvalorização do real, que beneficiou as exportações. Mas esse bom desempenho não foi capaz de fazer com que a última linha do balanço fechasse positiva, prejudicada principalmente pela linha financeira.
A fabricante de papel e celulose encerrou o período de julho a setembro com perda de R$ 191,2 milhões. No mesmo período do ano passado, ela teve lucro líquido de R$ 207,4 milhões, beneficiada por um crédito fiscal extraordinário de R$ 620 milhões.
A receita líquida subiu de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,1 bilhões. A Klabin observou no período uma forte aceleração da demanda em setores afetados pela crise da covid-19, como materiais de construção e alguns mercados de bens duráveis. O volume de suas vendas, excluindo madeira, somou 910 mil toneladas, aumento de 14% em base anual, com crescimento em todas as suas linhas de negócios.
“Aliado ao seu ótimo desempenho operacional, o posicionamento comercial da Klabin para o atendimento tanto desses mercados quanto aos de primeira necessidade, como alimentos e higiene e limpeza, impulsionaram os resultados da companhia no período”, diz trecho do relatório.
A desvalorização do real ante o dólar também ajudou a Klabin no período, beneficiando as exportações e as vendas de celulose, cuja receita é atrelada à moeda americana, inclusive no mercado doméstico. O reajuste de preços realizado nas linhas de papéis e embalagens para o mercado interno também elevou a receita líquida.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 12%, para R$ 1,2 bilhão, com a margem caindo de 56% para 40%. Excluindo o crédito extraordinário do balanço de 2019, o Ebitda ajustado subiu 59%.
Leia Também
O dólar dá, o dólar tira
A moeda americana foi umas das responsáveis pela despesa financeira líquida permanecer elevada. Mesmo recuando 14% ante o apurado no terceiro trimestre de 2019, a despesa continuou no patamar dos bilhões, somando R$ 1,1 bilhão.
A desvalorização do real gerou efeito negativo na linha de variação cambial líquida em R$ 547 milhões do período, devido ao impacto no endividamento em dólar da Klabin. Isso também afetou o valor de marcação a mercado de swap de taxas de juros.
Outro fator que afetou a linha financeira foi o recuo de 89% da receita, para R$ 63 milhões, com menor remuneração das aplicações financeiras e de atualização de créditos tributários devido à redução das taxas de juros tanto no mercado interno como no mercado externo.
O endividamento líquido da Klabin em 30 de setembro somou R$ 21 bilhões, crescimento de R$ 248 milhões em relação ao verificado no final do segundo trimestre, por conta da variação do câmbio sobre a dívida em dólar. A alavancagem financeira da companhia, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado em dólares aumentou de 3,6 vezes para 4,0 vezes.
O caixa e as aplicações financeiras da companhia encerraram o trimestre em R$ 7,8 bilhões, redução de R$ 2 bilhões em relação ao final do segundo trimestre. Segundo a companhia, essa redução é explicada majoritariamente pelo pré-pagamento de dívida realizado no trimestre. O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 600 milhões. Excluídos dividendos e gastos com projetos de expansão, ele somou R$ 1,7 bilhão.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre