CVC cai mais de 4% após ter prejuízo de R$ 1,15 bilhão no primeiro trimestre
Pandemia derruba receita e provoca despesas não recorrentes no período
Depois de adiar por diversas vezes a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a CVC apresentou na quarta-feira à noite (30) o balanço. Na ocasião, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,15 bilhão, revertendo o lucro de R$ 50,1 milhões apurado no mesmo período de 2019.
O mercado reagiu negativamente aos números. Por volta das 10h51, as ações (CVCB3) caíam 4,53%, a R$ 15,40. Até o fim do dia, porém, a CVC reduziu as perdas, fechando em queda de 2,60%, a R$ 15,71.
O desempenho foi duramente afetado pela pandemia de covid-19. A receita caiu 18%, na mesma base de comparação, para R$ 397 milhões, de acordo com as normas contábeis. A empresa também apresentou números no critério pro forma, ajustado para contemplar operações adquiridas ao longo de 2019, para facilitar a comparação anual. Nesse caso, a receita caiu 36%, para R$ 289,6 milhões.
Os números pro forma mostram que as reservas confirmadas para viagens caíram 31,1%, para R$ 3,27 bilhões, e as reservas totais recuaram 24%, para R$ 3,74 bilhões.
A covid-19 também gerou despesas não recorrentes que acabaram afetando o lucro líquido do primeiro trimestre. A maior delas foi a baixa contábil (“impairment”) de R$ 637,5 milhões feita no valor de empresas adquiridas, principalmente na Argentina, por conta da redução das operações da companhia e as perspectivas quanto à retomada do setor de viagens. Uma empresa precisa realizar o chamado “impairment” quando avalia que vai demorar para recuperar o valor investido em um ativo num horizonte de cinco a dez anos.
Outras despesas não recorrentes também prejudicaram a CVC no primeiro trimestre, como a reversão de créditos fiscais diferidos, no valor de R$ 302,7 milhões, e a constituição de uma provisão para devedores duvidosos (PDD), de R$ 64,7 milhões, por conta dos cancelamentos de viagens e aumento da inadimplência de clientes em função da crise econômica provocada pela pandemia.
Leia Também
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai cerca de 5% na bolsa
Estes fatores fizeram o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cair 90,5%, para R$ 12,5 milhões.
A CVC destacou que a geração de caixa operacional no primeiro trimestre foi de R$ 331 milhões, acima do R$ 1 milhão do mesmo período de 2019. A dívida líquida pro forma somou R$ 1,94 bilhão, alta de 34,7%, e a alavancagem financeira – medida que mostra quantos anos a empresa levaria para pagar sua dívida líquida usando sua geração de caixa – subiu de 2,33 vezes para 4,09 vezes. Em termos contábeis, a dívida e a alavancagem fecharam o período em R$ 1,50 bilhão e 3,17 vezes, respectivamente.
A companhia de turismo atrasou a divulgação dos resultados do primeiro trimestre por conta da pandemia, que forçou uma revisão da demonstração financeira, e por ajustes feitos no desempenho de anos anteriores depois de constatar irregularidades contábeis, com distorções na contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos.
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
