O BNDES aceitou a proposta da AES Corp. por uma fatia da geradora AES Tietê, embolsando R$ 1,27 bilhão. A AES apresentou oferta por 18,5% da Tietê, do total de 28,41% detido pelo banco de fomento por meio da BNDESPAR.
O grupo americano assumiu o compromisso de fazer a migração da geradora do Nível 2 para o Novo Mercado. O movimento, segundo a Tietê, "ajudaria a amenizar parte das críticas recentes recebidas pelo acionista sobre direito dos preferencialistas".
A previsão é de que mudança aconteça dentro de seis meses. É uma resposta a uma das questões que ficaram evidentes na negociação pela venda da fatia do BNDES.
A primeira proposta para a AES Tietê foi realizada pela Eneva, no fim de fevereiro. Mas a empresa encontrou resistência do grupo da AES Corp, que já detinha 24,35% do capital total e 61,6% das ações ON.
Os norte-americanos disseram que não reconheceriam a operação caso fosse aprovada em uma assembleia de acionistas - o que poderia acontecer, conforme as regras no Nível 2 da bolsa.
Com receio de uma longa e incerta disputa judicial, a Eneva retirou a oferta pela companhia, mas voltou à disputa após posicionamento da B3 pelo direito ao voto de quem detinha ações preferenciais.
De todo modo, a perspectiva de disputas que alongassem o destino da negociação pesaram para que o BNDES aceitasse a proposta da AES Corp.