A AES Tietê (TIET11) anunciou nesta sexta-feira (18) um plano de reorganização societária, que resultará na criação de uma holding e a migração da companhia para o Novo Mercado, segmento de governança mais elevado da B3.
A proposta prevê que a absorção da companhia pela AES Brasil Energia, uma sociedade não operacional que é atualmente subsidiária integral da AES Tietê e que passará a ser a holding controladora.
Todos os acionistas da AES Tietê se tornarão acionistas da AES Brasil Energia e manterão o percentual atual de participação na nova companhia. A americana AES, por exemplo, permanecerá com a mesma fatia, de 42,85% no capital social.
Como o Novo Mercado permite apenas empresas com ações ordinárias, foi calculada uma relação de troca para as ações ordinárias e preferenciais da AES Tietê, que formam também units.
Nesse sentido, está sendo proposto que sejam atribuídas, para cada cinco ações de emissão da AES Tietê, preferenciais ou ordinárias, uma ação ordinária de emissão de AES Brasil Energia, de forma que cada unit – constituída por quatro ações preferenciais e uma ação ordinária – seja representada por uma nova ação ordinária de emissão da AES Brasil Energia.
Segundo a companhia, a relação de troca foi definida visando a manutenção das cotações por ações atualmente negociadas na B3.
A AES Tietê informou que a operação vai permitir ampliar a capacidade de crescimento, ao liberar uma maior alavancagem financeira, uma vez que somente os ativos que estiverem sob controle da AES Tietê ficarão limitados ao atual teto de 3,85 vezes da relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês).
“Além dos 3,85 vezes, os novos projetos poderão ser desenvolvidos em SPEs [Sociedade de Propósito Específico] sob controle comum da atual AES Tietê, permitindo um endividamento de até 80% em tais sociedades”, diz trecho do comunicado.
A reorganização ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da AES Tietê e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).