🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Alta volatilidade

Em janeiro, ganhou quem se protegeu: enquanto a bolsa apanhava, dólar e ouro se destacaram

Em mês de tensões no Oriente Médio e coronavírus na China, investimentos de proteção, como dólar e ouro, ocupam o topo do ranking ao lado do bitcoin; ações e fundos imobiliários aparecem na lanterna

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de janeiro de 2020
19:51 - atualizado às 10:43
Dólar e ouro
Imagem: Shutterstock

Janeiro parecia interminável, mas finalmente, entre mortos e feridos, chegamos ao dia 31. Neste longo primeiro mês do ano, os mercados foram marcados por forte volatilidade, decorrente de uma série de acontecimentos que encheram os investidores de incertezas. Com isso, os melhores investimentos do mês foram o bitcoin e as duas principais proteções do mercado - dólar e ouro - enquanto os ativos de risco amargaram retornos negativos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em janeiro, os mercados monitoraram fatores de risco que, até o fim do ano passado, não estavam no radar. O mês começou com escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã, após um ataque americano no Iraque que matou o principal líder militar persa.

Depois que a coisa deu uma esfriada, foi a vez do surgimento de uma nova variedade de coronavírus na China, que começou a se espalhar em grande velocidade, ameaçando prejudicar a atividade econômica do país asiático.

No Brasil, as ações sofreram fortes oscilações de preços. Só para você ter uma ideia, o Ibovespa chegou a bater um novo recorde, fechando acima dos 119 mil pontos pela primeira vez na história, mas terminou o mês em queda de 1,63%, aos 113.760 pontos.

Mas os fundos imobiliários, que viram um rali no fim do ano passado, sofreram ainda mais, fechando em queda de 3,76%, a maior desvalorização do mês.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Diante de tantas incertezas, investidores em todo mundo buscaram proteção no dólar e no ouro, que tiveram as maiores altas entre os investimentos tradicionais.

Leia Também

O real, entretanto, sofreu mais do que seus pares emergentes, e a cotação da moeda americana por aqui chegou ao seu maior valor nominal de todos os tempos: R$ 4,28 no mercado à vista.

Já o bitcoin correu por fora e fechou janeiro com uma disparada de 38,34%, o melhor desempenho de todos os ativos que o Seu Dinheiro acompanha.

Os melhores investimentos de janeiro de 2020

Haja coração (e estômago)!

Janeiro não foi um mês para os fracos de coração. A bolsa brasileira começou o ano com o pé direito, com alta de mais de 2% e um novo recorde, fechando acima dos 118 mil pontos pela primeira vez. Dali em diante, foi uma tremenda montanha-russa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os mercados alimentavam expectativas positivas em relação à assinatura do acordo de primeira fase entre EUA e China, que traria uma trégua à guerra comercial, grande fonte de incertezas de 2019.

Mas antes que o aperto de mãos entre americanos e chineses pudesse ocorrer, os EUA orquestraram um ataque no Iraque que matou o principal líder militar do Irã, o general Qassem Suleimani, despertando a ira dos persas, que prometeram vingança.

Os mercados sacudiram, mas acabou que o revide do Irã foi mais fraco do que se esperava, e a reação de Donald Trump, apenas elevando sanções econômicas ao país, foi considerada amena. Isso despressurizou um pouco os mercados globais.

Entretanto, por aqui o Ibovespa também reagia negativamente a dados econômicos piores do que o esperado, como o recuo da atividade industrial em novembro ante outubro e a inflação de 2019 acima da meta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Passadas as tensões entre EUA e Irã, os mercados tiveram uma semana de alívio para comemorar a assinatura da primeira fase do acordo comercial entre chineses e americanos e reagir a dados econômicos positivos divulgados pela China.

Mas não o câmbio. Este continuou pressionado no Brasil, pois por aqui foram divulgados dados decepcionantes do setor de serviços e do varejo em novembro.

Coronavírus

Já as duas últimas semanas do mês foram marcadas pela apreensão diante do surgimento de uma nova variedade de coronavírus na China, que começou a se espalhar rapidamente pelo país.

O temor é que o vírus, que provoca uma infecção grave do trato respiratório e é transmitido pelo ar, restrinja a circulação de pessoas e mercadorias a ponto de impactar negativamente a economia chinesa e, consequentemente, o PIB mundial neste ano. Algumas instituições financeiras já estão revisando para baixo suas perspectivas de crescimento para 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As bolsas do mundo inteiro sofreram, e o dólar avançou globalmente. Por aqui, tivemos ainda o fator extra de que a bolsa brasileira é repleta de ações de empresas que exportam principalmente para a China e que têm grande peso no Ibovespa.

Para completar, a doença começou a se disseminar justamente às vésperas do ano novo lunar, feriado de uma semana durante o qual os mercados chineses ficam fechados.

Numa situação como essa, os investidores globais acabam usando os ativos brasileiros para se proteger contra o risco de emergentes, já que que eles têm alta liquidez, contribuindo para aumentar a volatilidade por aqui, tanto no câmbio quanto na bolsa.

Até agora, o coronavírus já infectou quase 10 mil pessoas no mundo todo, sendo quase 150 fora da China. Mais de 200 pessoas morreram, todas no gigante asiático. Já houve casos confirmados inclusive nos EUA e na Europa, e há suspeitas no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda não sabemos qual vai ser o desfecho dessa história, mas a variação dos preços das ações tem sido forte. Por exemplo, no dia 23 de janeiro, o Ibovespa fechou acima dos 119 mil pontos pela primeira vez, um novo recorde. Até então, acumulava alta de 3,36% no mês. Porém, o índice terminou janeiro em queda de 1,63%.

O pregão de ontem (30) também foi icônico. O principal índice da bolsa passou o dia em em baixa e chegou a cair 2,22% no seu pior momento, mas deu uma arrancada na reta final e acabou fechando em alta de 0,12%, indo dos 112.825,49 aos 115.528,04 na mesma sessão.

Ativos de risco caíram e proteções subiram

Vale lembrar que tanto as ações quanto os fundos imobiliários tiveram um forte rali em dezembro sem mudança aparente de fundamentos que justificasse tal arrancada, o que levou o Ibovespa e o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) a dispararem.

Assim, havia espaço para um ajuste negativo nos preços desses ativos, principalmente num cenário de aversão a risco global como o que tivemos em janeiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao mesmo tempo, a situação contribuiu para que os investidores corressem para os ativos vistos como reserva de valor - dólar e ouro - a fim de se proteger das incertezas.

O ETF SPDR® Gold Shares, maior ETF com lastro em ouro físico do mundo e negociado em Nova York, apontou uma alta de 4,32% do metal precioso em dólar.

Já o dólar à vista subiu 6,81%, fechando em R$ 4,2850, maior cotação da história, e o dólar PTAX - calculado pelo Banco Central a partir das taxas praticadas no mercado - subiu 5,93%, terminando o mês em R$ 4,2689.

Aqui no Seu Dinheiro, nós recomendamos que o investidor sempre tenha uma pequena parcela do capital em proteções como ouro e dólar, justamente para esses momentos de grandes incertezas, para reduzir as perdas da carteira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Correndo por fora, o bitcoin avançou 38,34% em reais e 32,40% em dólares. Em maio ocorre o famigerado halving, evento que acontece de quatro em quatro anos e reduz a oferta de novos bitcoins no mercado, tendendo a valorizá-lo.

Mas ainda não sabemos se o bitcoin pode também estar desempenhando função de reserva de valor, servindo como uma espécie de proteção em momentos de aversão a risco global. Fato é que, se o considerarmos no nosso levantamento, ele foi o campeão do ranking dos melhores investimentos do mês.

Juros não se abalaram com a alta do dólar

Na renda fixa, a poupança e os investimentos conservadores atrelados à Selic continuam com retornos modestos diante de uma Selic a 4,5% ao ano.

E o mercado parece estar mesmo apostando em um novo corte de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que ocorre na semana que vem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os juros de curto e médio prazo não se abalaram pelos avanços da moeda americana, que costumam pressionar as taxas para cima, e recuaram em janeiro, valorizando os títulos prefixados e atrelados à inflação com esses vencimentos mais próximos. Só os juros mais longos viram alguma alta, desvalorizando os títulos atrelados à inflação de prazos maiores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar