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IPO: conheça as ciladas e saiba como lucrar com as novatas da bolsa

O maior problema do IPO para os pequenos investidores é a assimetria de informação. De um lado estão os atuais donos da companhia e os banqueiros coordenadores da oferta. Do lado oposto, estamos nós, os investidores, que precisamos decidir se vale a pena, ou não, investir na empresa.

24 de julho de 2020
5:23 - atualizado às 16:03
Ilustração relaciona IPO a casamento
IPO representa uma espécie de "casamento" das empresas com investidores na bolsa - Imagem: Pomb

Com o Ibovespa se aproximando da máxima histórica, muitas companhias têm aproveitado para emplacar as suas tentativas de IPO (oferta pública inicial de ações).

Se você não entende muito bem essa relação entre bolsa em alta e o número de IPOs, lembre-se que o Ibovespa próximo às máximas significa euforia, o que permite às novatas venderem as suas ações por preços elevados.

Sob a ótica do nosso mercado de capitais, essa é uma excelente notícia, já que o número de companhias listadas é justamente uma das alavancas para o seu desenvolvimento. Mais companhias atraem mais investidores, que têm mais alternativas para investir. Mais investidores atraem ainda mais companhias, pois há mais dinheiro na mesa, e assim o ciclo segue se retroalimentando.

Aliás, vale a pena mencionar que nos Estados Unidos só a Nasdaq e a NYSE têm juntas mais de 5 mil companhias listadas, enquanto no Brasil esse número não passa de 600. 

Mas e sob a perspectiva dos investidores? Será que investir em IPOs é uma boa?

O seu maior inimigo

O maior problema do IPO para os pequenos investidores é a assimetria de informação. 

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De um lado estão os atuais donos da companhia e os banqueiros coordenadores da oferta.

Nem preciso dizer que o interesse dos donos é vender as ações da companhia pelo maior valor possível, não é? Interesse esse que é compartilhado pelos bancos, já que a sua comissão também depende do preço das ações. 

Do lado oposto, estamos nós, os investidores, que precisamos decidir se vale a pena, ou não, investir na empresa. 

Para basear a nossa decisão, temos à disposição algumas informações presentes em um documento chamado prospecto. O problema é que, além de conter dados limitados aos últimos três anos, adivinha quem elabora o tal do prospecto: sim, os mesmos banqueiros que vão ganhar comissão. 

Sabendo disso, você acredita mesmo que os verdadeiros riscos para a tese de investimento estarão descritos no documento da oferta?

"Quem vai vender as ações?"

Infelizmente, não existe uma bala de prata para decidir se vale ou não a pena investir em IPOs. Se alguém disser que existe, desconfie...

Os resultados estão melhorando, a dívida é "pagável", as perspectivas são boas e os múltiplos estão de acordo com o potencial das ações?

Essas perguntas são importantes mas todo mundo já sabe disso. 

Por isso, eu gosto de lembrar de uma outra que normalmente é deixada de lado: "quem vai vender as ações que eu estou comprando na oferta?"

É a companhia (oferta primária) que está vendendo essas ações para usar o dinheiro em novos investimentos, ou os atuais acionistas (oferta secundária) que decidiram vender a sua participação na sociedade?

Pode até parecer um detalhe, mas não é!

Se o negócio é tão bom – como normalmente os bancos descrevem nos prospectos –, por que os donos atuais optariam por vender a sua participação?

Será que eles estão querendo apenas colocar uma grana no bolso depois de tanto trabalho dedicado ao desenvolvimento da empresa até que ela chegasse à bolsa?

Ou será que eles acreditam que o futuro dela já não é mais tão promissor e decidiram vender suas ações?

Ou, pior, a companhia é uma porcaria, mas maquiou os números do prospecto para ficar mais bonita aos olhos dos investidores e permitir a saída dos atuais acionistas por preços interessantes? 

Nunca teremos como saber. Mais uma vez, é a assimetria de informação jogando contra nós. 

Por esse motivo, sempre fique com um pé atrás quando as ofertas são majoritariamente secundárias.

A oferta é normalmente bem mais nobre quando é primária. Nesse caso, os antigos donos não vendem as suas ações. Quem faz isso é a própria companhia e todo o "dinheiro novo" vai direto para o seu caixa.

Além de ela poder utilizar os recursos para realizar algum investimento ou quitar dívidas caras, não deixa de ser positivo o sinal de que os antigos donos pretendem continuar firmes no negócio. 

Não será a sua única chance

Outra dica que eu gosto de dar é: tenha paciência!

Às vezes eu tenho a impressão que muita gente decide entrar em um IPO porque acha que, se não comprar naquele momento, nunca mais terá essa oportunidade. 

Mas isso é um equívoco.

Um exemplo relativamente recente foi o caso da Centauro (CNTO3), que apesar da promessa de transformação digital que levaria a companhia para outro patamar, ainda apresentava resultados bastante erráticos e prejuízo na época do seu IPO. 

A sugestão para os assinantes da Empiricus foi de não participar da oferta até que os resultados começassem a mostrar os primeiros sinais de virada.

Fonte: Google

Durante um bom tempo as ações ficaram de lado. Mas quando os resultados começaram a mostrar uma melhora sólida, entraram na carteira do Palavra do Estrategista e renderam ótimos lucros aos assinantes. 

Novas, sim. Melhores, não

Outro erro comum dos investidores é pensar que as companhias que estão em processo de IPO são melhores porque são mais novas.

Pode reparar: o seu interesse pela companhia que vai estrear na próxima semana é muito maior do que outra que já está listada há décadas. 

"Ruy, esquece Banco do Brasil, cara! Esse daí já é velho na bolsa. Tem empresa novinha no pedaço". 

É como se essas estreantes fossem um carro zero quilômetro, e as veteranas um usado acabado.

Isso não faz o menor sentido!

As novatas não pagam mais dividendos, não tem resultados melhores, e não apresentam um melhor potencial de valorização só porque estrearam há menos tempo.

Na verdade, o que normalmente acontece é que esse interesse todo acaba deixando as ações de IPOs caras, o que costuma se transformar em um péssimo negócio para quem participou do processo.

Agulha no palheiro

Antes que você fique frustrado, deixo claro que alguns IPOs valem muito a pena. Mas eu garanto que isso é mais uma exceção do que uma regra. 

Para ajudar a encontrar essas agulhas no palheiro, na Empiricus trazemos uma análise completa de cada um dos IPOs e distribuímos para os todos assinantes de cada um dos produtos – desde os básicos até os premium. 

Quando encontramos alguma oportunidade nessas ofertas, sugerimos a participação. Aliás, nesta semana indicamos a participação em um IPO que vai acontecer em breve de uma companhia com grande potencial de crescimento. 

Além desta, já existem cerca de vinte outras empresas na fila para tentar emplacar suas ofertas. 

Quer receber em primeira-mão a nossa opinião sobre cada uma delas e as outras que ainda estão por vir? 

É só escolher qualquer um dos planos disponíveis a partir de R$ 5 e participar quando for sugerido.

Um grande abraço e até a próxima!

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