Gosta de dividendos? Tome cuidado com esse indicador ‘infalível’
Depois da queda de mais de 30% do Ibovespa e de várias das suas ações, muitas das companhias que já eram boas pagadoras de proventos atingiram níveis excelentes de dividend yield. A questão é: será que essas ‘vacas leiteiras’ da bolsa terão o que distribuir depois da crise?
Se existe uma categoria de empresas que sempre chama a atenção dos investidores é a de boas pagadoras de dividendos – também conhecidas como vacas leiteiras.
Sabe por quê?
Ao receber gordos dividendos de uma empresa os investidores dependem menos da valorização das ações para colocarem algum rendimento no bolso.
Se a maré está boa, ganha-se com a valorização das ações mais o "pinga-pinga" dos proventos.
Se a maré está ruim, o valor das ações tende a cair. Mas os rendimentos continuam sendo pagos, amenizando as perdas da marcação a mercado ou, em alguns casos, até anulando essas desvalorizações.
Turbinando o rendimento
Uma maneira de medir o potencial de uma empresa pagar dividendos é através do indicador conhecido como "dividend yield". Ele mede a relação entre o montante anual que a companhia proporciona na forma de dividendos aos seus acionistas e o preço de uma ação.
Por exemplo, se uma empresa distribuiu R$ 5 de dividendos por ação no ano e os papéis estão cotados a R$ 100, o dividend yield será de 5%.
Quanto maior o dividend yield, maior rentabilidade do investidor.
Existem algumas maneiras de turbinar esse yield para que o investidor tenha rendas ainda melhores.
A primeira – e mais óbvia – acontece quando a empresa passa a pagar mais dividendos do que antes. Isso acontece, por exemplo, quando o lucro dela aumenta e ela decide distribuir essa grana extra aos seus acionistas.
Uma outra situação na qual o dividend yield é turbinado ocorre quando o preço da ação despenca. Se, por exemplo, o preço daquela mesma ação cai de R$ 100 para R$ 50 e os dividendos são mantidos intactos, o yield dobra e sobe para 10%.
E é justamente sobre esse ponto que eu gostaria de chamar a sua atenção.
A grande armadilha
Depois da queda de mais de 30% do Ibovespa e de várias das suas ações, muitas das companhias que já eram boas pagadoras de proventos atingiram níveis excelentes de dividend yield.
Esses rendimentos parecem ainda mais atrativos quando nos lembramos que a taxa Selic está abaixo dos 4%.
Não é à toa que muita gente têm voltado a investir pesado na Bolsa com o argumento de que os dividendos elevados na comparação com o preço das ações já seriam suficientemente interessantes para justificar a compra delas.
Essa tese até faz sentido, o problema é que a maioria dos caçadores de yields estão cometendo um erro perigosíssimo.
Eles estão comprando ações de muitas empresas que distribuíram dividendos polpudos nos últimos anos, mas que, infelizmente, não serão capazes de pagar um centavo de proventos aos seus acionistas em 2020 – e talvez nem em 2021 –, tamanho será o impacto da quarentena em seus resultados.
Baseados nos dividendos pagos em 2019, muitos acionistas vão se decepcionar com os rendimentos recebidos neste e nos próximos anos.
Por isso, antes de colocar o seu suado dinheiro nas ações com elevado dividend yield, é crucial escolher as empresas certas, que atravessarão a crise com resultados pouco afetados e que manterão a capacidade de oferecer uma renda recorrente elevada aos seus acionistas.
Essa certamente não é uma tarefa trivial, pois exige muito estudo do que acontecerá com cada uma das companhias listadas e com seus respectivos setores de atuação.
Felizmente, o Sergio Oba já realizou um estudo minucioso e traz para você a lista com as melhores Vacas Leiteiras para investir em 2020. Essas empresas estão prontinhas para trazer ótimos rendimentos mesmo que a Bolsa não ajude.
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