Pica-Pau nas cataratas e o rali na bolsa
Enquanto fala sobre as belezas das Cataratas do Niágara, o guarda do parque relata o impulso de alguns turistas por uma prática altamente perigosa: descer as cataratas em um barril.
O Pica-Pau, que nem de longe é o melhor exemplo de respeito às autoridades, logo corre para pegar um barril e se lançar na cachoeira. Ao tentar impedi-lo, quem cai na água é o guarda.
Esse é basicamente o roteiro e a única piada do genial episódio do desenho animado, que eu apresentei aos meus filhos durante a quarentena aqui em casa. Quem não conhece pode encontrá-lo no YouTube.
Correr riscos faz parte da natureza do Pica-Pau, que no final (quase) sempre se dá bem. Mas o que dizer do comportamento dos pequenos investidores na crise do coronavírus?
Contra todos os alertas, eles se lançaram sem freios na bolsa, muitas vezes comprando as ações daquelas empresas mais afetadas pela crise, como a das companhias aéreas.
Mas quem acabou descendo as cataratas foram os tubarões do mercado, que venderam esses mesmos papéis nas mínimas e ficaram de fora do rali sem precedentes da bolsa nas últimas semanas.
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A vida real, é claro, não é um desenho animado. Mas o sinal das autoridades de que podem despejar dinheiro ilimitado para conter os efeitos do coronavírus na economia pode dar a sensação de que não há perigo em se jogar nas cataratas (com ou sem barril).
Por isso é grande a expectativa para a reunião de amanhã do Fed, o principal responsável pela injeção de coragem que tomou conta dos investidores. Saiba tudo o que mexeu com a bolsa e com o dólar nesta terça-feira na cobertura do Victor Aguiar.
Recuperação em V
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Cuidado no topo da montanha
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