O Ibovespa é “descolado”. E isso não é um elogio
Antes de começar a escrever esta newsletter, perguntei aos meus filhos o significado da gíria “descolado”. Nem o André nem a Helena souberam responder, mas chutaram que devia ser uma pessoa que não ia à escola.
No meu tempo — eu já cheguei naquela idade em que posso falar “no meu tempo” —, alguém descolado era esperto e descontraído. Em uma forma menos usual, “descolar” também podia ser o equivalente a pedir algo, mas de um jeito “descolado” (me descola uma cerveja?).
O mercado financeiro adota o termo no sentido mais literal. Ou seja, a bolsa está descolada quando reage de modo diferente dos demais mercados. Isso pode ser bom quando as ações lá fora estão caindo e aqui o sinal é de alta.
Mas quando falamos e escrevemos nas reportagens aqui do Seu Dinheiro que o Ibovespa está descolado do desempenho no exterior, geralmente essa é uma má notícia.
No acumulado deste ano, o principal índice da bolsa acumula queda de 15,7%. Em dólar, o tombo é ainda maior e beira os 40%, o que coloca o Brasil na lanterna entre os principais mercados de ações globais.
No pregão desta sexta-feira, o Ibovespa ficou novamente no vermelho enquanto as bolsas em Nova York tiveram mais um dia de alta. Mas apesar de mais um descolamento, o saldo da semana até que foi positivo para o mercado brasileiro, como mostra o Felipe Saturnino.
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MERCADOS
• Depois de Toro e Rico, o BTG Pactual também aderiu à corretagem zero. O banco anunciou que zerou as taxas de corretagem para operações de ações no módulo "Day Trade" e que vai reduzir custos para todos os clientes.
• O momento mais difícil para empresas com planos de abrir capital na B3 foi assunto da edição de hoje do podcast Touros e Ursos. Eu e Julia Wiltgen comentamos ainda a complicada equação em torno do financiamento do Renda Cidadã. Você pode assistir no YouTube ou ouvir no Spotify.
ECONOMIA
• O governo quer abrir um cardápio de opções para a privatização dos Correios por meio de um projeto de lei. Mas a ideia é seguir um modelo “filé com osso”, segundo Martha Seillier, do Ministério da Economia. Veja o que a secretária quis dizer nesta entrevista.
• A inflação acelerou em setembro e atingiu o maior resultado para o período desde 2003. O IPCA subiu 0,64% no mês passado, segundo o IBGE, ficando acima das projeções do mercado. Confira o que pesou no indicador.
EMPRESAS
• O céu ainda não é de brigadeiro, mas as condições de voo estão melhorando para a Gol. A companhia aérea tem se sentido confiante após ampliar a sua oferta de voos para outubro. As ações da empresa reagiram bem ao anúncio.
• As mudanças no plano de recuperação da Oi levaram a agência de risco S&P a considerar a empresa “caloteira". A nota de crédito da operadora foi rebaixada de “CC” para “SD”, o equivalente a um calote seletivo.
• A Linx rebateu as críticas da Totvs por decidir submeter apenas a proposta de compra feita pela Stone aos acionistas. Para a administração da Linx, a oferta da Totvs não atende aos interesses da companhia. Entenda a troca de farpas.
• Velocidade máxima? O bilionário Elon Musk quer lançar um foguete capaz de entregar armas e munições em qualquer lugar do mundo para o exército norte-americano em até uma hora. Os testes devem começar em 2021.
COLUNISTAS
• Na newsletter da manhã, a Marina Gazzoni informou você da criação da holding Universa, que reúne a Empiricus e a gestora e corretora Vitreo. Mas será que esse negócio é bom mesmo? O próprio Felipe Miranda traz para você todos os detalhes da parceria.
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