Balança mas não cai?

Caro leitor,
Embora a pandemia global de coronavírus ainda esteja longe de ser debelada - pelo menos com os dados e tratamentos que temos até o momento - o mercado começou a semana menos pessimista.
Itália, Espanha e o estado de Nova York - três localidades críticas de disseminação da doença - mostraram, no fim de semana, o que pode ser o início de uma desaceleração no número de casos e mortes pela Covid-19. Isso levou os mercados mundiais a operarem em forte alta nesta segunda-feira.
Mas por aqui, o tempo quase fechou no meio da tarde. Uma notícia dando conta de que Bolsonaro demitiria hoje o ministro da Saúde Henrique Mandetta levou o Ibovespa a desacelerar os ganhos.
Essa não foi a única tensão de Brasília a ser monitorada pelos mercados hoje, mas certamente foi a mais relevante, até porque a guerra fria entre o presidente e seu ministro já vem de algum tempo.
Enquanto Bolsonaro defende que as medidas de quarentena comecem a ser relaxadas para reduzir o impacto na economia, Mandetta se coloca a favor das orientações internacionais e defende as medidas de isolamento social.
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Mas apesar do impacto negativo que essas medidas devem ter na economia, a popularidade de Mandetta está em alta, e isso parece estar incomodando o presidente. Os números de casos e óbitos causados pelo coronavírus no Brasil ainda sobem. Hoje, o país chegou a 553 mortes e pouco mais de 12 mil casos confirmados.
Até agora não houve confirmação ou desmentido oficial sobre a demissão de Mandetta. Se o ministro balança mas não cai, eu não sei. Mas quem balançou e não caiu foi mesmo o Ibovespa, que se recuperou no fim do pregão e fechou com ganho de 6,52%, aos 74.072,98 pontos, como conta o Victor Aguiar.
Antes do que você pensa
O fundo Verde, do lendário Luis Stuhlberger, teve um mês para esquecer em março. Ainda assim, a Verde Asset está otimista quanto à recuperação dos preços dos ativos. Em relatório, a gestora afirmou que a retomada será mais rápida “do que muitos imaginam”. O fundo sustenta uma posição comprada em ações americanas. O Vinícius Pinheiro te conta todos os detalhes sobre a estratégia do Verde.
Premiê na UTI
O coronavírus chegou até a cúpula do governo britânico no dia 27 de março, quando o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que havia testado positivo para a doença. À época, disse que havia desenvolvido sintomas leves, mas, no domingo, teve de ser internado. Hoje, Johnson deu entrada na UTI de um hospital em Londres, segundo comunicado oficial.
Abrindo a caixa de ferramentas
O Banco Central resolveu ampliar ainda mais o seu arsenal contra a crise nesta segunda. Entre as medidas anunciadas estão a restrição à distribuição de dividendos e ao aumento de salários pelos bancos e a concessão de crédito para essas instituições com cobrança de Selic + 0,6% por ano. Também estão nesse rol uma linha de crédito especial para micro e pequenas empresas e a ampliação do limite por titular da captação bancária via DPGE, um tipo de depósito coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Mais 15 dias
O governador João Doria esticou o prazo da quarentena no estado por mais 15 dias, até 22 de abril. Serviços essenciais permanecerão abertos, mas a recomendação é para que as pessoas fiquem em casa o máximo de tempo possível. Doria também anunciou uma medida para impedir as aglomerações de pessoas durante o período de isolamento. Confira os detalhes na matéria do Kaype Abreu.
Sem condições
A Anfavea, associação que reúne os fabricantes de automóveis, divulgou um dado que já mostra o peso do coronavírus na economia real: as montadoras do país registraram o menor volume de produção para um mês de março dos últimos 16 anos. O presidente da entidade disse, porém, que ainda “não há condições” de revisar as projeções de produção para 2020, mas que espera uma “queda substancial” das vendas no mês de abril.
É um bear market, entende?
Tem gente por aí doida por ver uma luz no fim do túnel, esperando que essa crise acabe logo. Ou então, batendo na tecla de que este é o momento para encher o carrinho com ativos baratos, cujos preços devem se recuperar em breve. Mas para o nosso colunista Felipe Miranda, é como se esses investidores não estivessem vendo que o comportamento dos mercados desde o fim de fevereiro não se trata de uma simples correção, mas de um bear market, e isso muda tudo. Vale a pena ler!
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