🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

A diversificação certa para escapar dos riscos que você nem sabe que existem

Sua carteira deve ter um pouco de tudo, mas nas proporções corretas. Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco

25 de agosto de 2020
5:47 - atualizado às 14:38
homem na tempestade, vento
Imagem: Shutterstock

Em fevereiro de 2012, o então Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, enquanto concedia uma coletiva de imprensa, proferiu algumas palavras que, à época, acabaram soando confusas e engraçadas, mas que, na verdade, carregavam grande sabedoria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na ocasião, Rumsfeld declarou: “[…] because as we know, there are known knowns; there are things we know we know. We also know there are known unknowns; that is to say we know there are some things we do not know. But there are also unknown unknowns—the ones we don't know we don't know […]”.

Donald Rumsfeld, ex-secretário de defesa dos Estados Unidos
Donald Rumsfeld, ex-secretário de defesa dos Estados Unidos

Basicamente, traduzindo e resumindo o racional, o secretário elenca três tipos de conhecimento: i) os que sabemos que sabemos; ii) os que sabemos que não sabemos; e iii) os que não sabemos que não sabemos.

Por mais que soe um pouco bizarro, eu mesmo já tive a oportunidade de trazer o terceiro tipo de conhecimento apresentado para esta coluna algumas vezes no passado, fato que já reflete minha admiração pela ideia.

Fui recordado do exemplo pela carta aos cotistas da Squadra, divulgada no último final de semana. Segundo a gestora, ao se referir aos impactos da pandemia em suas diferentes facetas e derivadas de primeira, segunda e terceira ordem, a equipe foi obrigada a revisar sua carteira inteira "dada a gravidade do choque e a probabilidade de surgimento de vários riscos desconhecidos (unknown unknowns')”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De fato, a amplitude e a profundidade dos novos paradigmas criados pela pandemia alteram a rotina cotidiana e geram novos horizontes sobre temas políticos, econômicos e sociais. Os principais desdobramentos, contudo, só conseguirão ser devidamente observados em horizontes dilatados de tempo, trazendo alterações estruturais nos setores e nas empresas. Tais transformações podem ser vistas como tendo sido proporcionadas por um “unkown unkowns” – a pandemia em si.

Leia Também

A ideia aparece em Taleb também sob a tese dos “cisnes negros”, eventos de alto impacto e imprevisíveis a priori — por sinal, justamente pelo fato de serem imprevisíveis, tais acontecimentos acabam proporcionando grandes alterações nos preços dos ativos, em um movimento de grande nova precificação, como o sell off de fevereiro e março.

Em um ambiente tão incerto, diversificar seus investimentos torna-se imperativo — seguindo o racional não só de Taleb, mas de outros gigantes do mundo dos investimentos, como Ray Dalio, Howard Marks e até a própria carta da Squadra.

Não quero que o leitor aqui entenda a diversificação como algo abstrato e que todo mundo já conhece, até mesmo porque os dados mostram que a maior parte dos investidores, especialmente os mais novos, por mais que conheçam o conceito de diversificação, tendem a concentrar mais do que deveriam suas carteiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aliás, isso é uma das grandes deficiências do investidor de varejo usual. Tendem a diversificar menos suas carteiras do que deveriam, muitas vezes até de maneira profundamente prejudicial. Isso se agrava diante dos famosos “unknown unknowns” ou “cisnes negros”.

Não defendo aqui uma diversificação vazia e infinita, como a teoria talebiana poderia propor por meio do Barbell Strategy, mas, sim, uma pensada e equilibrada. Além disso, não devemos limitar nossa diversificação ao portfólio de ações. A abordagem deve contemplar a carteira completa, de maneira holística. Isto é, pensar em diversificar entre classes de ativos também.

Devemos trabalhar sempre com distribuições de probabilidades, as quais, como a Squadra colocou em sua carta aos cotistas, “[…] embora continuem mais dispersas do que o habitual, não se encontram tão inclinadas para cenários apocalípticos como estiveram há alguns meses. Podem, inclusive, ser mais propensas para o lado positivo no curto e médio prazo, dados possíveis ‘overshoots’ de políticas estimativas."

Ou seja, devemos posicionar nosso portfólio diversificando-o entre classes e levando em consideração a distribuição de probabilidades associadas aos possíveis cenários futuros. No caso, podemos até ponderar uma carteira mais construtiva, ao menos marginalmente, quando comparada com a posição que estruturamos em março ou abril de 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Exemplo prático: a Bolsa dos Estados Unidos está cara?

Há quem argumente que sim. Vale destacar que o movimento de subida dos preços foi acompanhado de uma expansão monetária sem precedentes. Vide abaixo a desenvoltura da Bolsa americana (vermelho) versus a evolução do balanço de ativos do Banco Central americano, o Fed (azul).

Paralelamente, a alta dos preços em função do afrouxamento quantitativo também é acompanhada de um achatamento ainda maior dos yields (retornos) em renda fixa; ou seja, a renda fixa, que já rendia pouco por questões estruturais (demografia e tecnologia), agora rende ainda menos por fatores conjunturais.

Note abaixo o Earnings Yield do S&P 500, um dos principais indicadores de ações nos EUA. O Earnings Yield é o inverso do múltiplo de preço sobre lucro e que costuma ser analisado por meio da subsequente subtração do juro da treasury de 10 anos.

Grosso modo, relativamente à renda fixa (ao risk-free global, mais precisamente), a Bolsa americana ainda não está impeditiva, mesmo que aparente estar cara por outros múltiplos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Custo de oportunidade é o nome do jogo.

Considerando os ensinamentos de Marks, "o risco é a coisa mais importante”.  O melhor gerenciador de risco é a diversificação. E, como diria Taleb, X não é f(X) — X é a realidade e f(X) é sua exposição à tal concretude. 

Ter um pouco de Bolsa americana não nos impede de ter proteções clássicas (metais, como ouro e prata, e moedas fortes), um pouquinho de investimentos alternativos (criptomoedas e crédito de carbono), Bolsa brasileira e renda fixa (local e internacional), sem falar dos investimentos imobiliários no Brasil e no mundo (FIIs e REITs).

Sua carteira deve ter um pouco de tudo, mas nas proporções corretas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Na Empiricus, a maior casa de análise independente para o varejo da América Latina, desenvolvemos diversos produtos que ajudam o investidor pessoa física a investir como os profissionais, levando em consideração tudo que falei acima. Parece difícil, mas não é.

Na série best-seller Palavra do Estrategista, Felipe Miranda, nosso estrategista-chefe e sócio fundador, fornece suas melhores ideias de investimento quinzenalmente. Com a assinatura, você conseguirá construir de maneira bastante robusta um portfólio completo e diversificado da maneira correta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FALTA INTEGRIDADE?

Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta

16 de setembro de 2025 - 16:41

Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro

SINAL VERDE

Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo

16 de setembro de 2025 - 15:39

A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026

MERCADOS HOJE

Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell

16 de setembro de 2025 - 15:31

Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos

FIIS HOJE

FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância

16 de setembro de 2025 - 13:03

O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11

COM O CARRINHO CHEIO

TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes

16 de setembro de 2025 - 8:55

Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí

FÍSICO OU DIGITAL

Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?

16 de setembro de 2025 - 7:15

Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger

INVESTIMENTO PASSIVO

Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais

15 de setembro de 2025 - 19:15

Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana

15 de setembro de 2025 - 8:18

Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro

FUNDAMENTOS POSITIVOS

Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”

13 de setembro de 2025 - 12:32

Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem

UM NOVO DONO

TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII

12 de setembro de 2025 - 16:11

Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar

MUITA CAUTELA

Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?

12 de setembro de 2025 - 10:29

Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)

12 de setembro de 2025 - 7:54

Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país

IBOVESPA PARA QUEM?

Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa

11 de setembro de 2025 - 18:40

Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa

DE OLHO NA ‘GRANDE BATALHA’

TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal

11 de setembro de 2025 - 17:07

Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino

AS MAIS POPULARES

Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual

11 de setembro de 2025 - 16:22

Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway

CONSTRUÇÃO CIVIL

Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes

11 de setembro de 2025 - 15:33

O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)

MERCADOS HOJE

Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja

11 de setembro de 2025 - 13:29

Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic

RECICLANDO O PORTFÓLIO

Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro

11 de setembro de 2025 - 12:14

Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas

CORRIDA LOGÍSTICA

GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa

10 de setembro de 2025 - 16:32

Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário

OBRAS NA CAPITAL PAULISTA

Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes

10 de setembro de 2025 - 14:29

Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar