2,5 milhões de investidores na Bolsa, e ninguém percebeu isso
O crescimento é avassalador e até que enfim estamos acompanhando uma tendência global de sofisticação dos investimentos para as pessoas físicas, o financial deepening.
Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early).
Na semana passada, eu e o Rodolfo Amstalden fizemos um trabalho em equipe para apresentar um plano de aposentadoria investindo a partir de R$ 150 por mês.
Hoje, vou comentar sobre as oportunidades que devem surgir como consequência dessa enxurrada de novos investidores na Bolsa.
É bastante gente
Nessa semana, a B3 (a Bolsa brasileira) divulgou sua prévia operacional do mês de maio.
Entre os números publicados estava a quantidade de investidores pessoa física cadastrados na plataforma.
Nos últimos 12 meses saímos de 1,4 milhão de investidores para 2,5 milhões. É bastante gente.
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Como também tivemos acesso por outras publicações da B3, sabemos que esse número cada vez maior de investidores está comprando de tudo: renda fixa, fundos imobiliários e, claro, ações.
O crescimento é avassalador e até que enfim estamos acompanhando uma tendência global de sofisticação dos investimentos para as pessoas físicas, o financial deepening.
Quando eu comecei a estudar o mercado financeiro, por exemplo, éramos apenas 500 mil investidores.
As consequências disso tudo eu tenho certeza que você consegue imaginar sozinho… maior demanda por educação financeira, produtos financeiros de maior qualidade, transparência de informações e acessibilidade (tickets mais baixos para o grande público) e por aí vai.
Mas, logo abaixo do número total de investidores, tinha uma outra informação que passou despercebida por quase todo mundo: o número de empresas listadas.
Fazendo mais, com menos
Nos mesmos 12 meses, a quantidade de empresas listadas na B3 diminuiu. Passamos de 393 para 391 empresas.
Nos EUA - apenas uma comparação ilustrativa - existem mais de 6 mil empresas listadas.
Isso significa que cada vez mais investidores estão sendo forçados a investir nas mesmas empresas.
É anedótico que os últimos anos tenham sido marcados por mais captações de recursos por empresas já listadas (operações de follow on) do que em IPOs, com novas empresas vindo à Bolsa.
Neste cenário, a aritmética não me deixa mentir...
É óbvio quem veio primeiro...
Diferente do ovo e da galinha, aqui é muito fácil saber quem veio primeiro.
São cada vez mais investidores, negociando cada vez mais dinheiro, num número cada vez menor de empresas.
Assim, ou os valuations terão que subir, ou teremos uma enxurrada de novas empresas vindo à Bolsa nos próximos anos.
Quanto à primeira hipótese, certamente já estamos vendo algo nesse sentido. Principalmente antes do coronavírus, muitas empresas tradicionais e há muito listadas negociavam com prêmio sobre seus múltiplos históricos.
Para citar algumas: a Porto Seguro chegou a negociar a 14x lucros estimados para os 12 meses seguintes, contra uma média em torno de 11x nos últimos 5 anos.
A queridinha do varejo nacional, as Lojas Renner, chegaram (e já voltaram) para os 32-34x lucros, muito acima dos 23x lucros médios nos últimos 5 anos.
E existem vários outros casos que eu poderia continuar acrescentando à lista, mas o argumento está claro.
Nenhuma árvore cresce até o céu; nem mesmo a árvore cujas raízes são o humor inabalável dos novos investidores.
Por isso, acredito que - normalizada a situação do coronavírus - teremos uma enxurrada de empresas vindo à Bolsa.
Muitas serão oportunistas que querem apenas captar dinheiro fácil, a múltiplos exorbitantes, num mercado sedento por novas alternativas.
Mas algumas oferecerão oportunidades excelentes de investimento - casos que poderão compor a sua carteira de investimento para a aposentadoria.
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