3 passos para sobreviver à crise atual no mercado
Um investidor inteligente com educação financeira se concentra menos no que não pode ser controlado — o preço, por exemplo — e mais no que pode ser controlado, como as taxas de juros fixas e as taxas de retorno.

A última depressão teve um impacto profundo na vida do meu pai pobre. Ele foi para a universidade, estudou muito e realizou seu conto de fadas, conseguiu um emprego estável como professor. Ele se sentiu seguro no quadrante E (Empregado). O problema é que seu conto de fadas se transformou em um pesadelo quando ele perdeu o emprego e depois perdeu suas economias da aposentadoria ao seguir conselhos financeiros ruins. Se não fosse o Seguro Social, ele teria ficado com sérios problemas financeiros.
A última depressão também teve um impacto profundo na vida do meu pai rico. Ele sabia que seu futuro estava nos quadrantes D (Dono) e I (Investidor) e, embora nunca tenha sido um estudante acadêmico de destaque, ele era um aluno muito astuto de educação financeira. Quando a economia se recuperou, seu QI financeiro estava bem preparado e sua vida e negócios decolaram. Seus sonhos se tornaram realidade.
Então, como uma pessoa comum como você sobrevive a essa crise? Aqui estão três coisas que você pode fazer agora para estar protegido lá na frente.
Você trabalha por qual tipo de receita?
Quando criança, sempre achei interessante que o meu pai rico não gostasse da renda tradicional — a renda obtida via trabalho assalariado. Ele costumava dizer: "O pior conselho que você pode dar ao seu filho é de estudar para conseguir um emprego bem remunerado".
A razão pela qual ele dizia isso não era porque ele era contra os estudos — ele era contra ensinar seus filhos a passar a vida trabalhando por uma renda tradicional, comum. A maioria das pessoas que eu conhecia sonhava com empregos bem remunerados e com muita renda tradicional. Meu pai rico dizia: "Ensinar as pessoas a passar a vida trabalhando para obter renda comum é como ensinar alguém a ser um escravo muito bem pago por toda a vida".
O que permitiu que eu e Kim fôssemos capazes de nos aposentar cedo foi o fato de termos trabalhado duro para criar negócios e comprar imóveis. Esse plano nos permitiu trabalhar cada vez menos e ganhar cada vez mais. Não trabalhamos por dinheiro. Trabalhamos duro para construir, comprar ou criar ativos, como meu pai rico havia aconselhado. Não estávamos interessados em empregos bem remunerados ou aumentos salariais. Não estávamos interessados em trabalhar em um emprego sem muita capacidade de alavancagem ou trabalhar por um dinheiro que teve sua alavancagem reduzida em 50%. Para nós, isso não era inteligente e, a longo prazo, era muito mais arriscado.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Quando o mercado entrou em crise em 2008, nós estávamos preparados porque tínhamos criado um negócio e tínhamos ativos geradores de fluxo de caixa positivo. Nossa receita não estava atrelada a um emprego sobre o qual não tínhamos controle algum.
Você vai precisar de renda passiva e de um portfólio para sobreviver a uma crise no mercado. Quanto antes você aprender a adquirir renda passiva e um portfólio, mais adiantado você estará na sua trajetória para a liberdade financeira.
São esses pontos que ensino no meu Programa de Renda Passiva Semanal, que você pode conhecer acessando esta página exclusiva.
Mercado imobiliário
Com todas essas más notícias, pode ser difícil imaginar que existam boas notícias por aí. Mas existem sim, como por exemplo as taxas de juros atuais nos Estados Unidos sobre imóveis. No Brasil, a taxa Selic, definida pelo Banco Central, também está em patamares historicamente baixos — no início de maio, o BC reduziu os juros para 3% ao ano.
Muitas pessoas me perguntam no que eu estou investindo e fico feliz em informar que eu e Kim estamos investindo em imóveis. O motivo? Taxa de juros.
As taxas de hipoteca mantiveram-se estáveis, perto de níveis historicamente baixos, em grande parte devido a "preocupações contínuas de mercado e emprego". Traduzindo: a maioria das pessoas tem medo, então a demanda é baixa. Em um esforço para impulsionar a demanda, os bancos estão praticamente distribuindo dinheiro para atrair compradores.
A maioria das pessoas tem medo de comprar imóveis, apesar das baixas taxas de juros, por causa da incerteza dos impactos econômicos devido ao coronavírus e à volatilidade do mercado acionário.
Mas é tolice basear seu investimento nos caprichos dos preços de mercado, especialmente quando ele é tão imprevisível. Pessoalmente, gosto de obter o preço mais baixo possível, mas o que mais me preocupa não é o preço, mas o retorno. Com as taxas de juros tão baixas, há toneladas de grandes negócios nessa economia.
Um investidor inteligente com educação financeira se concentra menos no que não pode ser controlado — o preço, por exemplo — e mais no que pode ser controlado, como as taxas de juros fixas e as taxas de retorno.
É prudente que os investidores aproveitem as taxas baixas e de longo prazo nos investimentos e se preocupem menos com os ajustes temporários de preço. Se o acordo estiver acertado, atender aos seus requisitos de retorno e você tiver a capacidade de acionar o gatilho, agora é a hora.
Não invista em ganhos de capital. Invista no fluxo de caixa.
Ouro e prata
Por que economizar dinheiro quando o governo está imprimindo moeda e reduzindo as taxas de juros, no caso dos EUA para zero ou menos? Décadas atrás, a história era diferente, mas, hoje, economizar dinheiro é uma idéia obsoleta, porque os poupadores são perdedores. Uma estratégia melhor é focar em maneiras de fazer o seu dinheiro trabalhar para você.
Uma opção: coloque-se no seu próprio padrão ouro ou prata. Mantenha moedas e barras de ouro e prata reais escondidas (legalmente) e fora do alcance do sistema bancário. Em outras palavras, não economize dinheiro "de mentira" e não invista em ativos "de mentira".
Como já disse antes, o dólar perdeu 95% de seu poder de compra desde 1971. Toda vez que o Fed faz suas manobras — relacionadas ao afrouxamento quantitativo e à política de taxa de juros zero — meu ouro e prata aumentam em valor.
Muitos acreditam que o dólar não sobreviverá. Espero que, em alguns anos, haja outra reunião global e o dinheiro mude. Então todos esses dólares que você está economizando podem se tornar inúteis. Lembre-se que o ouro e a prata estavam aqui quando a Terra foi formada e ainda estarão aqui muito tempo depois que os humanos — e nosso dinheiro "de mentira" e nossos sistemas bancários "de mentira" — se forem.
Seu maior ativo é o seu cérebro
Há uma crescente pilha de evidências de que aprendemos melhor fazendo (como participando de jogos) do que ouvindo ou lendo (palestras e livros).
Esta é a razão pela qual eu e Kim desenvolvemos nosso jogo de tabuleiro CASHFLOW®. Acreditávamos tanto no poder do jogo, na forma de aprendizagem e na demanda por esse modelo que decidimos criar um produto que atendesse a essa necessidade.
Com o CASHFLOW, adotamos as regras simples do jogo Banco Imobiliário e aplicamos as complexidades dos cenários de investimento e os efeitos dos mercados. No Banco Imobiliário, você joga apenas contra outros jogadores. No CASHFLOW, você joga contra outros jogadores, os mercados e até a natureza.
O objetivo do jogo é simples: escapar da roda dos hamsters que é o seu trabalho diário, das 9h às 18h, usando uma variedade de estratégias de investimento para criar um arsenal de ativos para ajudar a impulsioná-lo para o caminho mais rápido, onde a riqueza real é construída. Cada vez que você joga, há diferentes cenários de investimento e você aprende algo novo.
No processo, você aprende as lições valiosas que meu pai rico me ensinou sobre dinheiro, bem como as lições que aprendi ao longo de uma carreira de investimento e criação de grande riqueza.
Se você quer sobreviver na economia de hoje, precisa jogar o jogo.
Abraço!
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts
Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado
A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027
Tony Volpon: O Fed e as duas economias americanas
Um ressurgimento de pressões inflacionárias ou uma fraqueza inesperada no mercado de trabalho dos EUA podem levar a autarquia norte-americana a abortar ou acelerar o ciclo de queda de juros