Mais de 300 mil pessoas físicas entraram na bolsa desde o início da pandemia; B3 agora tem 2 milhões de CPFs
Desde o fim de 2018, número de CPFs cadastrados na B3 saltou de 700 mil para 2 milhões; somente no primeiro trimestre de 2020, 400 mil pessoas físicas entraram na bolsa, mais da metade de todo o ano passado.

O investidor pessoa física brasileiro não se deixou abater pela pandemia de coronavírus que derrubou os mercados no início deste ano. Segundo a B3, desde o início da pandemia, em março, mais de 300 mil pessoas físicas começaram a investir na bolsa, seja em ações, ETFs (fundos de índice), fundos imobiliários ou BDRs (recibos de ações).
Apenas no mês de março - quando o Ibovespa despencou quase 30% e tivemos as negociações de ações paralisadas seis vezes pelo acionamento do circuit breaker - foram 223 mil novos CPFs na B3, aos quais se soma uma estimativa entre 80 mil e 100 mil CPFs ingressantes em abril (os dados do mês ainda não estão fechados).
Com isso, a B3 atingiu a histórica marca de 2 milhões de CPFs no mês passado. Os números fazem parte de um levantamento divulgado nesta terça (19) pela B3, em teleconferência com jornalistas e analistas. Os dados levam em consideração apenas ativos negociados no mercado à vista, não incluindo derivativos, futuros ou termo.
Disparada no último ano
Desde o início de 2019, o número de investidores na B3 subiu como nunca antes na história. Até então, a quantidade de CPFs permanecia mais ou menos estável em 500 mil, com um leve aumento para 700 mil em 2018.
Mas em 2019, o número de pessoas físicas dobrou para 1,4 milhão. E apenas nos três primeiros meses deste ano, a bolsa ganhou 400 mil novos CPFs, mais da metade do que em todo o ano passado.
Até o fim de março, a bolsa tinha 1,9 milhão de CPFs, dos quais 1,7 milhão investia em ações e 790 mil, em fundos imobiliários. Neste último mercado, por sinal, o número de investidores pessoas físicas cresceu 283% desde o fim de 2018.
Leia Também

A bolsa atribui essa maior participação das pessoas físicas, mesmo em tempos de crise, à queda na Selic vista nos últimos anos - que empurrou os brasileiros para investimentos mais arriscados e capazes de gerar maiores retornos -, mas também à proliferação de conteúdo on-line sobre educação financeira e investimentos, tanto na imprensa tradicional quanto nas redes sociais (por meio de influenciadores) e nas próprias corretoras.
Nem os momentos de mais forte volatilidade intimidaram as pessoas físicas. Segundo Tarcísio Morelli, diretor de Inteligência de Mercado da B3, nos dias de circuit breaker em março foi possível ver forte movimento comprador de ações por parte das pessoas físicas.
“Essa atração de novos investidores é importante, porque as pessoas físicas trazem resiliência para o mercado financeiro, pois elas ficam com as ações por um tempo considerável”, diz Morelli.
Ele explica que há uma ideia de que as pessoas físicas fazem muitas operações de curto prazo, como day-trade (compra e venda de um ativo no mesmo dia), mas que na verdade os dados mostram que os investidores fazem coisa de uma operação por mês. “Os movimentos são pouco recorrentes”, diz.
Embora não opere toda hora, porém, o investidor pessoa física também não é “paradão”. Em 2018, em média 200 mil pessoas físicas faziam ao menos uma operação por mês, cerca de 30% dos 700 mil cadastrados; em março de 2019, a média de pessoas físicas que negociavam mensalmente chegou a 1,3 milhão, 70% de 1,9 milhão de cadastrados.
Investidor está bem mais jovem, mas ainda é predominantemente masculino
Em termos de faixa etária, o perfil das pessoas físicas na bolsa mudou completamente e ficou muito mais jovem. Segundo os dados divulgados pela B3, em 2013, 56% dos investidores pessoas físicas tinham mais de 60 anos, 24% tinham entre 40 e 59 anos e apenas 19% tinham entre 25 e 39 anos.
A participação dos mais jovens foi aumentando paulatinamente ao longo do tempo até que a faixa etária entre 25 e 39 anos se tornasse a maior, com 49% dos CPFs em março de 2020.
Os maiores de 60 anos hoje são apenas 23%, e aqueles com idades entre 40 e 59 anos caíram levemente para 18%. A faixa etária mais jovem, entre 19 e 24 anos, tornou-se relevante o suficiente para aparecer nas estatísticas, compondo 10% do total de CPFs.

Já a proporção entre os gêneros praticamente não mudou com o passar dos anos, mesmo com toda essa movimentação de pessoas físicas na bolsa. Desde 2013, data do dado mais antigo da pesquisa, as mulheres são apenas cerca de um quarto dos investidores.
Pequeno, mas diversificado
Os investidores pessoas físicas também vêm mostrando que esse negócio de investir na bolsa não é “coisa de rico”. O saldo investido mediano da pessoa física na bolsa vem caindo com os anos: de R$ 20 mil por pessoa em 2017, caiu a R$ 14 mil em 2019 e R$ 8 mil em março de 2020.
O valor mediano do primeiro aporte também vem caindo. Até o final de 2018, ficava acima de R$ 3 mil; a partir de 2019, começou a ficar abaixo de R$ 2 mil. Em março, a mediana do primeiro investimento ficou em R$ 1.622. E dos 223 mil investidores que ingressaram na B3 naquele mês, 30% tiveram um primeiro aporte de valor inferior a R$ 500.

A pessoa física também está diversificando mais. Em 2016, por exemplo, 78% dos investidores tinham apenas ações na carteira. Hoje, esse percentual caiu para 54%.

O percentual de pessoas com apenas um ativo na carteira caiu, no mesmo período, de 39% para 22%. Já o percentual de pessoas com mais de cinco ativos subiu de 21% para 42%.
A B3 considera que cada ticker (código) é um ativo. Por exemplo, a ação ordinária da Petrobras (PETR3) é um ativo, e a preferencial (PETR4) é outro. Assim, cada código de ação, ETF, BDR ou FII no mercado à vista é considerado.

A diversificação não se limita a quem tem maior saldo investido. Quase 70% dos investidores com saldo de até R$ 10 mil reais na bolsa detêm mais de um ativo, sendo que 26% chegam a ter mais de cinco ativos.
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas