Ibovespa opera em alta, impulsionado pela Petrobras e pelo salto no petróleo
O Ibovespa opera em alta nesta quinta-feira, beneficiado pela forte valorização do petróleo. Novos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, aumentam ainda mais a percepção de que um acordo entre sauditas e russos para pôr fim à guerra de preços da commodity está a caminho
Após duas sessões em baixa, o Ibovespa consegue respirar nesta quinta-feira (2). O índice brasileiro abriu em alta e chegou a avançar mais de 4% no melhor momento do dia, ajudado pela valorização do petróleo e pelo salto das ações da Petrobras.
Por volta de 16h30, o Ibovespa avançava 1,66%, aos 72271,07 pontos, após bater os 73.861,00 na máxima (+4,08%). No exterior, as bolsas da Europa fecharam com um leve viés positivo e os índices dos Estados Unidos apenas flutuam perto da estabilidade.
No câmbio, o dólar à vista tem uma sessão pouco movimentada: no mesmo horário, subia 0,06%, a R$ 5,2657, buscando novas máximas — lá fora, a divisa americana tem oscilações reduzidas em relação às demais divisas de países emergentes.
- Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica por trás dos mercados acionários nesta quinta-feira. Veja abaixo:
O motor por trás da alta do Ibovespa é a Petrobras: as ações ON da estatal (PETR3) disparavam 11,12%, enquanto os papéis PN (PETR4) tinham ganho de 9,93%. Tudo isso por causa da forte valorização do petróleo, com o WTI (+24,67%) e o Brent (+21,02%) fechando em forte alta.
A commodity já vinha ganhando terreno desde o início da sessão, impulsionada por uma declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, dizendo acreditar que Rússia e Arábia Saudita chegarão a um acordo para encerrar a guerra de preços do petróleo.
Os ganhos decorrentes dessa fala, no entanto, eram muito mais tímidos, com o WTI e o Brent subindo cerca de 6% nesta manhã. A nova onda de valorização ocorreu somente após uma nova fala de Trump, desta vez no Twitter, reforçado a percepção de que um acordo entre sauditas e russos está cada vez mais próximo:
Leia Também
"Acabei de falar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, que conversou com o presidente Putin, da Rússia, e eu espero e acredito que eles vão cortar [a produção de petróleo] em cerca de 10 milhões de barris, talvez muito mais", escreveu Trump, há pouco. "Se isso acontecer, será ótimo para a indústria de petróleo e gás".
Apesar de o salto de mais de 20% nas cotações da commodity ser expressivo, vale ressaltar que os níveis de preço ainda estão relativamente baixos, na faixa entre US$ 25 e US$ 30 o barril — em abril do ano passado, o petróleo era negociado na faixa entre US$ 60 e US$ 70 o barril.
De qualquer maneira, trata-se de um estímulo importante e um alívio bem vindo num dos focos de tensão dos investidores nos últimos dias.
Cautela com o coronavírus
Apesar da injeção de ânimo no mercado de commodities, fato é que os investidores continuam bastante receosos quanto aos desdobramentos do surto de coronavírus para a economia global. No mundo todo, já são mais de 900 mil contaminados e quase 50 mil mortos por causa da doença.
Nesse contexto, novos dados decepcionantes do mercado de trabalho nos EUA redobram a cautela dos agentes financeiros, evidenciando o impacto da pandemia sobre o nível de atividade do país.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 28 de março dispararam para 6,648 milhões, quase o dobro dos 3,341 milhões registrados na semana anterior. É um novo recorde histórico e um número muito acima das projeções do Wall Street Journal, de 3,1 milhões.
O dado piorou o humor nas bolsas globais, fazendo as praças da Europa e dos Estados Unidos aprofundarem as perdas. Por aqui, o ânimo gerado pelo petróleo ainda é soberano, mas tem força limitada por causa do pessimismo externo.
Juros em baixa
No mercado de juros futuros, o dia é ajustes negativos na ponta mais curta. Com mais um sinal de que a economia global será fortemente afetada pelo surto de coronavírus, os investidores aumentam as apostas em um novo corte na Selic e na manutenção das taxas em patamares mais baixos por um período prolongado:
- Janeiro/2021: de 3,24% para 3,22%;
- Janeiro/2022: de 4,21% para 4,09%;
- Janeiro/2023: de 5,39% para 5,45%;
- Janeiro/2025: de 6,97% para 6,98%.
Top 5
Além da Petrobras, outros papéis de empresas exportadoras, como Suzano ON (SUZB3) e as units da Klabin (KLBN11), também aparecem na ponta positiva do Ibovespa, beneficiados pelo patamar mais elevado do dólar à vista.
As ações de companhias aéreas, como Gol PN (GOLL4) e Azul PN (AZUL4), se recuperam das perdas expressivas de ontem. Veja abaixo as maiores altas do índice no momento:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| PETR3 | Petrobras ON | 15,79 | +11,12% |
| PETR4 | Petrobras PN | 15,72 | +9,93% |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | 21,36 | +8,32% |
| RENT3 | Localiza ON | 25,63 | +8,14% |
| CVCB3 | CVC ON | 10,11 | +7,55% |
Confira também as maiores quedas do Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| COGN3 | Cogna ON | 3,63 | -6,20% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | 4,37 | -6,02% |
| CYRE3 | Cyrela ON | 12,33 | -4,86% |
| YDUQ3 | Yduqs ON | 20,66 | -4,79% |
| ECOR3 | Ecorodovias ON | 8,66 | -4,42% |
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
