🔴 É HOJE, ÀS 12H: COMPRAR OU VENDER VALE3? ASSISTA AO VIVO

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Cautela persistente

Tensões no Oriente Médio seguem no radar e Ibovespa engata a terceira queda consecutiva

Ainda pressionado pelo clima de cautela envolvendo Estados Unidos e Irã, o Ibovespa acompanhou as bolsas americanas e teve mais um dia negativo. O dólar fechou em leve alta, permanecendo em R$ 4,06

Victor Aguiar
Victor Aguiar
7 de janeiro de 2020
18:34
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O noticiário externo continua pautando os mercados financeiros, com as tensões entre Estados Unidos e Irã ditando o ritmo das negociações mundo afora. E, sem saber os possíveis desdobramentos desses atritos, o Ibovespa e as demais bolsas globais seguem na defensiva.

Nesta terça-feira (7), o principal índice acionário do Brasil fechou em queda de 0,18%, aos 116.661,94 pontos. Com isso, o Ibovespa engatou a terceira queda consecutiva — uma sequência que não era vista desde setembro do ano passado.

O dado chama a atenção, mas não quer dizer que haja pânico nos mercados financeiros do país. Afinal, o Ibovespa acumulou baixas de 1,61% nos três últimos pregões, uma perda que não chega a assustar — ainda mais ao lembrarmos que o índice estava na máxima histórica no dia 2, aos 118.573,10 pontos.

Mas, por mais que o saldo não seja amplamente negativo, também não é prudente desprezar essas quedas e considerá-las um mero "um movimento de correção". Há motivos de sobra para os investidores terem cautela.

E, é claro, grande parte da prudência vem do exterior, com a escalada nas tensões no Oriente Médio. Desde a semana passada, quando uma ação militar dos EUA resultou na morte de Qassim Suleimani, principal general do exército do Irã, a tensão tomou conta da região — e esse clima contaminou os mercados.

O que poderá acontecer nos próximos dias? Um conflito militar entre os dois países é iminente? Como as demais nações árabes reagirão à postura dos Estados Unidos? Uma grande guerra se desenha no horizonte?

Essas dúvidas provavelmente persistirão por algum tempo. E, enquanto não há respostas mais concretas para tais questionamentos, os agentes financeiros preferem agir com cuidado, tanto no Brasil quanto no exterior.

Lá fora, o dia também foi de perdas no Dow Jones (-0,42%), no S&P 500 (-0,28%) e no Nasdaq (-0,03%). Na Europa, as principais praças acionárias assumiram um tom misto, divididas entre perdas e ganhos.

Nervosismo

Por aqui, os agentes financeiros mostraram-se particularmente preocupados, uma vez que o Irã convocou a representante da embaixada brasileira no país para prestar esclarecimentos — o Itamaraty divulgou uma nota dizendo apoiar a luta contra o terrorismo.

"Isso gera preocupação, especialmente para as empresas que exportam para o Oriente Médio", diz Sabrina Cassiano, analista da Necton Investimentos. "Ainda que o Irã não seja um país relevante para a balança comercial, o mercado fica atento para possíveis desdobramentos".

Nesse contexto, o dólar à vista também teve um dia de estresse, com intensa volatilidade. No pior momento da sessão, a divisa chegou a subir 0,73%, a R$ 4,0924, mas, no fechamento, avançou apenas 0,04%, a R$ 4,0646 — a quarta alta consecutiva.

Aguardando os próximos capítulos

Lá fora, contudo, os investidores tentaram colocar os nervos no lugar. Após dias bastante tensos, a percepção é a de que, por enquanto, a escalada nos atritos têm se restringido ao campo da retórica, sem ações concretas de ambas as partes.

Nesse cenário, as bolsas mundiais até conseguiram ter uma sessão mais amena, sem grandes oscilações. E, no mercado de commodities, o petróleo fechou em baixa, devolvendo parte dos ganhos recentes: o Brent caiu 0,93% e o WTI recuou 0,90%.

Dólar instável

No mercado de câmbio, o dólar ganhou terreno em escala global — um indício de busca de proteção por parte dos investidores.

O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta com as principais divisas do mundo — como o euro, a libra esterlina e o iene —, terminou em alta de 0,34%.

Em relação às divisas de países emergentes, o tom é o mesmo: o dólar sobe na comparação com o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano e o rand sul-africano, entre outras — o real, assim, acompanhou o contexto externo.

Com o dólar se afastando das máximas, as curvas de juros aproveitaram para fazer o mesmo movimento e terminaram a sessão em baixa, devolvendo parte dos ganhos recentes. Veja como ficaram os principais DIs nesta terça-feira:

  • Janeiro/2021: de 4,52% para 4,48%;
  • Janeiro/2023: de 5,82% para 5,78%;
  • Janeiro/2025: de 6,46% para 6,44%;
  • Janeiro/2027: estável em 6,79%.

Decolando

No front corporativo, destaque para Azul PN (AZUL4), que fechou em alta de 3,31% e apareceu entre os maiores ganhos do Ibovespa.

O mercado reagiu positivamente aos dados operacionais da empresa em dezembro. Ao todo, a demanda de passageiros no último mês do ano subiu 27,2% na base anual, enquanto a oferta de assentos aumentou 26,5%.

Assim, a taxa de ocupação das aeronaves da Azul teve alta de 0,5 ponto em dezembro, chegando a 83,5% — números que agradaram os investidores.

Vale lembrar, ainda, que a queda nas cotações do petróleo nesta terça-feira deu força extra aos papéis da companhia, uma vez que a baixa da commodity implica em gastos menores com combustível de aviação. Esse fator também ajudou Gol PN (GOLL4), que subiu 0,58%.

Por fim, as baixas expressivas registradas nos papéis de ambas as companhias aéreas no pregão de segunda-feira (6) abriram espaço para um movimento de recuperação das ações.

Venda de participação

Outra ação que apresentou desempenho positivo foi Cemig PN (CMIG4), em alta de 3,66%. De acordo com o jornal Valor Econômico, a estatal mineira já teria contratado o Bank of America para estruturar a venda de sua fatia de 21,68% na Taesa.

Há pouco, a Cemig foi evasiva ao comentar a matéria do Valor. Em comunicado ao mercado, a empresa disse apenas que constantemente avalia sua carteira de ativos, mas que, até agora, ainda não foi tomada nenhuma decisão envolvendo vendas de participação.

Também integrantes do Ibovespa, as units da Taesa (TAEE11) caíram 0,84%. Você pode conferir os demais destaques da bolsa nesta terça-feira nesta matéria.

Top 5

Confira abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta terça-feira:

  • Cemig PN (CMIG4): +3,66%
  • Azul PN (AZUL4): +3,31%
  • B3 ON (B3SA3): +3,23%
  • Marfrig ON (MRFG3): +3,07%
  • Eletrobras ON (ELET3): +2,57%

Veja também as cinco maiores quedas do índice:

  • Cia Hering ON (HGTX3): -4,00%
  • NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -3,41%
  • Cielo ON (CIEL3): -2,91%
  • Hapvida ON (HAPV3): -2,75%
  • Braskem PNA (BRKM5): -2,60%

Compartilhe

MERCADOS HOJE

Esquenta dos mercados: Ibovespa futuro sobe na contramão de Wall Street; PIB dos EUA vem abaixo do esperado

25 de abril de 2024 - 6:56

RESUMO DO DIA: A montanha-russa do mercado ganha mais velocidade hoje com a divulgação de dados de atividade econômica nos Estados Unidos e temporada de balanços locais. O Ibovespa busca os 125 mil pontos. Por aqui, o dia promete ser agitado. A Assembleia Geral Ordinária da Petrobras (PETR4) é destaque do dia. Os acionistas devem […]

CONFIRA O CRONOGRAMA

Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições

24 de abril de 2024 - 19:02

A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14

24 de abril de 2024 - 6:46

RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]

DESTAQUES DA BOLSA

Exame bem feito: Fleury (FLRY3) acerta o diagnóstico com aquisição milionária e ações sobem 4%

23 de abril de 2024 - 14:04

A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em Santa Catarina com a estratégia B2C, o modelo de negócio direto ao consumidor

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa recua com pressão de Vale (VALE3) na véspera do balanço; dólar cai após dados nos EUA

23 de abril de 2024 - 7:06

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até começou a semana com o pé direito, mas hoje faltou impulso para sustentar a continuidade de ganhos da véspera O Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. O dólar à vista segue enfraquecido e terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%. Por aqui, o […]

SEM PARAR

A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana

22 de abril de 2024 - 17:22

O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo

EXCLUSIVO

Gestor do Quasar Agro (QAGR11) acusa Capitânia de “estratégia predatória” em disputa sobre FII com mais de 20 mil cotistas na B3 

22 de abril de 2024 - 13:32

A Capitânia solicitou no mês passado uma assembleia para discutir uma possível troca na gestão do fundo imobiliário

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em alta; dólar cai e volta para o nível abaixo de R$ 5,20

22 de abril de 2024 - 6:54

RESUMO DO DIA: A Petrobras (PETR4) deu o tom do pregão mais uma vez e impulsionou o principal índice a bolsa brasileira, mas sem desprezar o apoio de Wall Street. O Ibovespa fechou em alta de 0,36%, aos 125.573 pontos. Já o dólar seguiu a trajetória de queda e fechou a R$ 5,1687, com baixa […]

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Inflação é destaque no Brasil e nos Estados Unidos na mesma semana dos balanços das ‘big techs’

22 de abril de 2024 - 6:20

Também nos EUA serão publicados dados do PIB do primeiro trimestre e diversos outros indicadores, como pedidos de bens duráveis e a balança comercial norte-americana

BOLSA NA SEMANA

Petz (PETZ3) zera as perdas do ano enquanto CVC (CVCB3) despenca quase 15% — veja o que foi destaque na bolsa na semana

20 de abril de 2024 - 12:50

Ibovespa teve uma sequência de seis quedas com a disparada do dólar em meio às incertezas sobre os juros nos EUA

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar